Ó! Gorda Mulher

Que noite mais confusa, pois limito-me aos comentários alheios. Que idiotice, deixar corações tão leigos rirem de mim. O pior é que deixo as gargalhadas entrarem infinitamente no meu corpo. Rendi-me a aqueles brilhos no olhar da serena. Seu corpo transparentou-se e pude ver todas as beldades que tu guardavas nesse baú sentimental: Coração. Deram-me poderes para ver seu interior; ó grande, verdadeiramente, grande mulher. Farta e pesada.

Os comentários que me agrediam direcionaram-se a ela, pois sendo gorda, eu não poderia aproximar-me. Se deram-me a capacidade e o poder de ver tudo que passa nesse seu belo e puro coração, por que terei que me limitar ao seu aspecto cultural?

Você não me olhava, mas eu a admirava sem pudor. Podia mapear e desenhar tudo que você estava sentindo naquela hora. Lembra? Eu podia ver seu coração? Ó gorda mulher, que fez-me fraco aos próximos, pelos boatos e gozações; e fez-me forte pois tu me destes o cheiro de boas pessoas internamente; pois pude ver o que tu carregas em si. Boas coisas, puras coisas.

Não quero que me marques em tua vida, mas saiba que já carrego-te com todo carinho e amor. Sei que tu és pesada, mas derramaria todo meu sangue para te carregar no colo e representar uma cena de casamento.

Gabriel sCardoso
Enviado por Gabriel sCardoso em 19/06/2012
Código do texto: T3733556
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