MORTINHA POR SALTAR ...

Como imagem do instante que sinto

equilibro-me nas incertezas

e cancelo o tempo

com a rapidez de quem não disse nada.

Memórias sem dono,

sem mortalha.

sem lápide.

Desprotegidas de morrer.

Quase transformadas em transtorno.

Tão distantes

como se não fossem minhas.

Como um pensamento sem portas

o tédio é demasiado alto para saltar.

Entrei nele ...

e perdi a chave para sair.

Noite sem fim... não vai desaguar em amanhã nenhum!!!

Paula de Eloy
Enviado por Paula de Eloy em 30/05/2012
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