*Realmente...Eu Sinto Muito*

Não quero ficar chorando pela sua distância.

Reclamo das chances perdidas, dos dias que se foram.

Não quero lamentar os abraços que não dei, nem recebi.

Penso em quantos passeios teríamos dado, abraçados, em comum acordo, compartilhando brincadeiras, ou mesmo, curtindo lojas e vitrines...Passando o tempo, juntos.

Não quero imaginar as entregas que deixamos de ter.

Dias que se foram, sem, eu ter sentido gosto dos teus lábios em minha boca, sem ter o calor do teu corpo a me aquecer, sem ter o brilho de suas realizações como mulher, sem sentir a tranqüilidade do meu corpo a te amar.

Não xingo por nossos desacordos.

Teríamos mil assuntos a dialogar e buscar resultados crescentes, propósitos que viessem a ser, a concretização dos nossos objetivos.

A sensação de mãos entrelaçadas, jogando pra frente e pra trás, simplesmente naquele caminhar, onde poderíamos ter ido por diversas trilhas diferentes, inclusive pela estrada do amor verdadeiro.

A segurança do ombro amigo e do colo...A tranqüilidade de ter com quem compartilhar...A vontade louca de voltar para o nosso lar.

A devassidão da carne, os afagos, as preliminares enlouquecedoras, a intimidade ilimitada, os anseios sem medos, os fetiches a flor da pele, os desejos saciados.

Não quero sonhar com tudo o que poderíamos ter feito, pois, sonhos, são apenas sonhos.

Te ofereci meu companheirismo, minha fidelidade e o meu querer.

Faltou você regar a semente do entrosamento, falhou em colocar na balança a mesma quantidade de boa vontade, não se esforçou para retribuir a altura, aquilo que lhe entreguei sem cobranças.

Deixei que partisse, pois, havia me dito ser o melhor...O melhor ??? O melhor pra quem ???

Me sugou como pode...Desfez dos meus sonhos...Riu do meu querer...Quebrou o encanto deste amor.

Não me sinto vazio...Não me joguei no rio da desilusão...Não orvalhei o meu jardim de lagrimas...Não deixei a dor se fazer de companheira.

Só lamento pelo muito que te ofereci e por não ter dado valor ao que recebeu.

Foi uma pena não ter percebido a tempo, as maravilhas que poderia ter vivido.

É uma pena querer voltar, e, eu não ter mais nada a lhe oferecer...CMRS.