Uma Linda Tarde de Chuva!
Meu coração batia insanamente forte, eu nem sabia o que pensar direito, estava tudo tão confuso na minha cabeça, faltava apenas alguns minutos para mim realizar o meu maior sonho. Há tempos que vinha pensando e imaginando como seria no momento em que a encontraria, há tempos que esse desejo me contagiava e me fazia sentir medo de não saber o que fazer ou falar no momento.
O tempo demorou para passar, e quando passou já estava atrasado, ás pressas fui ao local marcado, por minha sorte ela ainda não havia chego. Medo! Foi o que senti na hora. Um por não ter pensando em algo para dizer a ela quando ela chegasse, pois acreditava que ela já estaria ali. Outro por pensar: "Será que ela desistiu?". De toda forma me coloquei a esperar, cada segunda que passava fazia meu coração bater mais acelerado. Até que finalmente me deparei que seu rosto angelical.
"Ai meu Deus!". Pensei na hora. Educadamente fui cumprimentá-la. Por dentro eu pulava e gritava euforicamente. Sua beleza era estonteante, meu coração palpitava a ponto de querer sair pela boca. Entretanto, com tanta gente naquela sala não sabia o que falar. Paralisei. Meus braços se cruzaram, minhas pernas se fixaram e minha boca se calou. Estava eu ali parada como um dois de paus. "Fala algumas coisa, fala alguma coisa", pensava eu sem saber o que falar. Por sorte seus olhos olharam os meus, seu sorriso arrancou de mim as poucas palavras que disse naquele recinto: "Vamos dar uma volta?" Agradeci incontáveis vezes naquele segundo a Deus pelo seu "Sim".
Estava chovendo, e logo pensei que iria atrapalhar tudo, são poucas as possibilidades de um primeiro encontro na chuva. Já dentro do carro dirigi até o local de destino, a sorveteria. Claro, com toda a certeza eu iria pagar toda a conta, apesar do dinheiro ter sido emprestado pelo meu irmão, me portei como um devido cavalheiro. Enquanto saboreávamos aquelas delicias conversávamos espontaneamente, o que pra mim era um alívio, depois de dias pensando no que, o que e quando falar alguma coisa que pudesse render algo e arrancar alguns sorrisos seu. Me sentia cada minuto mais feliz, apenas por ver os lábios daquele menina tão linda sorrirem, realmente era o meu maior presente do dia. Até o momento.
Como desejou, saímos em busca de um novo lugar para conversarmos. A chuva para variar não dava trégua. Para onde iríamos? Pensei. Sua palavras atingiram um tom tão doce quando disseste que queria um lugar sem movimento. Fiquei sem saber o que pensar por alguns segundos. Fui então em busca deste lugar, o qual não fazia ideia de onde ir. A indecisão de um libriano nato as vezes complica de verdade. Mas graças a minha incrível companhia a decisão foi tomada momentaneamente: "Entra nessa rua então".
Feito isso e com o carro já estacionado, voltamos a conversar e rir de certas bobagens. E como você já havia me surpreendido outras vezes, dessa vez também não foi diferente. Como um raio que caí, fazendo seu coração parar por alguns segundo, sem reação, sem saber o que fazer, você me beijou de uma forma tão incrível, que até hoje lembro a cena. Poucos segundos antes eu estava pensando em como tomar essa atitude, o que falar? o que fazer? será que deveria mesmo? será que ela também quer? Todas essas perguntas sumiram naquele momento. E o desejo de "quero mais" surgiu estrondosamente. Naquele momento eu tinha ganho o maior presente possível, e o qual eu nem imaginava que poderia receber. Foi realmente incrível.
A chuva já não era problema algum, por mim poderia descambar-lhe água por todos os lado. Aquela tarde chuvoso era tão linda partindo de um coração que não pensava em mais nada, além de você. O maior problema era apenas o tempo que se passava rápido, e infelizmente teria que leva-la embora. Deixando-a em casa, depois de uma despedida calorosa, sozinho no carro eu sentia-me como uma criança, tão feliz, mas tão feliz, que não sabia distinguir o real e o imaginário. Eu pensei muito nesses momentos, se realmente se realizariam, felizmente sim, agora eu só penso em te ver novamente. Quando? Eu ainda não sei. Mas irei esperar ansiosamente para repetir aquele momentos em que me faltou o ar.