MORTINHA POR IMPROVISAR ...

Planto gestos como quem bane desatinos.

Adio para outro dia, outro tempo, outra vontade...

o segredo do divã desfeito...

que queria ser perfume...

como se fosse imortal.

Continuo a gostar de mim e de ti

porque gosto de máscaras falantes

que se cruzam no limiar da porta entreaberta.

Mas fico aqui parada...

sem sentir nada...

sem querer nada...

sem pedir nada...

Numa espécie de solidão urbana

improvisada, mesmo agora.

E se alguem me chamar...

eu vou!

E se alguem me quiser...

eu conto uma história.

Era uma vez...

Paula de Eloy
Enviado por Paula de Eloy em 02/05/2012
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