Estamos nus de sentimento
Os olhos, já não se cruzam mais,
permanecem fixos no prato.
O reflexo na sopa,nos mostram o vazio.
Em casa somos estranhos
dividindo uma cama.
Sob os lençóis,mágoas de indiferença.
No travesseiro repousa uma separação.
Ninguém quer admitir o fim,
que escancarado,grita a cada manhã
que não aguenta as aparências,
as mentiras,os falsos sorrisos.
As apresentações são dispensáveis,
o gosto ínsipido da nossa vida
nos agride a anos.
Estamos nus de sentimento
evitando contato,
inventando desculpas,
e quando nos encontramos
é para saciar desejos índividuais
que mais parecem uma corrida
para ver quem chega primeiro ao orgasmo,
para depois torturar o outro a fazer o mesmo.
Os versos que contam a nossa vida
já não dizem mais nada.
Mentiras . . .
Covardia . . .
Eu . . . e mais ninguém,a culpar.