MORTINHA POR ME DESPIR ...
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Vou em viagens de sono,
embrulhada em papel vintage
e num gesto de quem respira o mesmo ar
falo-lhe ao ouvido, em voz de cinema:
“O melhor de mim é a forma como gosto de ti.”
Tinha esquecido que qualquer gesto
está cheio de pequenos outros.
Não sei porquê, ma acho que cresci...
e dei o último suspiro por ele.
E saí para a rua, como se fosse a primeira vez
desde há muito tempo.
A fim de conseguir sobreviver
sou eu que me digo o que quero ouvir.
Não sei sonhar, nem amar, nem dizer palavras de amor,
mas fico linda quando sorrio.
Gosto de respostas que calem a pergunta
e de mim quando solto o cabelo.
Temo que o tempo me traga saudades mortas
a escorrerem por todos os lados
principalmente por mim.
Ter cuidado com as palavras não significa ficar calada.
Arrumo as palavras numa folha de papel branco
que fecho dentro da gaveta
e deito a chave fora.
Vou-me despindo de ti... até ficar nua!!!
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