DOCE CONFUSÃO – ROMANCE
A campainha era daquelas antigas, quando ela a apertou levou até um susto, um zumbido estridente, como um grito esganiçado desprendeu-se no ar da tarde.
- Entre. – Ouviu alguém gritando do lado de dentro. O homem falou enquanto andava, de costas para ela.
- Venha para a minha sala e nós tratamos do seu assunto. – Ela foi.
Ele ficou segurando a maçaneta da porta, educado, enquanto examinava alguns papéis, de cabeça baixa. Via-se que ele já se acostumara a fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Ela parou em frente à ele e ai ele a viu. Ele quase deixou cair os papéis no chão, de tão bonita que a achou. Tentando falar alguma coisa, qualquer coisa, começou a balbuciar, engasgado, até que saiu, meio forçado:
- Entre, por favor.
Ela foi sensualmente caminhando sem pressa até a poltrona em frente à mesa de escritório dele, sabendo que ele a observava. De vestido preto curto, os cabelos ondulados, pretos, encaracolados, a maquiagem carregada, um perfume que enganchava na garganta, invadindo as artérias, o peito, a zona da emoção, o coração, culminando num efeito devastador de tremedeira nas pernas, era impossível não prestar atenção nela.
- Bom, her... você quer um café? – disse ele já servindo-se.
- Não. – Ele ficou intimidado e por instantes desviou o olhar, com vergonha, ela o estava claramente sondando.
- Bom, então vamos ao eu interessa. – disse ele sentando-se, enquanto puxava uma Ficha Cadastral de Funcionários, amarrotada de uma pilha, também amarrotada. Ele não soube exatamente o que é que ela entendeu, mas ela levantou-se e veio languidamente ao seu encontro, rodeando a mesa. Encostando o seu corpo, oferecido, no ombro dele, ela lhe perguntou:
- Como é que você vai querer? – Ela tinha um sorriso tão lindo. Quantos anos deveria ter aquela praga?
Ele engasgou de novo e não conseguia pronunciar dessa vez nada. Pra piorar ela colocou a mão direita dela no seu ombro. Esquivando-se, sem jeito ele levantou-se, e ela sentou-se na sua cadeira, cruzando as pernas com um sorriso acompanhando o gesto.
Quando ele conseguiu falar, pois o perfume dela atrapalhava, e muito, ele perguntou:
- Como é o seu nome?
- Você pode me chamar de Bela gostar, senão me chame do jeito que você quiser. – Ela disse aquilo serio, o que era assustador.
- Mônica, eu não sei o que dizer.
- Não diga nada benzinho, venha aqui. – Ele sentiu que o benzinho saiu meio esquisito, parecia forçado, ou como se ela não estivesse acostumada àquilo.
- Mônica, ah... você veio no numero certo?
- Como assim? – disse displicente.
- Você já pensou que você pode estar no lugar errado, na hora errada.
Ela levantou-se e foi lentamente até ele, que assustado afastava-se dela, caminhando de costas. Não teve jeito e ela o alcançou. A sua mão macia subiu pelo peito do homem, que àquela altura estava meio assustado. Pulando nele ela o beijou, houve um quase nada de resistência, até que ele cedeu e os dois se beijaram um beijo apaixonado, mas breve. Recompondo-se ele repetiu a pergunta, sem poder se livrar dela, que o abraçava com força.
- Mônica, você veio fazer exatamente o quê aqui? – disse olhando em seus olhos, tão próximos, com aquela boca macia perto da dele.
- Eu vim fazer o que você quiser. Quer dizer... mais ou menos. Não sei ainda se faço tudo. Não que eu já tenha feito tudo. Na verdade eu acho que fiz pouca coisa até agora. Quem sabe daqui pra frente.
Afinal o que é que ela estava dizendo. Que palavras inteligíveis eram aquelas.
- Mônica. Eu vou repetir devagar, se eu conseguir respirar, pois você está apertando o meu pescoço, alguém te mandou aqui, é alguma brincadeira? – Ela soltou-se dele, mas sem se afastar, havia nesse homem alguma coisa que a atraia bastante. Ele tinha um ingrediente que agradava a todas as mulheres: timidez.
- Eu não estou entendendo o que você está dizendo. – disse ela olhando no fundo dos olhos dele, que também não conseguia desgrudar os seus dos dela. Durante alguns segundos ficaram quietos, olhando-se.
Por fim ele retornou ao controle e afastou-se dela, indo o mais longe, para uma zona segura na sala, atrás de sua imensa mesa de chefe, que naquele instante parecia tão pequena, mais como um murinho de nada.
- Você veio preencher a ficha, creio eu? – disse, ao mesmo tempo em que mostrava a prova, uma das tais Fichas Cadastrais amarrotadas, que retinha a principio, quando ele a empunhava como uma espada, caiu, desmaiada, na sua mão, sem muita honra.
- Eu não vim preencher nada, eu acho. Me mandaram para um serviço e eu vim.
Ele ficou olhando para ela, sem ação; seus cabelos e a sua pele eram tão macias. Aquele bendito perfume inundava a sala, que cheirava a mulher bonita agora.
Ele ia falar alguma coisa, mas ela continuou novamente:
- ...Não que eu tenha feito muitos serviços. Nem sei direito como fazer, mas creio que pode dar certo. A Marina... puxa ela me falou que não poderia falar o nome dela na frente dos clientes de jeito nenhum. Por favor esqueça o nome dela. Nunca diga que eu te falei. Prometa. Nunca... diga que eu te falei o nome dela. Ela vai me matar. Sabe, eu achava que era mais fácil. A... chefe, me disse que era só ficar de boca fechada que a coisa flui naturalmente. Eu não sei bem se está fluindo alguma coisa. – Ela, nessa altura estava claramente nervosa e sem jeito. – Ela me falou que haviam algumas coisas que a gente pode fazer e outras não. Eu achei nojento algumas coisas que ela me falou. Eu não tenho experiência. Na verdade esse é o meu primeiro serviço. ...Pronto, não era pra falar isso também. Mas é que você não está facilitando muito. Sorte que você é bonitão. Ela me falou que poderia pegar um feio, mas que não era pra ligar, “o que importa sempre é fazer o serviço”.
- Oooo, opa, espera ai! Afinal quem é você e o que é exatamente que você veio fazer aqui? Você não veio para preencher a ficha para secretaria?
- Secretaria? Não, eu vim pra... fazer outra coisa. Você não é o senhor Vandor? – Ela o olhava com os olhos arregalados e com a boquinha meio aberta.
- Não, senhorita Mônica. O meu nome é Luiz Mendonça e eu sou o dono dessa pequena empresa e estou contratando uma secretaria pra me ajudar. A ultima, a dona Márcia, que tinha lá seus quase setenta, já estava rabugenta demais e eu não a agüentava mais. Graça a Deus ela aposentou. Apesar de que ela era realmente eficiente.
- O meu nome não é Bela. A Marina falou pra gente dar um nome fantasia. Eu não entendi direito, acho que era pra ser um nome de contos de fadas, sei-lá.
- E Bela vem da onde? De a Bela e a Fera? – perguntou ele estupefato.
- É. – disse ela bem baixinho, quase sumido.
- E qual é o seu nome verdadeiro então?
- Sara Lee.
- Seu nome verdadeiro é Sara Lee? Eu não acredito. - Ela sentiu-se ofendida.
- Você quer ver o meu documento?
- Não é necessário senhorita.
Luiz encaminhou-se até a porta e a abriu, claramente se despedindo dela. Sara ficou olhando como uma criança para o gesto dele. Até que se tocou que deveria ir embora. Num misto de vergonha e honra ela virando-se pegou sua bolsa na cadeira e encaminhou-se para a porta. Parando em frente à ele, lhe disse:
- Me desculpe, eu acho que entendi errado onde deveria ir.
Uma semente já havia sido plantada no coração dos dois. Eles ficaram se olhando com carinho.
- Bom – disse Luiz –, um dia em que você estiver passando por aqui, venha me visitar.
- Tá – disse ela meio sem querer sair do lugar.
Num gesto inesperado ela lhe deu um beijo no rosto e saiu apressada. Parando na porta, olhou por cima do ombro sorrindo.
Luiz ficou durante, aproximadamente um minuto, atônito, sem saber o que fazer e nem pra onde ir. Ele deu cinco voltas na sala, girando sobre o eu próprio eixo, sem noção de como dar continuidade ao serviço, ao dia, à vida. Ai a campainha tocou, com seu barulho imitando um zumbido forte, ou um grito esganiçado. Bem... com certeza, seria outra concorrente à vaga de secretária. Abrindo a porta, viu que era Sara novamente. Só que dessa vez ela veio séria. Na porta ainda tiveram esse diálogo:
-Tudo bem? Esqueceu alguma coisa? Aconteceu alguma coisa?
- Não... tá. Eu estava pensando. Acabei nem indo no cliente. Não que eu estivesse tão interessada assim também. Era o primeiro. Parece que o ultimo, talvez. Nem me dei muito ao trabalho de achar o numero correto, fiquei aqui na porta; nem sai daqui.
- Espera ai, você quer me dizer que esse era o seu primeiro cliente? Bom, desculpa, mas pelo que eu entendi, você iria fazer o “trabalho” – ele sublinhou bem essa parte, saiu meio carregado -, mas não achou o numero? E vai desistir de ser prostituta?
- Não, olha, não é que eu “era” prostituta, mas a Marina, uma senhora que eu conheci no cabelereiro, me disse que eu ia ganhar bastante dinheiro e iria ter uma vida diferente daqui pra frente. Ela me disse que seriam baladas, carro na porta. Ela disse que eu iria conhecer muitas pessoas diferentes. Lugares novos. Eu acabei ficando interessada. Mas ai apareceu você, com seu escritoriozinho aconchegante e seu emprego de secretária, que me deu uma meia balançada.
- Você quer tentar o cargo de secretária, é isso que acabei entendendo no final. – Não tinha jeito o perfume dela era matante. Ele não conseguia pensar direito, quando muito próximo à ela.
- É. Eu conheço um pouco de computação. Fiz um cursinho de Administração. Apesar de que estou a uns dois anos sem trabalhar direito. Quer dizer, quando surge faço um bico, uma manicure...
- Você é manicure? – disse ele levantando uma sobrancelha com ar bastante desconfiado.
A próxima frase ela disse olhando no fundo dos olhos dele, e ai ele notou como eram verdinhos os seus lindos olhos verdinhos.
- Vieram muitas outras meninas ver a vaga? – essa frase saiu carregada com açúcar refinado do bom, pois junto com as palavras, parecia até que ela estava chorando. Os olhos verdinhos quase derramaram lágrimas. Luiz engoliu em seco. E agora. Ai ele engasgou de novo. Ela tinha esse poder engasgador nele.
- Olha, não é que vieram muitas outras meninas, apesar de que o anuncio já está ai a uns três dias. Bom, até agora... Bom, ehr. É, eu acho que até agora veio só você. Mas é cedo ainda, um anuncio de emprego numa cidade grande, creio que ainda virão muitas outras meninas, quer dizer secretárias, não sei porque não vieram ainda, mas vão vir. – nunca vieram. Sala Lee foi a única a se candidatar ao emprego de Secretária. Por alguma razão misteriosa do destino, ninguém se interessou pelo trabalho.
- Eu posso começar quando? Pode ser agora? – os olhos dela brilharam.
- Bom.. – e agora? – Você não está muito apresentável para uma secretária. Maquiagem carregada. O cabelo, que tem não sei o quê. O vestido está meio curtinho, demais.
- O meu cabelo é assim mesmo.
- É... ééé´? – Que cabelo lindo. Ela era linda demais. Meio bobinha, mas linda.
- Eu venho amanhã então. – Ela deu uns três passos firmes pra longe e voltou.
- Mas eu queria deixar algumas coisas certas entre nós. – “Ai, meu Deus!”, pensou ele.
- Eu quero trabalhar. O Senhor que se restrinja a ser apenas o meu chefe. Nosso relacionamento será estritamente profissional. Sou uma moça séria e exijo seriedade. – Não era ele que deveria estar falando isso, pensou Luiz.
Nada como um dia atrás do outro. As forças parecem que se renovam no amanhecer de um novo dia, onde novas expectativas ocorrem na vida de todos. Uma boa noite de sono faz milagres com as pessoas. O que não era o caso nem do Luiz e nem da Sara Lee. Nenhum dos dois dormiram nada nessa noite. Ele mais do que ela, tentou achar desculpas para a noite mal-dormida, mas na verdade era a expectativa de encontrarem-se pela manhã.
Luiz abriu o escritório quarenta e cinco minutos antes das oito. O que pra quem só abria com uma hora de atraso, era muito raro. Ele se justificou crendo que era porque não dormira bem à noite, então era preferível já ir trabalhar. Sara Lee era pontual e cinco pras oito já estava na porta.
Sara Lee estava vestida com um conjunto feminino, de saia de corte reto, até o joelho e paletózinho combinando. Cabelo amarrado muito preso, formando um coque na cabeça. Pra desespero do Luiz, que quase morreu com aquele fetiche todo, ela estava usando óculos - vejam só meus senhores.
O dia transcorreu normal, quase o tempo todo Luiz ficava na sala dele e ela sentada na sua mesa, onde havia um microcomputador, digitando um monte de coisas.
Por algum acordo silencioso, quase não se falaram.
Até que quase meio-dia ela bateu na porta dele.
- Sim? – disse ele pegando rapidamente alguns papéis, fazendo-se atarefado.
- Luiz, posso te chamar assim? A que horas é o almoço? – Almoço? Que almoço? Ele não almoçava, aliás ele nem jantava, pois como morava só não comia bem, nunca.
- Eu já ia te chamar. É meio-dia, disse ele consultando o relógio.
Ela parou olhando pra ele interessada em alguma coisa. Até deu uma entortadinha na cabeça, meio de lado, aparentando que ia cair para a sua direita.
- Sara, você está passando bem?
- Não, é que eu estou achando o senhor tão inteligente, está até lendo o documento de ponta cabeça.
Eles foram almoçar num restaurante italiano, que havia próximo. Fora-lhes destinado uma mesa perto de uma cascata de meio metro, linda, com cores azuladas saindo da água.
- Você vem sempre aqui? – perguntou a moça. Ela ainda estava usando aquela praga de perfume gostoso.
- Venho – disse Luiz discplicente, olhando ao redor.
Após alguns minutos o chef veio cumprimentar o casal.
- Ah, mas senhor Luiz Mendonça, é um prazer ter o senhor conosco. É a primeira vez que vem ao meu restaurante, por isso quero dar-lhes como cortesia uma garrafa de vinho, ligeiramente adocicado, que creio que sua noiva irá apreciar.
- Nós não somos noivos – disse ela, tímida.
- Ah, mas vocês se olham com olhar apaixonado, que dá pra sentir o amor no ar. Se não são noivos, vão ser em breve. Aceitem.
Na segunda feira seguinte Sara demorou quase dez minutos pra chegar no serviço. Luiz estava nervosíssimo. Como uma secretária, novata, que não sabia nada, pois ele estava ensinando tudo, ousava chegar atrasada, não que ele ligasse para o atraso. Havia serviço pra fazer e ele estava sozinho. Quem iria fazer o café da manhã. Ele sabia fazer, mas o dela era melhor. Ele não gostava a principio, pois ela abria as cortinas, tanto da sala dela, quanto da dele e isso arejava o ar. Ele não abriria. Que ficasse fechado. Apesar de que era bom um ar, de vez em quando. Ele iria ficar sozinho naquele escritório enorme. Onde ela estava? Será que aconteceu algo. O metrô bateu, ou quem sabe, o ônibus que ela viesse virou... Apesar de que ele não sabia como é que ela vinha e nem onde morava. Alguma coisa grave aconteceu. Estava doente, foi seqüestrada, foi abduzida, sei-lá. Ai deu raiva. Ele começou a maldizer até a quinta geração da família dela. Quando ela chegasse iria ver só.
A campainha esganiçou-se toda. Era ela. Pois agora iria ver só.
- Oi Luiz, eu não demorei muito né. Eu estava preparando um bolo, para nós almoçarmos com refrigerante. Fiz uma torta também. Me ajude aqui. – Ao ajudá-la o braço de ambos se encostaram rápido. Aquilo parecia como um fogo queimando a pele. Sara até deu um estremelique.
- Não, você não demorou muito não. Tudo bem.
Passaram a almoçar no escritório, a partir de então. E estava sendo prazeroso, pois eles falavam e falavam e o dia ia indo mais rápido. O almoço estava demorando até três ou quatro horas pra acabar, mas valia a pena. E quase sempre acabava quando sem querer eles se encostavam, na minúscula cozinha do escritório.
O único problema eram as olheiras em ambos. Literalmente não estavam dormindo à noite. E ai passavam o dia sonados, naquele estado meio alfa, meio zen, meio bicho-grilo, misturado com baiano. Os dois sonhavam um com o outro, sonhos proibidos. Luiz passou a se arrumar melhor, comprou umas camisas e um terno só pra ir ao escritório. No dia que ele comprou o terno disse que era pra ver um cliente, saiu, ficando por umas duas horas andando no centro da cidade, a esmo, não vendo a hora de voltar.
Na quinta-feira Sara Lee acabou dormindo em cima dos papéis na sua mesa. Sua cabeça simplesmente pesou e Luiz a encontrou roncando em cima dos documentos na mesa. Naquele dia ele a mandou embora mais cedo. Quando ela chegou em casa, só deu tempo de fechar a porta atrás de si, pois ela desmaiou ali mesmo, em instantes roncando alto, assustando até o gato.
Na sexta-feira Sara veio disposta, como não vinha a duas semanas. Por outro lado Luiz não conseguia abrir direito os olhos. Ela deu um café bem quente e deu pra ele e talvez por estar tão disposta e acordada, ela não agüentou e pulou em cima dele o beijando e ele também, não reprimindo mais a paixão e o desejo já foi com a sua mão... (QUEREMOS AVISAR QUE ESSA PARTE FOI CENSURADA PELA DIREÇÃO DO SITE) ...e ai ela... (CENSURADO), depois ele apertou... (CENSURADO).
Nus e exaustos de (CENSURADO) a noite toda, dormiram nos braços um do outro no chão da sala acarpetada da sala dele. Com a porta da frente aberta. Ainda bem que não entrou ninguém.
Um barulho os despertou, lá pelas 10 da manhã. Arrumando-se do jeito que deu. Procurando uma dignidade meio perdida, cada um foi para o seu canto.
A coisa só piorava e o clima sexy era pesado. A noite Sara sonhava meio acordada com situações proibidas e meio malabaristas. Nos seus devaneios ela se via de costas, de lado, de ponta cabeça, de... (CENSURADO), de... (CENSURADO). Mas se pudessem medir os sonhos os dela eram piores. Apesar de que os dele também eram filmatográficos. E depois de uma noite de sonhos eróticos que lhes roubava o sono, iam trabalhar e se ver.
O pior é que agora, de vez em quando não se falavam mais o que iria rolar e do nada ele pulava por cima da mesa dela já a beijando e arrancando as suas roupas.
Mas o que acabou definitivamente com o assunto foi num dia em que se controlaram, mais ou menos, quando ele passou algumas notas fiscais pra ela e entrou na sua sala. Depois que ele entrou na sua sala ela se levantou e próximo à porta dele, levantando a saia... (CENSURADO) ...ao som de “gostoso”, “gostoso”. Logo depois, ela voltando a si ainda, ele deu um grito, chamando-a. Recompondo-se ele mostrou a ela que havia na recepção, onde ela estava, uma câmera. O que significa que ele viu o que ela fez. Vendo-se na tela, Sara não sabia onde se esconder. E o infeliz do Luiz parecia estar se divertindo.
- Sara eu tenho uma pergunta muito séria a te fazer. Principalmente depois de ver essa pouca vergonhice toda. – Pronto, ele ia mandar ela embora, pensou assustada Sara.
- Sara, eu te amo. Você quer se casar comigo? – Com lágrimas nos olhos ela respondeu:
- Eu adoraria.