A história de um milagre.

Aquela mãe aquele pai;

lagrimas e dor,

já não sabiam mais chorar,

havia transpassado

o ser o limite,

o que podiam suportar;

eles seguravam aquelas mãos,

aquela vida;

não queriam solta-lo

só não sabiam

que não tinham mais força;

o peso daquela cruz

estava pesada demais;

e aos poucos se sentiam cada vez mais fracos;

seus corações dilacerados

não suportavam o peso;

sem mais forças, soltavam,

deixavam seu único filho

cair no profundo abismo.

Tudo fora feito

tanto amor, dedicação,

oração, promessa;

parecia tudo em vão.

Tinham vontade

de se jogarem se lançarem

no mesmo precipício,

para ficar perto do filho adorado.

Ele estava sendo devorado pelo vicio,

sua vida definhando aos poucos.

Mais não fazia parte dos seus destinos,

havia uma lacuna muito grande,

aquele mundo de horror não os pertencia

mesmo que quisessem

não conseguiriam;

havia uma porta invisível

que não os deixam entrar.

Podiam o ver no submundo,

nos escombros, no inferno,

sentir o desespero, o olhar alucinado,

as visões infernais, a miséria na alma,

o vazio no coração.

As drogas roubaram seu filho do seu coração,

os traficantes o aliciaram

destruindo todas as expectativas

de um futuro;

não havia mais jeito

a não ser a fé e a oração.

E assim faziam

como sempre se apegavam na ultima esperança,

na fé, em Deus; o remédio mágico que podia trazê-lo de volta,

limpar o seu corpo das imundícies das drogas,

curar todas as sequelas,

deixá-lo limpo feliz como era antes de tudo.

Era quaresma guardada com muito respeito,

muita oração, jejum, crença na ressurreição, nascer de novo,

ser lavado com a água viva que pode curar todas as feridas;

receber o espírito santo para se renovar.

Foi numa sexta-feira santa, o sol já havia se escondido,

quando os primeiros véus da noite estavam chegando.

Na porta daquela casa algumas pessoas batem,

chamam com muita insistência.

Logo em seguida a porta se abre,

uma senhora com aparência sombria, abatida pelo sofrimento,

recebe os visitantes com muito respeito e elegância, as vistas são levadas para uma sala

onde havia uma mesa com oito cadeiras, a senhora pede para que se sentem e sintam-se a vontade. Sem perguntas para aquelas pessoas, como se já os conhecesse,

sentia-se entre amigos; eram pessoas de meias idades e irradiavam confiança,

sorriam com benevolência. Sem saber o porquê de um bem star que dela se apoderara,

uma paz que fazia muito tempo não sentia.

Chama o seu marido para apresentar as inesperadas visitas,

ao mesmo tempo pergunta a eles de como pode ajudá-los.

Senhora e senhor: viemos porque as suas preces foram atendidas, queremos auxiliá-los; para isso fomos enviados; - não entendendo muito bem o que se passava os senhores da casa responderam: e como podem nos ajudar. Viemos orar junto com vocês a favor de vosso filho.

Sentamo-nos, fechamos os olhos sintonizados com Deus.

Dizendo isso os três senhores e as três senhoras juntos com os donos da casa oraram com fervor de todo o coração.

Ao final disseram: não se preocupem tudo vai dar certo, logo serão surpreendidos; e assim

levantaram-se, despediram-se tão misteriosos como chegaram saíram e dizendo que tinham muitas missões para cumprirem.

O casal estava supresso e ao mesmo tempo em paz como se a esperança havia batido em sua porta esperando algo de bom acontecer.

Alguns dias a páscoa havia chegado, e quando estavam para se recolherem, ouvem um bater na porta, olham pela janela para saberem quem era. Um sobressalto, o coração acelerado com dificuldade de falar a senhora olha para o marido. Meu Deus não é possível, não acredito parece ser o nosso filho; o Homem também não acredita, não pode ser, seria um milagre.

Meu Deus, Deus seja louvado.

Eles correm como podem para a porta de entrada: ao abrirem não podiam acreditar, emocionados, sem conseguirem falar, apenas balbuciar com dificuldades....Meeeeu...Fillllho...Meu filllho...Meu Deus é o nosso filho, um milagre, um milagre. Calma mãe, meu pai, sou eu, eu voltei, por Deus peço perdão, não sei como consegui, mais sei que uns anjos me ajudaram mamãe.

Eu fui cruel, fiz vocês sofrerem, quase morri, não sei se morri, e ressuscitei, mas estou aqui, forte e feliz, renovado para recomeçar junto com vocês.

Meu filho conte para nós, o que aconteceu, como pode está assim tão bonito vigoroso como se nada tivesse acontecido. Conto sim mamãe, mesmo não sabendo me explicar, farei o que puder para que possam entender.

Eu estava caído em uma casa abandonada, super drogado, quase em coma, quando vi seis pessoas vindas direto de uma luz como se viessem do sol, iluminadas com sorrisos agradáveis e jeitos afetuosos se aproximaram puseram as mãos sobre mim chamaram pelo meu nome, e eu senti como se fosse anestesiado, adormecendo, e então não lembro demais nada.

Sem compreender acordei em uma linda casa, desse tipo mansões rodeada por um jardim imenso que parecia não ter fim, eu só sei que me sentia bem, forte e feliz, percebi que estava livre dos vícios, o meu corpo voltava à vida, forte como antes, as pessoas me tratavam com muito amor e carinho, diziam que estavam dando uma nova chance e que não era para desperdiçar, faziam isso por amor a vocês, tinham escutado as suas invocações e as suas orações. Em uma noite quando estava dormindo eu sonhei que estava voltando para casa,

e qual a supressa quando abrir os olhos e me vi aqui em frente de casa, não entendi,

fiquei pensando que era um sonho, uma realidade um milagre na verdade só pode ser um milagre.

É isso mamãe e papai também eu não acreditava em milagres, agora sei que eles existem e aconteceu comigo, através desse amor puro e verdadeiro que vocês sentem o amor mais lindo que eu conheço o amor de minha mãe e do meu pai que me salvaram.

Eles sorriam de satisfação glorificando a Deus, ajoelhados agradeciam a Deus pelo milagre pelo filho que havia morrido e renasceu, agradeceram aos anjos que o salvaram aos visitantes estranhos e misteriosos que os visitaram.

Cláudio Domingos Borges.

poeta cláudio
Enviado por poeta cláudio em 21/03/2012
Reeditado em 20/10/2012
Código do texto: T3567954
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