Lírios II

No entanto era assim e necessitávamos de. E havia aquele gosto de fruta apodrecendo na gaveta. Vá antes que. Aliás. Enquanto aguardávamos na fila, o de-barba-aparada me observava. E mesmo assim. Mas não rompeu o silêncio. Estava tão eu. Nesse momento, não havia ninguém na rua. Andei, andei. E os pensamentos se desfaziam nas frinchas das calçadas. Eram aqueles que. Não eram pensamentos. Todos achavam que sentiram um dia. Sempre quis parar e olhar pela janela. Ele estava lá. E entre o lá, as frinchas guardavam as lembranças daqueles dias. Tinha certeza que aquilo não retornaria. Além disso, era complicado. Uma necessidade quase única de ressaltar as mágoas. E assim não. Na manhã de carnaval. Ou na continuação do carnaval. A de-vestido-verde, que o tempo havia esquecido. Ou guardado. De olhares disformes, castanhos. De suas manias, tão suas. Sorriu, chegou.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 25/02/2012
Código do texto: T3519893
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