Mãe Natureza, na chuva encontrei teu filho Amado!
Elevo meu pensamento o mais alto que posso alcançar... Crio Asas...
Sopro no vento a minha saudação... Suave beijo entrego à natureza; ao abrir de meus braços ecoa o cantar silencioso de meu coração.
Crio Asas, posso voar, mas prefiro contemplar do chão toda a grandeza do céu. São tantas nuvens, iluminadas pelo sol, parecem banhadas de ouro, solidas... Obra prima da perfeição.
Crio Asas, mas não quero voar, Não posso tão longe de sua alma ficar... Todas estas maravilhas, Mares, Rios, flores, borboletas, pássaros... Enfim a vida nesta esfera é o amor que refletia em teu doce olhar. Doce pequeno Príncipe da paz, Soberano do Rio sem fim.
As árvores sussurram sobre ti...
“os olhos que contemplou a beleza, não sentem prazer na tristeza”
Abraço a mãe natureza, e sinto seu amor, e ela se mostra linda mulher idosa, que mal pode caminhar, cabelos brancos como a neve, brilhantes feito a prata polida, rugas profundas, olhos azuis como os mares, cansados, mas transbordantes de amor.
Suas vestes trás a marca de cada povo, e seu sorriso é inocente como o sorrir de uma criança feliz.
-Filha, Porque tanta tristeza?
Sua voz era terna, tocou-me, era como se todos os pássaros cantassem sendo orquestrados pelo divino amor, fazendo o mundo inteiro ser coberto por compaixão.
- Não tinha a quem recorrer amada mãe, eis que corri a seu encontro...
Sorrindo a velhinha me estendeu a mão...
-Filha, vamos nos sentar embaixo de uma árvore...
Caminhei com Gaia em direção da arvore mais próxima, não pude deixar de reparar em seu perfume, era suave, e então, eu senti em meu ser o viço de todas as Flores.
Me sentei na grama, à sombra era fresca e convidativa, encantei-me ao ver as raízes da arvore furando o solo; entrelaçavam-se em um balé surreal, e assim formaram uma poltrona confortável Para que a amada mãe pudesse sentar-se.
Ela cruzou suas tremulas mãos uma sobre a outra se inclinou em minha direção, olhou-me profundamente nos olhos, como quem espera a conclusão de uma historia.
Hesitei, por um momento pensei, Gaia sabe por que busquei seu espírito, ela podia com sua própria boca falar, mas ela queria ouvir o que eu tinha a dizer. Suspirei e então com contida emoção me dirigi a ela...
- Meu coração está aflito, pois queria ter noticias de um ser querido, mas ele está inacessível, não consigo achá-lo em parte alguma, ninguém sabe me dizer de seu paradeiro. E ele era tão intimo teu, um de teus melhores filhos.
Abaixei minha cabeça, pois minhas falas pareciam absurdas, eu estava com a mãe Terra, Deveria ela ter assuntos mais importantes do que se preocupar com meus devaneios.
Depois de alguns minutos de silencio... Sua voz cristalina fez-me erguer a cabeça.
- Os pais às vezes chegam à idade avançada e necessitam ser carregado por seus filhos, necessitam da retribuição dos anos de amor dedicado, não por força da obrigação, mas por amor.
Existe um ditado belo ecoando no proclame de homens religiosos, que diz...
Aquele que honra pai e mãe, terá seus dias prolongados na Terra. E certa vez uma luz se fez presente em forma humana e disse...
deixem vir a mim os pequeninos, porque estes herdarão o paraíso, e ensinou aos meus filhos a serem inocentes como as crianças. E isso quer dizer, nunca deixar-se contaminar pela maldade, pelo egoísmo, pela crueldade.
-Gaia fez uma pausa de segundos, com ar de quem revelaria um segredo, continuou- Eu me mostro a ti como a velha e cansada mãe, que foi carregada nos braços de um filho, que mesmo homem, nunca deixou de ser criança.
Chorei, e Gaia me presenteou com a chuva... Paz era o que eu sentia, e minhas lagrimas eram as mais puras emoções humanas, que se mostravam em forma de gratidão e incondicional amor.
-Filha - continuou Mãe Gaia enquanto trovões ecoavam – Achas que eu o deixaria se perder?
Ou que teu irmão se perderia?
Ele está aqui – levantou as tremulas mãos, pousando-as em seu peito- Em meu coração, de forma alguma é inacessível... Sorria minha Criança, saia da sombra da árvore, pode ir dançar na chuva!
Beijei suas mãos e ela linda idosa, descontraída e de forma carinhosa deu uma sonora risada, que me preencheu de felicidade...
-Ande vá, vá... Pois Amo vela girar de braços abertos enquanto chovo sobre ti...
Mais que de pressa corri, as águas molhavam meu corpo, e eu bailei, girei, girei, girei, cantei...
A Chuva tinha ritmo, som, magia... Dancei na chuva como nunca antes, e eu sei que não dancei sozinha!
Luana Thoreserc
Elevo meu pensamento o mais alto que posso alcançar... Crio Asas...
Sopro no vento a minha saudação... Suave beijo entrego à natureza; ao abrir de meus braços ecoa o cantar silencioso de meu coração.
Crio Asas, posso voar, mas prefiro contemplar do chão toda a grandeza do céu. São tantas nuvens, iluminadas pelo sol, parecem banhadas de ouro, solidas... Obra prima da perfeição.
Crio Asas, mas não quero voar, Não posso tão longe de sua alma ficar... Todas estas maravilhas, Mares, Rios, flores, borboletas, pássaros... Enfim a vida nesta esfera é o amor que refletia em teu doce olhar. Doce pequeno Príncipe da paz, Soberano do Rio sem fim.
As árvores sussurram sobre ti...
“os olhos que contemplou a beleza, não sentem prazer na tristeza”
Abraço a mãe natureza, e sinto seu amor, e ela se mostra linda mulher idosa, que mal pode caminhar, cabelos brancos como a neve, brilhantes feito a prata polida, rugas profundas, olhos azuis como os mares, cansados, mas transbordantes de amor.
Suas vestes trás a marca de cada povo, e seu sorriso é inocente como o sorrir de uma criança feliz.
-Filha, Porque tanta tristeza?
Sua voz era terna, tocou-me, era como se todos os pássaros cantassem sendo orquestrados pelo divino amor, fazendo o mundo inteiro ser coberto por compaixão.
- Não tinha a quem recorrer amada mãe, eis que corri a seu encontro...
Sorrindo a velhinha me estendeu a mão...
-Filha, vamos nos sentar embaixo de uma árvore...
Caminhei com Gaia em direção da arvore mais próxima, não pude deixar de reparar em seu perfume, era suave, e então, eu senti em meu ser o viço de todas as Flores.
Me sentei na grama, à sombra era fresca e convidativa, encantei-me ao ver as raízes da arvore furando o solo; entrelaçavam-se em um balé surreal, e assim formaram uma poltrona confortável Para que a amada mãe pudesse sentar-se.
Ela cruzou suas tremulas mãos uma sobre a outra se inclinou em minha direção, olhou-me profundamente nos olhos, como quem espera a conclusão de uma historia.
Hesitei, por um momento pensei, Gaia sabe por que busquei seu espírito, ela podia com sua própria boca falar, mas ela queria ouvir o que eu tinha a dizer. Suspirei e então com contida emoção me dirigi a ela...
- Meu coração está aflito, pois queria ter noticias de um ser querido, mas ele está inacessível, não consigo achá-lo em parte alguma, ninguém sabe me dizer de seu paradeiro. E ele era tão intimo teu, um de teus melhores filhos.
Abaixei minha cabeça, pois minhas falas pareciam absurdas, eu estava com a mãe Terra, Deveria ela ter assuntos mais importantes do que se preocupar com meus devaneios.
Depois de alguns minutos de silencio... Sua voz cristalina fez-me erguer a cabeça.
- Os pais às vezes chegam à idade avançada e necessitam ser carregado por seus filhos, necessitam da retribuição dos anos de amor dedicado, não por força da obrigação, mas por amor.
Existe um ditado belo ecoando no proclame de homens religiosos, que diz...
Aquele que honra pai e mãe, terá seus dias prolongados na Terra. E certa vez uma luz se fez presente em forma humana e disse...
deixem vir a mim os pequeninos, porque estes herdarão o paraíso, e ensinou aos meus filhos a serem inocentes como as crianças. E isso quer dizer, nunca deixar-se contaminar pela maldade, pelo egoísmo, pela crueldade.
-Gaia fez uma pausa de segundos, com ar de quem revelaria um segredo, continuou- Eu me mostro a ti como a velha e cansada mãe, que foi carregada nos braços de um filho, que mesmo homem, nunca deixou de ser criança.
Chorei, e Gaia me presenteou com a chuva... Paz era o que eu sentia, e minhas lagrimas eram as mais puras emoções humanas, que se mostravam em forma de gratidão e incondicional amor.
-Filha - continuou Mãe Gaia enquanto trovões ecoavam – Achas que eu o deixaria se perder?
Ou que teu irmão se perderia?
Ele está aqui – levantou as tremulas mãos, pousando-as em seu peito- Em meu coração, de forma alguma é inacessível... Sorria minha Criança, saia da sombra da árvore, pode ir dançar na chuva!
Beijei suas mãos e ela linda idosa, descontraída e de forma carinhosa deu uma sonora risada, que me preencheu de felicidade...
-Ande vá, vá... Pois Amo vela girar de braços abertos enquanto chovo sobre ti...
Mais que de pressa corri, as águas molhavam meu corpo, e eu bailei, girei, girei, girei, cantei...
A Chuva tinha ritmo, som, magia... Dancei na chuva como nunca antes, e eu sei que não dancei sozinha!
Luana Thoreserc