Mortinha por me completar...
A noite amanhece. Mergulho na palavra que ficou presa na ala da claridade e sonha ser palavra alada.
Mas nunca ganhou asas. Do desejo, ficou só o azul da cor da ausência, porque a ausência é azul, porque sim, porque eu quero, porque eu digo. Eu é que escolho a cor da palavra frustrada.
Quero ir buscar-me onde fiquei...
Virar costas e acenar em tom de Adeus.
Mas só encontrei parte de mim.
No Adeus, dispensei o abraço. Não tenho intimidade com o que de mim restou.
Parece que vai chover. Quero diluir-me tambem|
E agora o que faço, com isto que agora sou?
A metade que encontrei, foi a parte que morreu, numa noite que amanheceu algures por aí...
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