Me chama de "meu amor"
Um quarto barato
Um lençól velho
Nas paredes um papel bege
Um Monet pendurado sem entender nada.
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No banheiro ela toma banho
pelo ralo,o gosto dos outros homens.
Ela surge exuberante,é mais que um sonho.
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Não foi preciso,um jantar
Nem roupas caras
Mentiras vazias,meias verdades
nada disso a conquistou.
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Cartão de crédito,cheques
não valem nada aqui.
Uma esquina,um carro,uma carteira cheia.
Foram suficientes.
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Não foram os cabelos
tão pouco os olhos
a personalidade
escolhi o corpo.
Peito . . .
bunda . . .
Coxas . . .
a tatuagem
o piercing descobri depois.
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Começa me chamando de meu amor.
Porque hoje perdi,quem me chamava,assim.