LABIRINTOS DA ALMA

LABIRINTOS NA ESCURIDÃO

Uma vela,uma tocha,um lampião

não iluminam a alma,nem aquecem o coração.

Mãos abertas,braços afastados,a passos

lentos,procuro a saída,quanto mais avanço

mais me perco dentro de mim.

Em mim,encontro crianças brincando

homens que gritam sem parar.

Escuto tudo,não vejo nada.

O som não me leva a lugar nenhum,

os olhos não me servem de nada.

Meus pés estão gelados,ando com

dificuldade,as pernas pesam uma tonelada.

começa a chover,limpo o rosto.

Uma porta,a minha frente,será a saída

não me lembro se foi por ela que entrei . . .

Uma casa,sem janelas,sem quartos

sem armários,apenas uma placa.

Na ponta dos dedos,reconheço as letras

identifico o que está escrito. . .

Estamos em obras.

Um ser em construção,o príncipio

de tudo,sem rótulos,sem atalhos,os

caminhos terão de ser percorridos

por inteiro.

As crianças continuam a brincar

olho e vejo uma de pé,afastada,só.

Vou até ela,e pergunto.

porque não está brincando.

O dono da casa não brinca,

só observa.

DAVIDEUSEI
Enviado por DAVIDEUSEI em 15/01/2012
Código do texto: T3441861
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