LABIRINTOS DA ALMA
LABIRINTOS NA ESCURIDÃO
Uma vela,uma tocha,um lampião
não iluminam a alma,nem aquecem o coração.
Mãos abertas,braços afastados,a passos
lentos,procuro a saída,quanto mais avanço
mais me perco dentro de mim.
Em mim,encontro crianças brincando
homens que gritam sem parar.
Escuto tudo,não vejo nada.
O som não me leva a lugar nenhum,
os olhos não me servem de nada.
Meus pés estão gelados,ando com
dificuldade,as pernas pesam uma tonelada.
começa a chover,limpo o rosto.
Uma porta,a minha frente,será a saída
não me lembro se foi por ela que entrei . . .
Uma casa,sem janelas,sem quartos
sem armários,apenas uma placa.
Na ponta dos dedos,reconheço as letras
identifico o que está escrito. . .
Estamos em obras.
Um ser em construção,o príncipio
de tudo,sem rótulos,sem atalhos,os
caminhos terão de ser percorridos
por inteiro.
As crianças continuam a brincar
olho e vejo uma de pé,afastada,só.
Vou até ela,e pergunto.
porque não está brincando.
O dono da casa não brinca,
só observa.