NÃO ERA MAIS O PRINCIPE DE NINGUÉM . . . NEM DELA

Um quarto barato

um lençól velho

nas paredes um papel bege

um Monet pendurado sem entender nada

No banheiro ela toma banho

pelo ralo,o gosto dos outros homens

ela surge exuberante,é mais que um sonho

Não foi preciso um jantar

nem roupas caras

mentiras vazias,meias verdades

nada disso a conquistou

cartão de crédito,cheques

não valem aqui.

uma esquina,um carro,a carteira cheia

foram suficientes

Não foram os cabelos

tampouco os olhos

nem a personalidade

escolhi o corpo

peito . . .

bunda . . .

coxas . . .

a tatuagem

o piercing descobri depois

Tudo pra mim

sem "amorzinho"

não era mais o príncipe de ninguém

o castelo era de areia,é verdade

por duas horas,eu fui rei

e foi muito bom.

DAVIDEUSEI
Enviado por DAVIDEUSEI em 03/01/2012
Código do texto: T3420577
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