Veredas
Todas as vestes uma a uma como um rastro, o caminho do desejo abria a porta, e as imensidões pareciam pequenas diante da beleza do corpo nú.
Nos afagos das mãos macias, entregava-se a sí, antes de ser além, permutava o vazio do tempo, agora com pele, e pagava caro...
Angustiada mandava, exigia, arranhava , como se tudo tivesse de ter anamoticamente sua forma, predestinou-se a morte, e morria para viver...
A embriaguez, enquanto o solo do piano soava longe, e até mesmo as velas pareciam parar de tremer...havia chama no quarto e não era da vela.
Suor.
Nos corpos embaraçados e sedentos, ardia os pensamentos, no gosto do vinho a sede matavasse boca a boca, e as cortinas tinto sangue...
Revelavam a noite funda entre estrelas , iluminavam-se os sorrisos satisfeitos e adormeciam nos seus sonhos juntos, como sempre houve de ser.