Veredas

Todas as vestes uma a uma como um rastro, o caminho do desejo abria a porta, e as imensidões pareciam pequenas diante da beleza do corpo nú.

Nos afagos das mãos macias, entregava-se a sí, antes de ser além, permutava o vazio do tempo, agora com pele, e pagava caro...

Angustiada mandava, exigia, arranhava , como se tudo tivesse de ter anamoticamente sua forma, predestinou-se a morte, e morria para viver...

A embriaguez, enquanto o solo do piano soava longe, e até mesmo as velas pareciam parar de tremer...havia chama no quarto e não era da vela.

Suor.

Nos corpos embaraçados e sedentos, ardia os pensamentos, no gosto do vinho a sede matavasse boca a boca, e as cortinas tinto sangue...

Revelavam a noite funda entre estrelas , iluminavam-se os sorrisos satisfeitos e adormeciam nos seus sonhos juntos, como sempre houve de ser.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 16/12/2011
Código do texto: T3391911
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.