O triste Adeus - Parte II - Do reencontro ao final Feliz...
Passava-se os anos naquela linda cidade de Lindolândia e à medida que o tempo passava mais amores se desencontravam. Mas para quem pensa que essa cidade só tinha desgraças no amor se enganava; a linda e então Miss Cidade estava mal cuidada e desprezada. As triste sombras do amor prevalecia naquela cidade, e hoje ainda ele esperava; Emílio à espera do seu grande amor, Cindy. Seus pais? Esses depois de 15 anos vendo o filho fechado para a vida, só tomaram uma decisão:
- Joélson, vamos ir embora dessa cidade, hoje mesmo! Nosso filho, veja bem, tem 30 e poucos anos e tá sofrendo por uma bastarda! vamos embora, Joélson!
- Você sabe que eu faço tudo por você, né, mas isso é uma decisão que ele tem que tomar, meu amor. Ele é maior de idade e ele escolhe onde ficar.
Via-se nesta situação, não só uma mãe preocupada com o filho, mas uma mãe protetora e que não queria ver o filho sofrer mais e mais.
Emílio seguira até uma ponte, ao pôr-do-sol onde lembrara todos os poucos momentos que vivera com Cindy, sua única e verdadeira paixão. Mas quando ele estava quase virando para se ir embora de volta para seu apartamento, ele pensava bem, antes de mais nada:
- Espera... Eu tô aqui há 15 anos esperando ela... Ela tinha 17 anos e agora 32 anos e ela é maior de idade... Então, ela quem foi que não quis voltar à Lindolândia. Será? Será que ela não me ama? Com o coração partido, será que Emílio teria esperado por alguém que não o amava realmente? Será que ele era o único a amá-la?
Do outro lado do mundo, numa cidadezinha onde tudo era novidade, via-se aquela família, uma família sem ter o que fazer, literalmente. Era a família de Cindy. Ela terminara de chegar da escola onde dava aula, como professora.
E parece que chegava com uma novidade e uma surpresa avassaladora:
- Mãe, pai, eu consegui! Depois de 15 anos, eu consegui juntar com o meu salário de professora, um dinheiro para voltar pro Brasil! Pra minha cidade natal!
Neste baque de notícia, o pai, um pouco mais idoso, ficara eufórico e histérico:
- O quê? Vai nos abandonar agora, Cindy? Depois de tudo que fizemos por você? Vai abandonar sua mãe, e por qual motivo você vai voltar para aquela cidade que estávamos?
- Pai... Por sua culpa eu fiquei durante 15 anos infeliz, sem nenhum amor pra compartilhar os momentos bons... Os momentos de tristeza, não tive ninguém ora me apoiar. Ele disse que estaria lá quando eu voltasse pra minha cidade.
Cindy mal poderia esperar pelo momento que abraçaria seu amado e matasse a saudade de 15 anos sem vê-lo. A jovem fizera o convite aos pais, para eles voltarem com ela,mas de que adiantou? Ficaram, e a jovem linda e sonhadora recebeu apenas o “Boa sorte” de sua mãe, e seu pai ficara magoado com a jovem.
Partia ela, ansiosa e com todas as suas malas, pronta para correr para seu amor. Chegava em Lindolândia, e ao ver aquela cidade que antigamente era tão linda e cheia de vida, e que hoje estava tão maltratada e tão morta, a jovem se desesperava de tamanha crueldade humana.
- Meu Deus... Minha cidade, a cidade em que eu nasci, hoje tá praticamente enterrada, só restam prédios velhos e...
Emocionada, a garota corre pro apartamento que o jovem Emílio dissera, há quinze anos, que estaria lá, mal chegara ao local, sorrindo batia palmas e saíra uma senhora idosa, desconhecida:
- Pois não?
- Sim. Eu queria saber se Emílio e a família dele ainda mora aqui?
- Não. Sou prima da mãe dele. Eles saíram hoje pela tarde no primeiro voo à cidade natal do pai dele, Uberlandia e eu fiquei com o apartamento.
Ao ouvir a triste notícia, a jovem Cindy ficara despedaçada por dentro, mal sabia se expressar.
- Há... Há quanto tempo eles saíra, senhora?
- Olha, faz umas uma hora e meia, por aí. Me desculpe intrometer, mas... Se você quiser correr atrás dele, pode, porque eu acho que dá tempo!
Mal esperava a senhora dizer o resto, saíra correndo, em disparada, ao aero-porto da cidade, ao aero-porto que era a única coisa preservada da pequena Lindolândia. Corria entre meio as pessoas que estavam esperando voo, e chegava na recepcionista, cansada:
-Com licença, mas você poderia me informar a que horas sairá o voo para Uberlândia, Minas Gerais?
- Olha, este voo tá atrasado, mas creio que logo ele sairá!
Corria a jovem por todo canto, ansiosa para o reencontro. Esbarrava em um homem jovem, sadio, e nem sabia que era seu amor de tanto tempo.
- Opa, desculpa, senhor! - Percebia e quando eles trocaram olhares de repente...
- Cindy... Cindy, eu não acredito, é você?! Meu Deus!!!!!
Os dois saltitantes, dão aquele abraço de mais ou menos 20 anos sem ver-lhes e radiantes gritam de felicidade.
- Cindy, eu não acredito! Meu amor!
Todos que estavam à volta ficavam olhando aquele casal cheio de saudades, e até sentiram um pouquinho de... inveja! Inveja por serem um casal tão apaixonado que até depois de 15 anos o amor prevaleceu...
Poderia dizer que Cindy e Emílio viveram felizes para sempre, mas não viveram felizes para sempre... Viveram felizes para sempre enquanto duraram...
E assim foi a história de Cindy e Emílio, um casal que esperou o reencontro, que poderia ter sido evitado, se não fosse os pais, os pais protetores!