O tempo não apaga

Ela havia perdoado por amor, e esperava ele ansiosamente voltar pra ela, como havia implorado.

Ainda com medo de sofrer mais, ela se entrega novamente á ilusão, sem saber ou mesmo imaginar que tudo era apenas uma brincadeira de mau gosto, que resultaria em uma ferida funda, incomoda e exagerada que não carregava descrição, era algo gritante, deixando exposta sua dor, seu choro; como se sangrasse por onde quer que ela passe, e ninguém poderia fazer nada por ela, alem de sentir pena.

Amar alguém para ela era raro, e quando seu coração se abria, nada poderia fechá-lo novamente, não era passageiro, portanto amava acima de tudo, até do tempo, mesmo que fosse amar só para ela, apenas dentro dela.

Quem olhava enquanto ela sorria, poderia cair em prantos por ela, seu sorriso se tornou mais cortante do que todas suas lagrimas, das quais sua mente havia impedido de cair novamente por alguém que ela repugnava, entrando em colapso com o coração que desesperadamente o adorava.