UM BAITA AZAR DO JOVEM BALTAZAR!
O jovem Baltazar, no auge da sua juventude e virilidade, jamais pensava passar por um momento de disfunção erétil, justamente com a sua gostosa amante, Fabíola.
Sim, ele há alguns meses estava vivendo um romance, daqueles considerados proibidos, uma vez que a sua parceira se tratava de uma jovem mulher casada, que se considerava carente e mal amada. Muito bonita, provocante e com uma ótima conta bancária, diga-se de passagem. Baltazar então nem piscou os olhos. Pois, pra começo de assunto, foi ela quem incitou aquele súbito romance. Repito, alegando uma carência sexual que, por sinal, estava estampada nos seus lindos olhos, lábios provocantes e gestos insinuantes, praticamente se ofereceu ao jovem em questão, que no momento da abordagem, da cantada e do convite estava sem compromisso com nenhuma garota, e por sua vez, também estava seco com relação ao sexo. Então com esta oportunidade de ouro, ratificou a expressão popular que diz: "juntou a fome com a vontade de comer". (E como comeu!)
O primeiro encontro aconteceu no mesmo dia em que se conheceram. Ele a levou a um motel bem próximo ao local do seu trabalho. Foi tudo muito rápido, ou seja, num abrir-fechar de olhos (e de pernas). Foi a aventura mais rápida e fácil que ocorrera até então na vida do jovem Baltazar. Não precisou de lábia e muito menos de preservativos e o que foi melhor, nem de dinheiro. Pois a dita cuja se prontificou a bancar tudo; desde o motel ao cigarro do amante e, posteriormente, táxi e outras regalias. Em resumo, o rapaz estava com a faca e o queixo na mão. Só precisava satisfazer a insaciável Fabíola na cama e de várias maneiras. No início, ele tirou de letra. Uma vez que ela se entregava de corpo e alma, literalmente. Nest caso, mais de corpo.
As regras dos encontros eram ditadas por ela. Desde o dia, a hora e o local e o modo como se comportar no leito ou melhor, na suíte ou mesmo apartamento. Determinava a amante: "agora eu vou ficar por cima!", "agora é de lado!" ou então, "por trás!", "Em pé!", "No chuveiro!" e assim sucessivamente. Cada transe, praticamente, uma posição. O arcaico "papai-mamãe" só com o marido - ela falava - e olha lá, só uma ou duas vezes por mês! "Qual a mulher que aguenta isso?".
Por ser exigente e insaciável no campo sexual, Fabíola jamais admitia bola fora, o que, paradoxalmente, no sentido literal, sempre acontecia quando havia alguma transa, não importando a posição. Após os encontros, já quando estávamos em algum restaurante ou mesmo lanchonete, ela sempre fazia questão que o pedido fosse o mais caprichado possível. O pagamento feito por ela, era sempre executado de maneira que não deixasse o amante constrangido. Apesar de que, pouco ele estivesse se importando com o fato dela pagar tudo. Já foi do tempo em que o homem era considerado o caçador e pagava tudo. Como agora os direitos são iguais, que a mulher também os cumprisse em todos os seus requisitos. E deixava rolar.
Mas como na vida nem tudo é como a gente quer e imagina. Mas dia, menos dia sempre acontece alguma coisa para contrariar nossos planos. E foi o que aconteceu a este casal pegador. Num desses encontros fortuitos, ela apareceu mais arrumada do que o de qlue costume, causando ao Baltazar muita surpresa. Até aí, tudo bem, se não fosse aquele exuberante penteado, que por sinal, ela logo o alertou dizendo que ele podia fazer tudo com ela, menos uma coisa: tocar no seu cabelo, no seu lindo penteado. Pois conforme cofessou, passou quase duas horas sentada numa cadeira da cabeleireira e não pretendia desarrumá-lo num minuto. Após esta admoestação sutil, já estavam nas preliminares do ato sexual, quando aconteceu um imprevisto com Baltazar. Na hora H o seu membro continuava sem reagir aos carinhos que acontecia na parte de cima. Uma súbita disfunção erétil deixou-o bastante nervoso e apreensivo. Os dois amantes não estavam entendendo o que estava acontecendo. Ela inclusive ficou mais nervosa do que nunca e o acusou de traição. E abriu a sua maleta de ferramentas verbais, com impropérios, acusações, injúrias. Enquanto isso, sem entender de imediato o porquê daquele fracasso, o rapaz ouvia tudo com as duas cabeças baixas. Que situação!
Por fim, ele foi sincero com ela e achou o fio da meada daquela sua insegurança. Como ele e qualquer casal que se entrega a um ato sexual completo, achou com toda a certeza que o motivo daquela broxada momentânea era o penteado da parceira, pois ele ficou com receio de desmanchá-lo.
-"Ah, o motivo é só este? Então vamos ver se você está falando a verdade. Dane-se a festa que eu ia quando saísse daqui!"
Em seguida, levou as mãos à cabeça e era uma vez um lindo penteado que durou duas horas para ser feito!...E ficou toda nua e despenteada e mais assanhada do que nunca na sua frente. Vendo aquele espetáculo de mulher nos seus braços e mais provocante do que nunca, imediatamente todo o corpo do amante reagiu e a transa animalesca se consumou como jamais tinha acontecido, transformando-se esse encontro no melhor e mais completo de todos até então. Pensando que ela estivesse já entregando os pontos pelo desgaste físico, o rapaz ainda aproveitou para esnobar:
-E aí, gostosa, vai mais uma ou deixa pra outra oportunidade?
-"Você nunca futuca uma onça com vara curta, rapaz!"
-Você acha mesmo a vara curta? Provocou Baltazar
-"E você acha que eu sou "onça"? Vem cá, garotão, vamos pra saideira!"
E sem se desfazerem totalmente das roupas, ali mesmo, próximo da porta de saída daquele quarto de motel, fizeram amor em pé, pela primeira vez, levando-a aos píncaros do prazer.
- Vou lhe pedir um único favor, Fabíola!
- Peça que será feito.
- Não venha nunca mais se encontrar comigo com um lindo penteado imexível como aquele que você veio hoje!
-Tudo bem, prometo. Só espero que doravante você também não me dê um susto como este que aconteceu há pouco!
-Tô dentro! - Respondeu Baltazar.
-Ainda bem. Quero sempre você dentro de mim!...
Joboscan