Escrevendo para o amor...
Amor da minha vida. Escrevi pra você. E a felicidade que senti, não consigo descrever. Fiz o que precisava fazer. Fiz o que minha alma pedia, implorava. Eu precisava escrever aquelas histórias, precisava deixar registrado tudo o que sempre senti por ti. Eram personagens, não éramos nós. Nunca seríamos nós. Mas o amor estava ali, nas palavras, e até mesmo nas hesitações. O amor estava entre os espaços, entres os caracteres, na escolha da capa. A paz e a vontade de viver eram indescritíveis, sentia-me leve, feliz, sorria muito. Mas, eis que, os anos se passaram. Prometi que seguiria escrevendo. Nunca mais deixaria de contar sobre esse grande sentimento. Acho que a vida sentiu ciúmes de minha felicidade e, assim, deu um jeito de me impedir. Não consegui mais escrever. Haviam e ainda existem: as preocupações, os problemas, as adversidades, e estas são tantas que me afastaram de ti. Não, não foi de ti, eu nunca estive perto de ti. Estivemos frente à frente, conversamos muito rapidamente, sempre. As palavras sempre foram poucas, breves, básicas. Os olhares, estes sim, sempre foram muitos, demorados, revelando muito mais do que poderia, um dia, descrever. Até hoje, eu não sei o que será disso tudo. Eu não consigo entender porque te amo tanto, te amei tanto e amarei sempre. Talvez, porque, o amor não se explica, não se entende, apenas se sente. E eu sinto, sinto muito, sinto tanto, sinto sempre. Se possuo alguma certeza em minha vida, esta certeza é de que amo você, amei você e sempre o amarei. Você que nem sabe o que escrevi antes, o que escrevo agora, e tão pouco, o que escreverei amanhã, porque isto, nem mesmo eu sei. Nem mesmo sei se escreverei mais. A vida continua com ciúmes de mim, do que sinto e do que poderia viver, se vivesse para amar você. Eu sei que a paz voltaria, o sorriso também...este seria o reflexo, o maior reflexo de minha felicidade. Os problemas, as preocupações e as adversidades seguiriam existindo, claro. Mas, eu sei, sinto, pressinto que, assim como nas páginas de meus livros, o amor estaria ali: nos espaços, nos caracteres...nas entrelinhas e nas linhas tortuosas de nossa vida.