maria vadia - parte 3
Corria a vida
Vadia, vadia,
Maria crescia
Intuiu em seu coração
Homem, mulher, criança
Ninguém têm coração
Porque este castigo?
Ser belas aos olhos maliciosos
Mas só atrair corações maldosos.
Mas a Vadia Maria
Não só na idade, na beleza crescia
Também sua inteligência se via.
Dez anos, sem escola
Sem pai, sem mãe
Mas não adotara como as outras
Como familia,
O cachino, nem o saquinho de cola.
Maria, Maria, vadia
Um Anjo no céu te protegia?
Um dia, dez anos
Já atraente, em curvas
Cabelos e dentes
Atraiu do fotogrago, a lente
_ Quer comer meninha,
_ Um prato de comida descente?
Ela aceitou e perguntou
_ Esta foto, também tu me dà
_ Não tenho nenhuma para guardar.
_ Sim menina, qual seu nome, qual sua sina?
_ Meu nome?
_ Maria! Minha sina?
_ Vadia!... E nada mais se acrecia.
Quem era este, um anho na Terra?
Maria Vadia, não acreditava
Mas uma comida descente precisava
Que tinha a perder? Se poderia comer?
Os olhos de Maria brilhavam
Do fotografo, cifras em suas pupilas contava
_ Vamos comer Maria, depois as fotografias.
Pela primeira vez, numa mesa sentou
Maria, limpa, bem vestida
Uma linda menina ficava.
_ Ahhh! Maria... Ahhh Maria!
Seu tutor suspirava.
E para o Estudio,
Sozinhos: ele e ela
Os dois se deslocavam
Este homem, seu olhar de malícia
De Maria os olhos não tirava.
Maria percebeu,
Pois Maria, apesar
De bem vestida, bem nutrida
De olhos arregalados
Era vadia, era esperta
E tudo em sua mente já tramava...
( continua... )