Da escuridão a clareza

DA ESCURIDÃO A CLAREZA

Desde que se mudou para o Vale dos Riachos ela tinha esperança de fazer com que a sua nova vida oferecesse mais liberdade para ela ser ela mesma. Ter a liberdade de sair na rua e aproveitar o sol lá fora, de ir ao cinema quando tivesse com vontade de ver um filme. Por mais que sua vida fosse agitava ultimamente, ela se sentia feliz por saber que estava segura.

Judy era uma garota de 28 anos e que corria muitos riscos na vida desde que conheceu Hunter. Ele fora um namorado maravilhoso. Costumava levar aos melhores restaurantes, aos melhores lugares para viajar em primeira classe e presenteá-la com lindas joias caras. Até ela descobrir o que ele fazia.

Hunter teve que dar um jeito para ela não contasse, que tudo isso havia acontecido e chegado naquele ponto porque ele foi ameaçado. Judy não quis escutar e prometeu não contar nada a ninguém desde que ele a deixasse em paz. Ele aceitou, mas, com a pulga atrás da orelha.

Todos os dias ela sentia que estava sendo seguida.

- Hunter, pode parar de me seguir? Você quer me matar?

-Não estou seguindo você. E jamais mataria você. – Disse ele segurando telefone. – Quero manter você em segurança. Quero proteger você.

- Me deixando em paz seria bom. Eu gostaria muito disso. Eu já estou em segurança, muito obrigada.

Ele não a respeitava. Não escutava o que ela dizia, sempre que podia estava ligando para ela para saber onde estava. Judy chegou ao seu limite quando teve certeza de que não aguentava mais. Não parava de procura-la, ela estava enlouquecendo com isso.

Então, pegou uma mala e enfiou um número possível de roupas que podia dentro. Então, ela discou um número que conhecia muito bem e que sabia que teria respostas muito rápidas em relação a sua urgência.

- Preciso de ajuda. – Ela respirou. – Ele está me seguindo e eu não aguento mais esse tipo de vida.

- Fique tranquila Judy. Quando você vem para cá? – Perguntou.

- Agora mesmo. Estou indo ao aeroporto e quando checar os horários eu ligo para você de novo.

- Ok, Fique tranquila e, me mantenha informado.

Desligou.

Horas depois Judy já estava dentro do Avião. Lá de cima ela avistava o lugar que crescera e que passara bons momentos com seus pais, já falecidos. Quando ela tinha vinte e um anos teve que se virar com a herança que seus pais deixaram para ela. Morando sozinha e trabalhando de como garçonete em um café. Foi lá que ela conheceu um cliente chamado, Hunter.

Ao aterrissar no aeroporto de Seattle esboçou uma alegria dentro de si. Judy não prestou atenção em nada na viajem, pois sua cabeça estava em sua vida passada. É claro que sentiria saudades de todos que constituíram uma vida com ela. Mas, já era o momento de partir.

Ela agora estava em Washington, Estados Unidos. Ao sair do avião ela foi quase correndo encontrar seu primo. No Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma ela viu aquela figura bela vestida de fazendeiro sorrindo para ela. O primo era a sua única comunicação e segurança. Elliot era a melhor pessoa que ela conhecia e que por ventura, a tratava como a irmã mais nova que ele nunca teve. Pois, Elliot, depois que assumiu o comando da fazendo aos vinte e um anos sempre deu prioridade a sua vida profissional do que as mulheres interesseiras que ele conhecia.

- Oi Judy? – Disse, abraçando ela forte.

- Ah! Como é bom ver você Elliot, muito bom.

Os dois ficaram abraçados e matando a saudade. Já fazia sete anos que não se viam desde a morte dos pais de Judy. Elliot veio para o enterro, mas teve que correr de volta para casa por causa de seus negócios.

- Tenho certeza que você vai gostar de Seattle. Tenho certeza disso. Eu moro perto do Park Arboretum, fica nas margens do lago Washington. Lá está concentrada uma variedade de plantas que não se encontra em mais nenhum lugar. É um jardim japonês. – Elliot sorriu.

- Quero conhecer.

Ela sabia que Elliot não queria toca no assunto e estava sendo o mais cuidadoso possível em relação a questão da sua prima Judy. Ela sempre fora sensível e Elliot sabia disso, porque quando eram pequenos era ele que a defendia na escola dos maus elementos. Elliot sempre cuidou de Judy.

Ao chegar a grande fazenda ela se deslumbrou com a grandeza dela.

- Nossa! Que linda Elliot. Não acredito que você mora sozinho aqui.

- Não. Não mesmo. Tem a Margareth que cuida da casa, os caseiros Jonh e Alan. Meus dois Cachorros Radar e Raika e meus três gatos, Noddy, Mel e Leona.

- Uma família em tanto.

Assim que Margareth a viu a ajudou com as malas. Deixou que ela se acomodasse em seu quarto e descansar um pouco da viajem.

- Se acomode prima Judy. Falaremos na hora do jantar. Tenho negócios a resolver.

- Ah! Claro Elliot, eu não quero incomodar. Estou bem.

Sentada na cama que agora seria a sua ela ficou a olhar pela janela da casa. Uma bela casa por sinal. Toda feita de tijolinhos e uma decoração rústica. Seus tios haviam construído este lugar e ela nunca conheceu. Não foi por falta de convites, é que seus pais sempre precisavam dela. Esse era o motivo de Judy nunca ter saído de lá e agora, sentia que podia ser ela mesma e sair sem ter medo de ser perseguida. Já arrumara compradores para sua casa e falara com uma imobiliária para que isso acontecesse. Isso, antes de pensar em sair definitivamente.

Judy era uma mulher linda, muito linda. Tinha os olhos cor de âmbar. Sua pele era branca como as nuvens em dia de sol. Tinha 1;70 de altura e uma aparência delicada. Ela tinha os olhos grandes e cílios espessos. Seus cabelos eram castanhos e ondulados e caiam em seus braços pelo comprimento. Seu corpo era magro, mas com curvas comportadas. Ela era o estilo romântico. Gostava de usar vestidos.

Viu que no quarto tinha um guarda-roupa e logo foi arrumando suas coisas. Estava distraída a ponto de cantar uma canção. Ela gostava da banda U2 e em especial uma música “With Or Without You”.

“See the stone set in your eyes, See the thorn twist in your side, I wait for you”

Tradução:

“Veja o conjunto de pedra em seus olhos, veja a torcer espinho em seu lado. Eu espero por você...”

Ela adorava cantarolar. Judy era alegre, e isso só voltou agora porque ela sabia que tinha se livrado daquele maldito Hunter. Aqui estava a salvo e mais ninguém a faria infeliz de novo como fez seu ex-marido.

O dia seguinte chegou sem medo de se expandir. Judy acordou cedo e foi para a cozinha atrás de seu primo. Ao chegar lá, Elliot estava sentado na mesa esperando por ela.

- Bom dia Judy? Dormiu bem? – Perguntou sorridente.

- Sim. Como há muito tempo.

- Então, tenho a manhã livre. Quer conversar?

- Sim.

Depois de tomar o café da manhã Judy e Elliot foram para o jardim. Ela avistava a fazenda agora de dia. Era linda. Demais. Elliot tinha com certeza uma bela fazenda. Ela estava agora se sentindo triste porque não queria ter saído fugida do seu lugar da infância. Mas, ali, andando e sentindo o ar fresco se sentia melhor. Mesmo que não falasse muito pessoalmente com o primo, por telefone se falavam muito, principalmente depois da morte dos seus pais. Elliot a convidou para morar com ele, mas ela tinha certeza que poderia se virar bem.

- Você está se sentindo bem? – Perguntou Elliot preocupado.

- Estou sim primo. Eu estou feliz em estar aqui, só um pouco confusa ainda, pois sai correndo da minha casa e com medo...

- Calma. Aqui você está segura. Conte-me.

Judy respirou. Ela casou-se quando tinha vinte e quatro anos com Hunter. Antes disso, ela morava sozinha e trabalhava como garçonete no café. Depois de um ano da morte de seus pais, ela arranjou forças para continuar sua vida porque estava sofrendo muito, eles era sua força de viver. Certo dia uma homem muito bonito e bem vestido foi tomar café onde ela trabalhava. Então, Judy começou a perceber que ele ia todos os dias lá. E, quando ela o atendeu um dia desses o cara lhe entregou um bilhete.

“Quer jantar comigo no Sábado a noite? Pego você as 20:00h.”

Depois de terminar de ler o cara tinha sumido. Depois disso ela ficou pensativa. E se perguntava como ia responder isso a ele, sendo que era sexta-feira já. Ela não deu tanta importância, pois achou que era besteira ou de certo para a pessoa errada.

Na noite de sábado ela escutou alguém bater em sua porta.

- Boa noite! Então, está pronta?

- Oi. – Ela disse calmamente. - Como sabe meu endereço?

- Perguntei a uma amiga da cafeteria. Só vou aquela cafeteria por causa de você. Estava esperando a melhor oportunidade para convidar você para sair.

Ela estava espantada. Aquele homem a levou para jantar e depois conseguiu fazê-la aceitar se casar com ele. Em um ano as coisas eram maravilhosas e depois, quando chegou ao terceiro ele foi se revelando um homem possessivo a qual ela passou a ter medo. E havia ameaças atrás de ameaças se ela o deixasse. Dizia que a amava mais que tudo e não queria perde-la. Um ano depois ela resolveu enfrentar ele. E voltou para sua casa. Hunter ainda tentava se manter por perto dizendo que ela sabia demais em relação a seus negócios e queria que ela ficasse quieta.

- E desde então ele não aceita que eu fique longe dele, e me seguia até meu trabalho e depois até em casa. Eu não aguentava mais, tinha medo de ele me fazer alguma coisa e mais medo ainda de chamar a polícia no caso dos outros homens que trabalhavam com ele virem atrás de mim.

- Fica tranquila. Aqui ele não vai ter procurar. Ok? Você pode morar comigo o tempo que quiser, eu estou sozinho sempre, uma companhia familiar seria bom. – Ele fez uma pausa. – E, tenho já um convite a te fazer. Hoje darei uma reunião de negócios aqui em casa. E sempre termina com jantares ótimos e muito conversa boa entre amigos.

- Será bom. Mas, não sei se tenho roupa bonita para essa reunião e...

- Eu a levo no shopping. Tenho certeza que podemos encontrar algo para você. - Ele olhou rapidamente no relógio. – Ainda tenho tempo para você.

Elliot foi em direção a seu carro. Momentos depois nós chegamos ao University Village Shopping Center. Era amplo

E ao passar na frente do Shopping havia muitas mesas ao ar livre por causa dos restaurantes que haviam ali. Fazia sol e Judy avistou um cachorro que mais parecia o Bethovem. Ela passou a mãe nele e o mesmo se inquietou pelo carinho. Eles passaram pela Tommy Bahama. Os vestidos eram lindos demais e ela nem sabia qual escolher, embora tivesse dinheiro para comprar o que quiser, ela não queria comprar sem necessidade.

- Posso ajudar?

- Pode sim, ela quer ver vestidos. – Disse Elliot.

- Ah! Sim, venha querida, temos modelos que irão ficar lindos em seu corpo de manequim... – A vendedora adorava falar.

Judy olhou para Elliot como se quisesse que ele falasse alguma coisa vendo que a vendedora a carregava para dentro. Ele disse um tudo bem e que ela poderia escolher o que quiser.

- Olhe esses modelos querida, são lindos para seu corpo.

- Gostei deste floral, de deste preto casual também. – Disse ela parava vendedora. – Gostaria de prova-los, por favor.

- Claro. Vamos até o provador.

Ela vestiu o floral de algodão e seda. Ficou perfeito nela e seu estilo romântico combinou ainda mais. Com as costas de fora e longo até os joelhos. Ela queria aquele. Em seguida ela vestiu o preto. Com um decote oval entrelaçado no pescoço e também com as costas de fora. Mas, este era comprido até os pés. Ela também o adorou. Era um vestido anel tartaruga. Quando se viu inteira naquele vestido, deu vontade de mostrar para Elliot e na hora de chamar a vendedora ela percebeu que ele estava sentado ali perto a esperando e vendo ela vestida. Elliot a olhou com admiração e ela retribuiu com sorriso doce.

Decidiu levar os dois.

- Gostou deles? – Perguntou a vendedora.

- Sim. Adorei, vou ficar com os dois. – Ela sorriu.

Em seguida ela foi para o caixa esperando a moça lhe dizer o preço total.

- Algo mais? – A moça do caixa perguntou.

- Não. Só isso. – Ela sorriu e viu que Elliot vinha em sua direção.

- São $306. – Disse a moça do caixa.

Quando Judy foi tirar sua carteira da bolsa Elliot já tinha dado seu cartão na frente dela e mandado debitar o valor. Elliot sorriu e fez com a cabeça como se não fosse nada. Judy agradeceu e depois de a vendedora dar a sacola com os vestidos saíram da loja.

- Você ficou linda naquele vestido preto. – Ele disse.

- Obrigada. – Ela sorriu.

- Ainda temos tempo, você quer ir a algum lugar?

- Não.

Pegaram o rumo de volta a fazenda.

Ao chegar lá Judy foi ver se Margareth queria alguma ajuda para o almoço. Elliot foi para o escritório. Embora ela soubesse que no fundo Elliot não era seu primo de verdade, ela o considerava. Elliot fora adotado quando era um bebê devido aos seus pais não poderem ter filhos, e crescera com Judy. Era apenas cinco anos de diferença. Judy se pegou pensando no Elogio que Elliot a fez.

- Então Magargath, Elliot já teve namorada?

- Nadinha de namorada. Elliot ama uma mulher, mas ela não sabe.

- Quem é? - Perguntou inocente. - Quem sabe posso ajudar.

- Infelizmente você não pode ajudar querida.

Judy fez cara de incerteza.

A noite chegou e ela foi tomar um banho para logo mais estar na reunião. Depois de colocar o vestido se olhou no espelho e ficou se admirando. "Nossa! Como estou diferente!" disse a si mesma em voz alta. Mas, elas não sabia que Elliot estava passando na frente do seu quarto. Ele a olhava feito um garoto apaixonado. Mal acreditava que amava essa mulher desde criança. Sempre esteve disposto a ajudar quando ela o chamava. Ela o via como irmão mais velho, mas era um primo torto, de mentirinha.

Após terminar de se maquiar ela se olhou mais uma vez e respirou fundo, esperando a noite prometesse e fosse boa o suficiente para que ela se divertisse. Olhou para a porta achando que alguém estava a observando e logo pensou que era Hunter e ficou um pouco preocupada. Mas, não era nada, ele nem sabia que ela estava ali.

Ao sair pela porta ela sentiu uma fragrância masculina pelo ar e viu que a porta do quarto de seu primo estava aberta. Só poderia ser o cheiro dele, pensou ela. "Que cheiro maravilhoso", ela pensou e foi para a sala de estar aguardar as pessoas que chegariam.

Ao entrar na sala ela encontrou dois homens sentados ao direito da sala conversando e foi logo se apresentando para ambos. Não havia mais ninguém, somente aqueles homens. Então, Elliot logo apareceu, vestia jeans e uma camisa de gola apolo verde listrada na vertical com branco. Os cabelos molhados e penteado para trás. Um verdadeiro Deus grego. Judy não pode deixar de notar a elegância de seu primo e até se confundiu quando se olharam, por um momento ela o achou maravilhoso e esqueceu que era seu primo, aquele que ela convivera na infância e brincava de correr pela lama.

Após o jantar, os dois convidados foram se despedindo enquanto Judy estava sentado no barzinho da sala tomando um drink. Ela não percebeu quando Elliot se aproximou, e ele mal sabia que ela estava pensando nele.

- Oi, está pensando? - Perguntou.

- Ah! Desculpe, não vi você ai.

- Gostou do jantar? - Perguntou.

Eles se confundiram com o espanto da atração que estava estimulando os dois pelo mesmo caminho, mesmo sem saber.

- Adorei. E seus amigos são muito simpáticos.

- Você estava pensando nele? - Perguntou Elliot.

- Não. Não mesmo. - Ela agora olhou para ele.

- No que então, você está bem?

- Estava pensando em como você está um homem bonito. Não é mais aquele moleque que brincava na lama comigo. - Ela deu um sorriso e ele retribuiu.

- É. - Ele disse a olhando bem nos olhos. - Eu sou um homem agora.

- Estou vendo. E você não arranjou namorada até agora porque?

- As mulheres daqui são interesseiras, não valem a pena.

- AH. - Ela disse.

Judy bebeu mais um pouco e percebeu que Elliot estava a encarando.

- O que foi Elliot?

- Você também é uma mulher. Uma bela mulher por sinal.

- Obrigada primo. - Ela disse sem graça. - Então, acho que vou deitar. Tá tarde né? - Ela disse.

- Ah! Sim, claro. - Tenha uma boa noite.

Horas mais tarde Judy estava rolando pela cama e não conseguia dormir. Levantou-se e foi para a cozinha beber um pouco de água. Passou pelo quarto de Elliot e tentou escutar se ele estava acordado. Passou direto e foi para a cozinha.

- Está sem sono. - Disse.

O copo de água caiu no chão.

- Ah! Desculpa, perdão, eu me...

- Se assustou? - Ele riu.

Elliot estava deslumbrante. Sem camisa e uma cueca. Judy ficou em ar vendo a cena na sua frente. Ele era tão forte e musculoso. Peito nu e a forma perfeita de um homem.

- Ah! Desculpe. É que eu ando pela casa de noite assim, já que sempre estou sozinho. Esqueci de você.

- Que isso. Bom, é... Somos primos não?... Já até tomamos banho juntos... - Ela estava sem jeito.

- Mas isso foi quando éramos crianças. - Ele riu. - mas não fique sem jeito. Desculpe de novo. - Ele a tocou nos braços e ela sentiu calafrios.

- Tudo bem.

- Mas... - Ela se virou já saindo da cozinha. - Não somos primos de verdade. Você sabe que fui adotado.

- Sim, mas eu o considero como...

- Judy. Você nunca percebeu mas... Eu sempre...

- É melhor a gente parar por aqui, acho que as coisas estão...

- Você está fugindo?

Ela parou e foi na direção dele. Ficou na sua frente, o desejando mais que tudo mas não queria dizer com palavras.

- Lembra quando a gente foi para o rio e ficamos lá horas nadando juntos? E quando a gente se beijou?

- Sim, mas éramos...

-Éramos adolescentes já... Você já sabia o que era a vida. Isso foi quando eu fui passar uns dias com você.

- Onde você quer chegar? Eu achei que você me ajudaria quando disse que queria fujir de Hunter. - Ela disse raivosa.

Ele a pegou nos braços chegando mais perto dela do que estava. Quase encostando na sua boca.

- Eu sempre amei você.

Elliot a viu enfraquecer em seus braços e a beijou com suavidade. Cada vez mais afundando os seus lábios nos dela e segurando a sua cabeça para ela não fujir.

- Elliot! - Ela disse estranhona, mas com desejo de ficar nos lábios dele. - Fomos criados juntos. Como...

- Eu amo você Judy. Será que nunca percebeu isso?

- Eu achei que fosse coisa de criança. jamais viria para cá se soubesse que isso ia acontecer.

Ela se largou dos braços dele e foi correndo para seu quarto. Se deitou na cama assustada e ouviu batidas na porta, o que a fez saltar imediatamente.

- Judy, me desculpa, por favor!

Ela não respondeu.

- Judy! - Ele disse de novo, mas não teve resposta.

Quando estava saindo ela falou.

- Tudo bem Elliot.

Ele então voltou e abriu a porta lentamente. Ela estava sentada na cama. Ela não falou nada mais e viu que ele se aproximava de uma forma tristonha e cautelosa.

- Me perdoe. Eu... Acho que vacilei né? Não vá embora, por favor.

- Você me pegou de surpresa. - Ela disse. - Mas, vem cá, senta aqui.

Ele sentou ao lado dela,com os olhinhos brilhando de esperança.

- O que foi? - Ele perguntou.

- Magareth disse que você ama uma mulher. Eu perguntei se poderia ajudar, mas ela disse que não.

- Essa mulher é você. - Ele foi direto.

Judy se aproximou dele e acariciou sua cabeça. Elliot parecia um cachorro recendo um carinho. Ela então se aproximou dele. Os dois começaram a se beijar apaixonadamente. Resultou em uma noite de sedução e paixão. Ao se dar conta Judy sorriu, não acreditando que estava nos braços de seu primo torto.

- Também amo você Elliot.

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 19/10/2011
Código do texto: T3286536
Classificação de conteúdo: seguro