De repente amando
De repente amando
Danielle Miller estava parada olhando o movimento das pessoas. Temia não encontrar quem estava procurando. Devido à sua timidez, e pânico da rejeição, preferia navegar na internet em busca de homens maduros e que, conhecendo mais a fundo e com as conversas naturais, buscava palavras que simbolizasse a integridade dos seus pretendentes, ela já se sentia satisfeita. Depois de longas conversas até achar qual o momento certo para se conhecer pessoalmente.
Suas mãos tremiam e suas pernas estavam bambas. Suava frio e sentia uma leve dor de barriga. Suas mãos estavam suadas. Onde será que se meteu esse bendito Richard? E ficou ali, mais ou menos mais meia hora esperando pelo encantador Richard.
Aos 30 anos ainda se sentia uma jovem menina. Trabalhava em uma editora como secretária. Lidava direto com o Diretor editorial, Nick Smith. Um homem charmoso com seus 40 e poucos anos e, muito competente e determinado no que fazia, embora muitas vezes sério, tinha uma educação e paciência admirável. Danielle tinha sorte de trabalhar com alguém assim.
Ainda tinha Jeff Williams, que era o assistente editorial, o coitado tinha que ler três livros ao mês e ainda tinha que fazer muito mais tarefas que não eram suas. E mais, quando o diretor não estava presente era ele quem ficava no lugar dele. Jeff era um homem atraente e de um sorriso fácil, embora não ligasse a mínima para isso. Tinha seus 30 anos e poucos.
Em Beverly Hills, Califórnia via-se muitas mansões. O lugar para quem tinha bastante dinheiro. Nem todos os afortunados eram celebridades, mas o que eram celebridades gostavam de Bevely Hills porque não tinha paparazzi para os incomodar, era um lugar tranquilo e o policiamento bastante prestativo. Geralmente, a Rua Rodeo Drive, distrito comercial conhecido por grife e de alta costura da moda era onde os moradores da cidade faziam suas compras. Estende-se a um trecho de três quarteirões longos de boutiques e lojas e alguns restaurantes. A rua se estende para o sul e para o norte.
Era bem ali, em frente a um restaurante chique e fino, a qual ela nunca poderia pagar nem com três meses de salário de secretária, que Danielle esperava Richard. Uma hora havia se passado e nada dele aparecer. Olhava para seu celular com certa impaciência, e nada. Resolveu esquecer aquele encontro e acreditar que nunca esteve ali esperando por ele.
Chegou a frente ao prédio Publishing House Mary Clark. Olhou para cima e soltou uma frase. Homens! Eu nunca mais marco encontros pela internet. Ao chegar a sua salinha, sentou-se. Ainda faltavam alguns minutos para todos voltares do almoço. Ela olhou de novo no celular para ver se alguém tinha ligado, mas nada.
- Oi Dani? – Falou Jeff. – Está se sentindo bem? – Perguntou preocupado.
- Ah! Estou sim, só estava pensando.
- No que? Se quiser compartilhar...
- Ah! Não é nada. Só que... Só estou com saudade dos meus pais.
Jeff Williams sempre admirou Danielle. Desde que começou a trabalhar na editora, Danielle fora a mais compreensiva pelos erros de Jeff embora estando ali há alguns anos ela conhecia muito bem a Editora. Danielle e Jeff se tornaram amigos ao longo dos anos na Editora. Embora Jeff fosse muito fechado, de vez em quando Danielle conseguia tirar alguma coisa dele.
- Já almoçou? – Perguntou Jeff preocupado. – Você está pálida.
- Não eu... – Ela estava muito triste para responder.
- Quer que eu compre alguma coisa para você? É rapidinho, é só você pedir. Não pode ficar sem comer.
- Ah! Não quero incomodar você.
- De nenhuma forma. Você é a pessoa mais bacana deste lugar. Vamos lá, você precisa de ar.
Mas tarde, Danielle pegou caminho para Wilshire Boulevard, era onde morava a quase sete minutos de Bevely Hills, mas antes tinha que passar pela Rua Santa Monica Boulevard. Seu pai fora generoso de comprar um pequeno apartamento para ela lá, sendo que era impossível morar em Bevely Hills com o salario que ganhara.
Com a idade que tinha sabia que voltar a morar com seus pais não era certo. Tinha o sonho de crescer na empresa e chegar a assistente editorial. Ela sempre vira Jeff trabalhar e muitas vezes o ajudava com os livros que chegavam com muita frequência. Quando via os olhinhos de Jeff revirar era sinal de que precisava dela e com muito prazer ela conseguia.
Mais tarde, seu celular tocou, mas parecia um torpedo.
“Desculpa não ter aparecido, ocorreram questões de última hora. Richard.”
É claro que Danielle não queria mais ver esse Richard. “Na certa ele pensa que vou perdoá-lo”. Logo, sem mais nada do que pensar, ela voltou para o computador. Entrou no “chat” e logo alguém puxou papo.
- Boa noite Dani? Onde você mora? – Disse o “Médico”
- Boa noite! Sou da Califórnia e você?
- Legal, sou da Carolina do norte, é perto. O que você faz?
- Trabalho em uma editora em Bevely Hills e você?
- Bom... Sou Médico Cardiologista.
- Eu me chamo Danielle. Qual seu nome?
- Sou Brian Daley, muito prazer.
Danielle ficou ali no embalo da conversa e foi para uma sala privada. A conversa estava sendo a mais gostosa possível. Brian tinha 35 anos e já era um médico bem sucedido. Após terminar a faculdade, foi direto trabalhar no hospital do amigo de seu pai. Desde então, se tornou um dos médicos mais respeitados da Carolina do Norte da sua geração. Era solteiro e nunca casou e morava sozinho. “Será que ele nunca casou pela falta de tempo?” Perguntou.
Brian enviou uma foto para Danielle, uma casual e outra com seu jaleco de médico. Ela ficou olhando a sua foto um bom tempo. Moreno de olhos verdes. Sorriso fantástico. Jeito calmo e paciente. Alto e forma esportiva. “Ele é um Deus grego, o que está fazendo sozinho”. Trocaram o número de telefone. Já era 21h00min na Califórnia, deveria ser 00h00min na Carolina do Norte.
No dia seguinte, Danielle acordou e olhando pela janela vislumbrou um dia lindo porvir. Tomou um banho longo e se arrumou para ir trabalhar. Ao chegar à editora, ela percebeu que Jeff não estava lá. Ao ver o diretor Nick saindo de sua sala ela não hesitou em perguntar.
- Oi Sr. Nick, você sabe de Jeff?
- Sim. Ele agora ocupara meu cargo, recebi uma boa proposta em Washington.
- Parabéns, que maravilha, não? Mas... Quem ira ficar no lugar dele?
- Terá uma reunião hoje. Será decidido.
- Então boa sorte senhor e sucesso na sua vida.
- Obrigado. Você é uma boa garota Danielle.
Nick desapareceu na minha frente. “Nossa! Jeff agora seria diretor editorial, bem merecido”. O telefone tocou.
- Editora Mary Clark.
- Oi, gostaria de falar com Jeff, por favor.
- Da parte de quem? – Perguntou.
- É Dora. Ele não está?
- Ele não está no momento senhora, gostaria de deixar recado?
- Oh! Não, ligo mais tarde.
Desligou.
Danielle ficou pensando, essa mulher nunca ligou para cá. O tempo passou e nada de Jeff aparecer. Danielle ligou para a recepção da editora e Natalie disse que ele ainda não havia passado por ali. Estranhou mais uma vez. “Será que aconteceu alguma coisa? Acho que não deve ser nada.”
A hora do almoço chegou e Danielle já estava indo para o restaurante da editora, que ficava no piso térreo. Ali, tinha um restaurante que os funcionários da editora almoçavam e algumas lojas e uma livraria. Dani adorava ir a Livraria pesquisar novos autores. E, verificar se havia mais livros da sua editora.
O celular toca.
- Alô.
- Oi Dani? É Brian.
- Oi. – Disse incrédula. – É você mesmo? – Perguntou.
- Claro que sou. – Risos. – Estou indo para Califórnia dentre dois dias. Gostaria de saber se podemos nos encontrar?
Silencio. “Será que dessa vez vai dar certo?”
- Acho que sim.
- Bom. Quando eu chegar ai... Que vai ser no sábado eu ligo para você.
- Sabe que horas vai chegar?
- Me voo chega de manhã. Lá pelas 09h00min. Vou ficar hospedado no Beverly Wilshire Beverly Hills.
“Uau! Ele é rico! Não vai dar certo.”
- Está bem então. Vemo-nos no sábado.
- Até lá Danielle.
Danielle ainda não tinha sentado para almoçar. Estava incrédula que um médico tão bem sucedido e lindo estava dando mole para ela. “Será que ele viria a negócios? Acho que não viria só para me ver. Não mesmo”. Em vez de ir ao restaurante, parou na lanchonete e pediu um hambúrguer.
Voltando para o escritório ela encontro Jeff arrumando suas coisas.
- Oi Jeff, soube que agora é o diretor Editorial, parabéns!
- Já está sabendo. – Disse, baixando a cabeça.
- O que foi Jeff? Não está feliz? – Perguntou, olhando para ele.
- Nada. Estou sim, Foi Nick que me indicou para o cargo.
- Qual o problema meu amigo? – Ela sabia quando ele estava triste ou feliz.
- Nada demais. – Ele foi saindo e entrou na sala da direção.
“Deve ter alguma coisa a ver com essa Dora. Oh! Até esqueci de contar para ele.”
Danielle sentou-se em sua mesa e ficou pensando em quem iria ocupar a mesa de assistente editorial. Mas, logo sua mente iluminou-se com o dia que Brian chegaria. Tinha que dar o recado para Jeff sobre Dora. Pegou o telefone e digitou o ramal que antes era de Nick.
- Jeff.
- Oi Jeff, uma mulher chamada Dora ligou mais cedo. Não deixou recado e disse que ligaria mais tarde.
- Obrigada Danielle.
- De nada.
Jeff estava estranho.
Sábado havia chegado tão depressa que ela nem notara. Colocou um belo vestido bege tomara que caia e arrumou os cabelos pretos compridos. Danielle era uma mulher atraente. Somente a sua timidez que a deixava sem saber lidar com os homens, embora houvesse sofrido por um ou dois por causa de sua aparência. Era alta e magra, e com curvas comportadas. Tinha um sorriso amigável, mas era um pouco ingênua. Sua pele era branca como a neve. Ela nasceu Nova Iorque e viveu até os seus 20 anos com as geadas de lá.
O celular toca.
- Danielle? Já estou aqui no hotel.
- Nossa! Como você é rápido. – Ela nem se quer viu a hora passar.
- Então, você vem até aqui? – Perguntou.
- Claro.
- Vou fazer reserva no restaurante do hotel para nós dois.
- Ok. Já chego ai.
O hotel ficava perto. Danielle deu mais uma olhada no visual. Checou sua roupa e pegou sua bolsa. Entrou em seu carro e se foi. Ao chegar em frente ao hotel sentiu um arrepio. Suas mãos começaram a ficar escorregadias e se atropelou na hora de chegar perto da porta frontal do hotel.
- Bom dia senhora, posso ajudar? – Perguntou o recepcionista do hotel.
- Estou esperando por Brian Daley, Meu nome é Danielle Miller pode me anunciar, por favor?
- Ah! Claro. – O recepcionista digitou alguns números no telefone. – Sr. Daley?... Ah! Sim... Sua convidada Danielle está aqui... Claro... Sim senhor. – Desligou o telefone. – Pode aguardar senhora, ele já está descendo.
Minutos depois Brian estava descendo as escadas do hotel olhando atentamente se encontrava Danielle. Ele também estava nervoso, por essa seria a primeira vez se encontraria com alguém conhecendo somente pela internet. Ele visualizou a entrada e viu que não tinha ninguém perto da recepção.
- Oi meu amigo, onde está Danielle? – Perguntou ao recepcionista.
- Está bem ali senhor. – Ele indicou com a cabeça na direção de uma mulher sentada no hall de entrada do hotel distraída.
Brian a olhou e ficou parado onde estava. Aproximou-se de Danielle e sentou ao lado dela um pouco mais distante. Ficou ali um pouco tentando sentir o que ela estava sentindo. Sentiu seu cheiro e logo veio um frescor doce de banho recém-tomado. Ela ainda não o tinha visto. Então, Brian levantou-se.
- Danielle? – Disse Brian, com a cabeça erguida para ela.
Ela ergueu os olhos viu aquele homem deslumbrante na sua frente. Sem ter o que falar ela levantou-se e sorriu delicadamente para ele.
- Olá, tudo bem? – Ela disse.
Danielle estava sem jeito. Brian estava tão lindo que ela não acreditava. Ele vestia um jeans e uma camisa verde de gola Apolo. Estava lindo e perfeito. Parecia ser mais simples do que ela imaginava.
- Você está bem? – Perguntou Brian.
- Estou. Só bastante surpresa.
- Com o que? – Perguntou erguendo as sobrancelhas.
- É que você estava sentado ao meu lado e eu nem o percebi. – Ela sorriu.
Ficaram ali conversando.
- Quer conhecer meu quarto? – Perguntou.
“Alerta! Alerta!”
- Acho que estamos bem aqui. Porque não damos uma volta pela rua, o dia está lindo lá fora e então você me conta mais sobre você.
Brian não havia gostado muito da sugestão. Mas, estava disposto a conhecer a fundo Danielle e fazer ela se interessar por ele.
- Então, você tem família?
- Tenho sim, meus pais moram na Carolina do Norte e tenho mais dois irmãos. John que é o mais velho é advogado e...
Brian ficou falando das carreiras brilhantes de seus irmãos e Danielle começou a sentir que nada daquilo era o que ela gostaria de escutar. Mas, com educação ela escutou e falou um pouco de seus pais e da sua família. Já estava sentindo uma ponta de desapontamento devido à ter ido se encontrar com Brian e ter jurado que não conheceria mais ninguém pela internet.
Depois do almoço, Brian ainda insistia em levar Danielle para o quarto. Se soubesse que era tão insistente nem se encontraria com ele. Ela aceitou, só para não deixar aquela situação mais desconfortável.
- Entre. Achei lindo este lugar e queria compartilhar com você.
“Legal” pensou ela. “Só falta agora querer que eu deite na cama”
Brian se aproximou de Danielle e pegou em seu queixo.
- Você é linda! – Disse, com voz serena. – Linda demais.
- Obrigada.
Danielle encantada com a voz de Brian e seu cheiro masculino gostoso se deixou ir pelo encanto dele. Brian a enlaçou e começou a beijá-la. Danielle correspondeu ao beijo dele, até que estava gostando. Brian então, se afastou.
- Estou passando dos limites? – Perguntou.
- Se tivesse eu falaria.
Sorriu.
Danielle entrou em sua casa toda animada. “Realmente Brian não passou dos limites, somente beijos” Encantada com sua atração pelo médico achou que finalmente poderia se apaixonar.
Segunda-feira e ela queria contar para Jeff sobre seu final de semana maravilhoso. Mas, ao chegar lá, Ele havia a informado, todo sério, que estaria em reunião para discutir sobre quem ficaria no lugar dele. Possíveis contratações.
- Está bem Jeff. – Disse desanimada.
Danielle ficou ali. O telefone não parava de tocar e ela sempre respondia com “No momento estão todos em reunião...”. Ela olhou para o celular e viu uma mensagem. Ao ver o nome de quem a mandou, uma luz nos seus olhos se abriu. “Oi minha Dani, como vai? Não consigo esquecer você, gostaria de te ver de novo se pudesse. Brian”. Ela arqueou um largo sorriso e parecia estar no mundo da lua.
- Danielle? – Alguém a chamou. Ela olhou para ver quem era. – Bill?
- Jeff está a chamando na sala dele. Eu fico no seu lugar. – Ela assentiu.
Bill é da parte das revisões. Homem simpático e ativo.
- Obrigada Bill.
Danielle sorriu e logo, foi em direção à sala de Jeff. Ela sentiu que ele estava estranho, mas ia respeitar. Já que ele a estava tratando com indiferença.
- Oi Jeff? Chamou-me? – Perguntou.
- Sim, sente-se.
Ela se sentou. Nunca havia sentido aquilo que estava corroendo em suas veias. Via agora Jeff de outro jeito. Ele não estava brincando como das outras vezes que fazia quando estavam juntos. Estava sério e talvez agoniado para falar alguma coisa, ou escondendo alguma coisa.
- Então, o que gostaria?
- Tomamos uma decisão em relação ao cargo de assistente editorial.
- Claro. – Ela disse. “É claro que eu tenho que saber, sou sua secretária agora.”
- E será uma pessoa aqui da empresa e já foi tomada a decisão.
- A é? E quem é? – Perguntou sem realmente querer saber a resposta.
- Você.
Ela nem tinha escutado direito, ou talvez não tivesse acreditado que ele tinha proferido aquelas palavras.
- O que? Eu... Mas...
- Você é perfeita para este cargo Dani. Sempre esteve ao meu lado quando precisei e sempre teve bons olhos para os livros que iam fazer sucesso no mercado. Então, você aceita?
- Nossa, mas é claro que sim! – Ela disse com os olhos brilhando. – Obrigada Jeff, nunca vou esquecer-me disso. – Ela o abraçou.
Meses depois, Danielle já estava acostumada com seu novo cargo na editora. Mas, quando falava de Brian para Jeff ele se esquivava dela e trocava de assunto. Brian continuou indo visitar Danielle e estavam firme juntos. Brian tinha planos de pedir Danielle em casamento. Jeff estava cada mais perto de Danielle profissionalmente do que amigos. Todos na editora estavam notando isso, mas com o passar do tempo ninguém mais reparou.
- Oi. – Disse Jeff. – Como estão as coisas?
- Ótimo Jeff, muito obrigada por perguntar.
Jeff as vezes parecia que queria falar algo para Danielle mas lhe faltava a coragem. No próximo final de semana Brian chegaria e pediu para conhecer a editora que Danielle trabalhava.
- Oi, gostaria de falar com Danielle. – Disse Brian na recepção.
A recepcionista lhe informou o caminho.
Brian estava agora na frente da editora. Abriu a porta e constatou uma secretária.
- Olá, gostaria de ver Danielle, pode chama-la por favor?
- Claro.
No momento em que Brian estava esperando por Danielle e a secretária estava ao telefone falando com ela, Jeff saiu de sua sala e escutou a conversa.
- Pode sentar Senhor Brian, ela já está vindo.
- Obrigada.
Jeff o olhou. Fez uma carranca e saiu porta afora. Ele sabia quem era Brian e sentiu agonia em seu coração.
Após o almoço de Danielle e Brian ele retirou algo do bolso.
- Dani, tenho algo para você.
- O que Brian?
Ele pegou a caixinha vermelha de veludo e lhe entregou. Danielle abriu e viu ser um anel de brilhantes. Abriu a boca sem saber o que falar.
- É maravilhoso querido. Obrigada.
- Quer casar comigo?
Danielle novamente abriu a boca. Os dois estavam sentados no restaurante no prédio da editora. Nesse momento Passa Jeff novamente e vê Danielle falando alguma coisa para Brian que o fez dá-lhe um beijo e Danielle olhou mais uma vez para seu anel. Foi ai que Jeff percebeu a felicidade.
Ao chegar a editora, Danielle estava radiante com seu anel de noivado. Mal podia esperar para falar com seus pais sobre a novidade.
- Mãe? Tenho uma novidade.
Ela continuou eufórica ao telefone e sua porta estava entre aberta. Jeff estava para entrar em sua sala quando começou a ouvir a conversa.
- É verdade mãe, eu vou casar. Brian é o cara mais bacana que já conheci... É, estou apaixonada por ele... Sim... Sim... Ah! Não... Jeff era só um amigo... Agora parece que não é mais... Não sei... A data? Ainda não marcamos... Pode deixar mãe, avisa para o pai, ok? Beijos.
Desligou.
Jeff era apaixonado por Danielle desde quando a conheceu. Essa notícia era como uma bomba em seu coração. Desde que descobriu do envolvimento de Danielle com Brian ele resolveu se afastar. Danielle nunca soube desse amor e sempre que Jeff tentava falar para ela não dava certo. Sua falta de coragem o deixava fraco.
No dia seguinte, uma sexta-feira Danielle foi falar diretamente com Jeff para pedir uma licença para ir viajar. Fora convidada por Brian para conhecer sua família.
- Claro. Pode sim, dou conta daqui. – Disse.
- Jeff, eu tenho notado que você se distanciou de mim. Espero que eu não tenha feito nada que o magoasse.
Ela se aproximou.
- Não. Fique tranquila. Tenha uma boa viajem.
Três dias depois da viajem Danielle estava exausta. Adorou conhecer os pais de Brian, mas por alguma razão estava pensando em Jeff. Queria saber o motivo de ter acontecido o distanciamento.
Deixou as malas em cima da cama. Era segunda-feira de manhã. Tomou um banho e colocou uma roupa social para o trabalho. Ela estava disposta a saber o que Jeff tinha, antes de casar.
Ao chegar ao trabalho, Jeff estava falando alguma coisa para a secretária dele e logo entrou na sua sala. Danielle viu que ele nem falou com ela e sua fúria logo se deu conta de que queria falar com ele a qualquer custo. Mas, trabalharia normal e logo falaria com ele.
Já em casa, tomou um banho quente e demorado. Secou os cabelos, passou seu perfume e colocou um vestido porque fazia um calorzinho. Pegou a bolsa e saiu. Entrou no seu carro e foi em direção a rua Santa Mônica Boulevard, era onde Jeff morava. Mas, antes de virar a esquina ela ligou para saber se ele estava em casa.
- Alô?
Desligou.
Jeff estava em casa. Danielle parou o carro ao lado do prédio onde ele morava e foi até lá tirar satisfações. Ao chegar ao apartamento dele, respirou fundo e bateu na porta. Seu coração estava acelerado e não sabia o porque. Quando Jeff abriu não acreditou que fosse Danielle. Seria a última pessoa que esperaria em sua casa.
- Dani? O que está fazendo aqui?
- Está sozinho?
- Estou, mas...
- Jeff. Somos amigos há muitos anos e só agora você se afastou de mim se eu souber o por quê? O que eu fiz para você, em? – Ela disse chorosa.
- Calma. – Ele fechou a porta e segurou seus braços em um acalento ao seu nervosismo. – Eu não me afastei de você.
- Como não? Eu falei que conheci um cara bem legal que me pediu em casamento e você nem para dizer “Parabéns”. Porque mudou comigo? Jeff, se me dizer, prometo que vou embora.
- Não, não...
- Não o que?
- Ok. Vou falar a verdade e espero que não me arrependa.
- Demorou.
- Certo. – Ele pediu que ela se sentasse no sofá. – Há muito tempo eu gosto de você. – Ela se espantou. – Dani, esse tipo de gostar não é como você imagina, tipo amizade sabe? Eu descobri que...
- Que o que Jeff. – Ela quase suplicava para querer ouvir o que ele tinha a dizer.
- Eu amo você.
“Por isso ele se afastou de mim quando comecei a me envolver com Brian. Oh meus Deus” Danielle colocou a mãe na boca e começou a lembrar de todos os momentos que passou com Jeff. Todas as vezes que saíram para jantar e as flores que ele olhe dava. Claro! Nenhum amigo é tão amigo assim! Ele foi maravilhoso. Todas as vezes que tiveram saídas e viajaram juntos e preferiam o mesmo quarto. Eram como irmãos o que na verdade Jeff sentia que isso não era o que ela pensava. Ele a amava e sempre a respeitou.
- Eu te amo desde que te vi entrar naquela editora.
- Porque nunca falou? – Ela perguntou.
- Achei que se assustaria e pedisse demissão por minha causa e..
- Jeff. Eu achei que você gostava de mim, mas com o passar do tempo, vendo que você nunca manifestou nada, achei que só me visse como amiga e..
- Quer dizer que pensou nisso? – Estava agora esperançoso.
- Sim.
Depois do seu sim, Danielle ficou com vergonha e sem jeito. Ela também era apaixonada por Jeff e não sabia. Sua vontade agora era ser beijada por ele. Acreditando que Jeff não a queria como mulher e devido seus relacionamentos passados sem sucesso, ela tinha certeza que nunca rolaria nada entre eles.
Jeff se aproximou dela. Ele estava com a camisa desabotoada, parecia estar pronto para ir para cama. Estava de shorts e descalço e seus cabelos bagunçados o deixando mais lindo e inocente possível. Pegou no queixo de Danielle e se aproximou mais dela. Dani sentiu seu cheiro e soube que Jeff era realmente seu amor. Nunca sentiu tanta vontade de se entregar a uma pessoa assim.
Com Brian, a tentativa de ir para os finalmentes foi depois de três semanas de relacionamento. Mas, ela não pensava em Brian, só queria Jeff agora.
- Eu também te amo Jeff.
Os dois se entregaram a paixão e se amaram mais que tudo.
Mais tarde, Jeff estava com um brilho nos olhos que qualquer um dizia estar apaixonado. Ela olhava para Danielle e não acreditava que ela estava ali com ele.
- O que você vai fazer agora?
- Em relação a Brian? Ah! Vou terminar com ele.
- Tem certeza?
- Tenho. A gente não combinava mesmo. Não existe humildade na família dele e nem nele. Eu seria infeliz.
- Quer casar comigo?
- O que?
Eles riram juntos.
- Estou falando sério Dani, quero casar com você. Há muito tempo que quero isso, por isso não me envolvi com ninguém, porque sabia que uma hora eu ia ter você.
- Esta mesmo falando sério?
- Estou. E então, quer se casar comigo?
- Claro.
Semanas depois, após Danielle terminar com o cardiologista, que não entendeu nada, mas resolveu aceitar, Danielle e Jeff haviam marcado a data do casamento. Mais que tudo nessa vida ela estava amando. E também sendo amada. Pela pessoa que não imaginava e que estava a sua frente o tempo todo. Em breve, ela ligaria para sua mãe e informaria.
- Mãe? Marquei a data do casamento... Oh! Só que será com Jeff... É, mãe, com Brian não deu certo... Mas Jeff disse que me ama desde que conheceu... É eu o amo também... Ah! Sim, ele é maravilhoso...
...FIM...