Suave veneno
Meus pensamentos estão confusos. Meu olhar perdido procurando enxergar algo que não consigo ver. Meu coração indeciso entre o que eu amo e o que não me ama. Meus pés parecem não tocar o chão. A chuva começa a cair. É uma tempestade de sentimentos que penetra em minha pele e tocam minha alma. Lágrimas brotam de meus olhos e rolam pelo meu rosto. Começo a me sentir fraco, sem rumo. Ouço as batidas de meu coração e isso me faz sentir a cabeça doer. Estou mais fraco. Agora minhas costas doem e sinto um ligeiro desanimo. Quero deitar, mas não quero dormir. Caio no chão sem muitas forças, mas consciente. A tempestade diminui. Dá pra sentir qual é o sentimento mais forte. Chama – se solidão, ela me faz sentir leve, mas uma leveza estranha, como se não houvesse mais nada dentro de mim. Onde está tudo que eu esperava? Tudo que eu queria. Tudo que eu tanto amava. Tento me reerguer, mas não consigo. Meus olhos ardem, minha boca está seca e minhas mãos tremem. Sinto como se meu estômago estivesse vazio. Tenho fome, uma vontade diferente, preciso sentir que alguém realmente sinta algo especial por mim, me ame. É uma necessidade vital. O meu desânimo aumenta e meu estômago agora começa a revirar, como se houvesse um nó lá dentro. Olho para o chão e só vejo cápsulas de uma dor profunda. Arrependimento. Quero fugir, mas não dá mais tempo. Tenho medo. Alguém por favor, me de um abraço! Meus olhos querem se fechar. Eu luto. Meu coração perde ritmo. Meu ar se perdendo, e eu a o procurar. O que era para me fazer bem se transformou em um veneno. Estou partindo. Morrendo! E a única coisa que quero dizer é que te amo. Adeus! Meu suave veneno.