A PROCURA -12

O homem seguia pela estrada poeirenta, ás vezes a tropeçar, o sol em suas costas ardia, sua cabeça fervia, seu corpo doía, já quase a delirar.

O caninho era sem fim, aonde ia e quando chegaria, ele não sabia, mas uma certeza o movia, precisava caminhar.

Ele queria chegar a tempo, e mesmo quase morrendo seguia, não podia falhar, se parasse agora, seria o fim de seu tormento, mas ele ia, tinha que continuar.

E assim o homem tremendo, quase desfalecendo, sem forças ia, a andar, já caminhava a dias, comia quando podia, suas roupas em frangalhos, com olhar de fera ferida, que luta pela vida, sem uma lágrima derramar.

Seu coração doía, mas ele sabia o porquê do caminhar, e assim seguia em frente, e apesar do sol ardente, não podia parar.

Quando a noite caía e o sol se escondia, seu corpo exigia, precisava descansar, respirava fundo, procurava um canto, e apesar do medo, deitava e dormia, porque no outro dia, tinha que recomeçar.

Já caminhava a tanto tempo, sem família e sem alento, o único carinho era do vento, antes de chover, porque logo depois o açoitava, sua pele rasgava, o sangue a escorrer, e ele ali, só, desamparado, sem ninguém para o socorrer.

E foi assim neste momento, já quase inconsciente, que dele no caminho, um velho se aproximou, colocou a mão em seu ombro ferido dizendo, “filho querido, estou contigo, sempre te acompanhei, velei teu sono, te amparei quando caíste, te alimentei, matei tua sede, mas não impedi teu caminhar.”

Sei que só procuras a ti mesmo, aceita a mão que te estendem, pare de sofrer, não estás só no mundo, há muita gente a tua volta, precisas compreender, se não parares agora, nas estradas da vida te perderás, aí meu filho, nunca mais te encontrarás.

AMIGO RECANTISTA, SE LERES ME DEIXA UM RECADO.

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Lani (Zilani Celia)
Enviado por Lani (Zilani Celia) em 15/09/2011
Reeditado em 21/05/2015
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