CRISE CONJUNGAL

ROBERTA no quarto olhava pro teto,deitada na cama esperava

ALBERTO.

ELES estão há 10 anos casados,um casamento meio forçado pela

família de ROBERTA,ela grávida ficou,há 9 anos atrás fruto de um anticonsepcional de farinha que ela comprou.

NÃO sei se vocês estão lembrados deste caso,foi noticiado em ambito nacional

anticoncepcionais de farinha foram colocados em circulação nas farmácias brasileiras.

ASSIM esse rebento que veio ao mundo sem ser planejado,adiantou o processo de envolvimento do casal, levando-os precocemente ao altar.

ALBERTO entra no quarto,parecendo nem notar a presença de sua esposa.

ELE se deita na cama,ela agora sentada pede a palavra:

-ALBERTO,temos que conversar!Ele começa á resmungar:

-HUMMM,o que foi mulher,porque não falou no jantar?

-PRO nosso filho não escutar.

-DIGA ROBERTA,o que te afeta...

(ele demonstra uma certa ironia,e pensa do que ela irá se queixar,será, por ele ter ido jogar bola no domingo com os amigos e não almoçar com a familia nos dia dos pais?)

ROBERTA começa a ficar irritada mas continua falando de forma segura.

-DÁ pra você virar essa bunda pra lá,e me olhar,quero conversar com você sem ter que ver suas nádegas!

CONTRARIADO ,ele obedece.

-OK,ROBERTA,ok sou todo ouvidos e olhares pra você.

ELA respira fundo,imaginando que tal diálogo será complicado,poís o enlace sagrado de ambos está por um fio.

-ALBERTO, é nossa relação,nosso casamento tá um tormento,tá um tédio...

Mas antes que ROBERTA,discorra com o tema,ALBERTO do alto de sua sensibilidade machista teoriza e o problema simplifica.

-ROBERTA,querida não sei do que você reclama,pois mesmo depois de mais de 10 anos dividindo contigo a mesma cama,meu pau ainda levanta...

E ALBERTO ainda termina sua réplica com uma risada sacana.

ROBERTA se segurou não acreditou no que escutou,seu coração acelerou,e no pescoço do marido quase vôou.

E com o dedo em riste ela gritou:

-SEU F.D.P !.

(ela lembrou do seu filho,baixou a voz ele não merecia escutar aquilo).

-ENTÃO pra você nossa relação está baseada,no seu pau duro e em uma ereção?

POIS fique sabendo Ó GRANDE GARANHÃO,que depois que inventaram o viagra,até seu avô,pode ficar de pau duro....

(ROBERTA era um caminhão sem freio numa banguela). E ela continuou a falar.

-É queres saber a verdade,inúmeras vezes fingia ter prazer com você,até sono no ato sexual cheguei a ter.

-VOCÊ ,nunca reparou ó GRANDE FUDEDOR,que eu gemia igualzinha aquelas artista de filme pornô,que você adora ver?

ALBERTO,ficou calado ,fingia,não ligar por tudo aquilo que acabara de escutar,mas seu orgulho estava ferido demais.

ROBERTA ficou ainda mas enfurecida com o silêncio que ele estabelecia

ela queria debater a relação e não ser protagonista de um mónologo que beirava á esteria.

MAS ela usou de toda crueldade que tem uma mulher ferida.

com a voz de uma atendente de tele sexo ela rasgou o verbo:

-VEM ALBERTO ligue sua máquina de sexo,aperte o botão que sua ROBERTA abre as pernas e fica com tesão,endureça essa enorme caceta,enfie nas minhas entranhas,dê umas bombadas enche-me de esperma ,goze,vire de lado,e como você sempre faz, dorme!

NÃO precisa nem dar um abraço,ou,dizer um muito obrigado,e depois de 10 anos casados falar um "EU TE AMO", é um enorme pecado.

ROBERTA deu um salto da cama,abriu a janela,viu a noite bela,estrelas brilhantes a lua minguante,na esquina um casal de mãos dadas passeandO na madrugada.

ROBERTA estava com a face molhada ela copiosamente chorava.

Ela só queria resgatar a paixão,não era como outras mulheres que infelizes já iam pros braços da traição.

ALBERTO reconheceu que errou,foi estúpido demais,pensou em pedir perdão,mas desistiu ,ele sabia que á muito só fazia sexo quase que mecanicamente,o amor que sentia por ROBERTA depois do casamento virou obrigação,era pagar contas,criação do filho,o encanto foi se perdendo.

ELA estava certa,correta,a vida era um só tormento,amigos na casa, estranhos na cama,sem segredos pra mostrar pra quem diz que ama.

ALBERTO saiu do quarto foi pra cozinha,bebeu um café,requentado e amargo,era o mesmo sabor do sexo sem amor.

LEMBRAVA do passado com ROBERTA,e o ego masculino também sucumbiu

ALBERTO começou a chorar, e uma década se passou,no quarto e na cozinha,

Choro e tristeza,e uma decisão por ambos terá que ser tomada.

DE novo encontrar a paixão ou pedir a separação.

Quem sabe no próximo conto eu revelo o desfecho final desse casal.

ALBERTO E ROBERTA. NA CRISE CONJUGAL