O AMOR À DERIVA NO MUNDO DAS DROGAS

<CONTO REAL> - SEM DESCRIÇÃO DE PERSONAGENS...E A SEQUÊNCIA SERÁ SEGUIDA...

Estávamos sentados numa lanchonete na praça que frequentávamos todos os dias. Seria mais um simples encontro casual depois do trabalho e da faculdade. Após lancharmos chegou um amigo em comum e lançou o papo de drogas. Ele falava em cocaína. Dizia que havia acabado de “dar uns tiros” e insistia em falar sobre isso. Tão logo tentei cortar o assunto e fui congestionado por aquele que eu dedicava toda a minha atenção e meu amor. A partir daí eu comecei a chamá-lo para irmos embora pro local onde eu morava que era um apartamento no centro da cidade que eu dividia com um amigo, mas no naquele dia ele viajara para sua cidade e nós estávamos sozinho. Eu já era costumeiro, mas ele estava passando uns dias comigo para resolver problemas com sua família. Irredutível, ele insistia para ficar ali e sair com o amigo que havia se aproximado para dali sair para consumir a droga. Paguei a conta do lanche e fui caminhando mesmo contra a vontade dele. Enfim cheguei em casa. Quando adentro a casa o telefone toca. Era ele pedindo dinheiro para sair. Eu primeiramente disse-lhe que não tinha, porém a insistência dele fez-me dar parte de uma grana para ter paz naquele momento e dei-lhe também a chave do apartamento. Eles saíram e eu subi para dormir. De nada adiantou porque eu não conseguia dormir pensando nas loucuras dele. Só em pensar que ele poderia está em busca de droga correndo riscos eu consumia meu fôlego. Fumava um cigarro atrás do outro. Tudo acontecia por volta das 11:00 horas da noite e fiquei centrado nele com o penando voando em busca de sentir um bem-estar. Mas não conseguia...passaram-se umas quatro horas e ouvi o portão se abrindo em seguida o sinal foi na porta do apartamento. Era ele. Entorpecido e ainda trazia mais drogas para usar em casa. Acendi a luz e fui tentar impedi-lo, no entanto ele me repeliu de forma tosca. Calei-me e fiquei observando suas ações ensandecidas, pois ele já estava entorpecido o bastante e incapaz de me ouvir. Deitei-me no colchão posto no chão e ele começou usar cocaína loucamente. Incomodado com a luz pedi para ele ir para o banheiro e fechar a porta. Ele foi rude e tentou me agredir, todavia eu, como estava sóbrio, revidei à altura e pedi para ele me deixar sossegado onde eu estava, ali no colchão tentando dormir.

Na janela o sol anunciava outro dia. Eram 6h da manhã e ele ainda estava se entorpecendo. Levantei-me, mesmo sem ter dormido, e fui em busca da lanchonete próxima ao prédio comprar o café da manhã. Ele nem se incomodou com minha movimentação no quarto e despercebido continuava a “detonar” a cocaína. Ao descer, e antes de ir à lanchonete, sentei-me por uns minutos na praça. Bateu-me uma frustração tremenda e despenquei-me no choro. Desolado eu permanecia por uns quarenta minutos a observar o mundo acordando e eu ainda dormindo numa ilusão de amor. Era doloroso saber e ver tudo aquilo. No entanto, o meu amor era mais forte de modo que não permitia eu enxergar todas as atitudes e eu continuava a apenas ver. Desisti até de ir comprar o café e retornei ao apartamento com uma pressa desmedida. Queria mesmo era falar com ele e pedir para ele deixar-me em paz e sair da minha vida de uma só vez. Quando entrei, ele estava saindo do banheiro, havia tomado banho e estava me esperando. O meu deitou-se no colchão e chamou-me para deitar com ele. Eu ainda meio choroso, disse que estava cansado e não estava a fim de iniciar sexo com ele. Sua insistência me fazia enlouquecer e suas insinuações me faziam delirar. Não fiz resistência e deitei-me. Em abraços fui consumido. Beijos, carícias na pele e sexo louco prazer animal envolvido no amor incondicional que eu havia prometido há quase dois anos. Após a transa ele vai ao banheiro, eu logo em seguida, deita-se dizendo que daquela vez era pra dormir. Na volta do banheiro ele me chama para dormir com ele e eu fui. Ali deitados com a pele aquecida tentamos dormir. Eu estava mais propenso a dormir, mas ele não, a cocaína tinha tirado seu sono como acontece com quem a consome. Ele se remexia, irrequieto na cama não sossegava atordoado pelo entorpecente. Depois de um tempo ele consegue dormir e quieto permanece no colchão. De ponta de pé levante-me e segui para a rede. Dormi...ao acordar, por volta das 3 horas da tarde, ele ainda dormia...fiquei olhando para ele e tentando decidir minha vida. Eu decidia ali se ia insistir ou abrir mão daquele amor. Era tão forte que não havia espaço para pensar em mim além do mais, eu não pensava em mais nada.

Tudo parecia perfeito. Nós dois debaixo do mesmo teto, dividindo sentimentos, situações, mais parecia um relacionamento normal. Mas na verdade, não era.