Orfeu no inferno
ORFEU NO INFERNO
Reinava uma paz solene na pequena vila de camponeses.O dia estava nascendo,tímido,lento,e os primeiros raios dourados tentavam iluminar,afastando as trevas da noite que findava.
Pouco a pouco,as portinhas iam abrindo e os aldeões com seus trajes multicoloridos iam se reunindo no centro da pequena vila.O povoado ficava próximo a soturna floresta negra,onde,ninguém ousava penetrar quando do entardecer...
A colheita de uvas rosadas atingira ao ápice e carecia ser comemorada!
Os camponeses de origem cigana eram famosos pelas danças e os solos de violino,tendo em Sarasarte seu principal exemplo.
Com a pracinha repleta,algumas damas,com seus vestidos rodados,iniciaram uma espécie de rito de sedução,no que os varões,prontamente,se ofereciam para a dança da colheita.A musica era cadenciada ,dolente,onde os cavalheiros se esmeravam em reverencias...
Derramando amor poético,platônico,o jovem Orfeu tomava pelas mãos sua amada Euridice que levava um raminho de madresilva ofertada pelo
Incorrigível poeta.Ouvia-se uma espécie de berceuse,um canto de ninar suave,executado pelo mais velho camponês com seu violino tosco,porem de notas que provinham do Eterno...
Subito,num rodopio vertiginoso,saído das profundezas da floresta negra,Mefisto,empunhando um luzidio violino adentra e executa u’a musica inebriante,pagã .Todos param estupefatos ante a proeza daquele dançarino violinista que em dança louca,cada vez mais delirante,deixa as donzelas tontas,ébrias de admiração.Mefisto,sem avisar,pega pela mãos de Eurídice e enceta uma dança diabólica,sensual e,pouco a pouco se afasta ,indo ao encontro dos limites do povoado.Orfeu,pobre,assustado,vê sua eleita ser raptada para o interior da floresta negra!
Ah!Que o pobre,em profundo lamento dança e chora a “Dança dos espíritos abençoados”,numa prece dorida para ter Euridice de volta a seus braços.A melodia ecoa por toda a floresta negra e como poderoso narcótico,adormece o maldito violinista que tomba,deixando cair seu instrumento musical.Euridice,dorme!
Mais que depressa,Orfeu ,em arrebatada coragem invade a floresta tenebrosa,e,logo,se depara com a amada adormecida sobre a grama verde,ladeada pelos jacintos azuis silvestres.
Orfeu carregando sua querida tenta fugir,mas todas as portas se fecham e o casal é condenado,por tanto amar a viver,eternamente,na floresta negra!...
ORFEU NO INFERNO
Reinava uma paz solene na pequena vila de camponeses.O dia estava nascendo,tímido,lento,e os primeiros raios dourados tentavam iluminar,afastando as trevas da noite que findava.
Pouco a pouco,as portinhas iam abrindo e os aldeões com seus trajes multicoloridos iam se reunindo no centro da pequena vila.O povoado ficava próximo a soturna floresta negra,onde,ninguém ousava penetrar quando do entardecer...
A colheita de uvas rosadas atingira ao ápice e carecia ser comemorada!
Os camponeses de origem cigana eram famosos pelas danças e os solos de violino,tendo em Sarasarte seu principal exemplo.
Com a pracinha repleta,algumas damas,com seus vestidos rodados,iniciaram uma espécie de rito de sedução,no que os varões,prontamente,se ofereciam para a dança da colheita.A musica era cadenciada ,dolente,onde os cavalheiros se esmeravam em reverencias...
Derramando amor poético,platônico,o jovem Orfeu tomava pelas mãos sua amada Euridice que levava um raminho de madresilva ofertada pelo
Incorrigível poeta.Ouvia-se uma espécie de berceuse,um canto de ninar suave,executado pelo mais velho camponês com seu violino tosco,porem de notas que provinham do Eterno...
Subito,num rodopio vertiginoso,saído das profundezas da floresta negra,Mefisto,empunhando um luzidio violino adentra e executa u’a musica inebriante,pagã .Todos param estupefatos ante a proeza daquele dançarino violinista que em dança louca,cada vez mais delirante,deixa as donzelas tontas,ébrias de admiração.Mefisto,sem avisar,pega pela mãos de Eurídice e enceta uma dança diabólica,sensual e,pouco a pouco se afasta ,indo ao encontro dos limites do povoado.Orfeu,pobre,assustado,vê sua eleita ser raptada para o interior da floresta negra!
Ah!Que o pobre,em profundo lamento dança e chora a “Dança dos espíritos abençoados”,numa prece dorida para ter Euridice de volta a seus braços.A melodia ecoa por toda a floresta negra e como poderoso narcótico,adormece o maldito violinista que tomba,deixando cair seu instrumento musical.Euridice,dorme!
Mais que depressa,Orfeu ,em arrebatada coragem invade a floresta tenebrosa,e,logo,se depara com a amada adormecida sobre a grama verde,ladeada pelos jacintos azuis silvestres.
Orfeu carregando sua querida tenta fugir,mas todas as portas se fecham e o casal é condenado,por tanto amar a viver,eternamente,na floresta negra!...