Quando o amor é maior que tudo

“Até quando irei conseguir ocultar a ânsia que tenho dos teus beijos? A ânsia que tenho de sentir o calor do teu abraço? Até quando vou fingir que tudo que está acontecendo não passa de uma simples paixão, e que daqui a tempos, tudo isso vai acabar? Até quando meu coração vai bater forte quando eu sentir tua presença? Até quando vou conseguir sobreviver sem você? Até quando?????” 15/7/8

Pedro e Arthur. Ambos 17 anos. Estudam no mesmo colégio, mesma sala. Tem amigos em comum, gostam das mesmas coisas, porem, apenas um sabe que gosta do outro. Pedro. Assim, imaginava ele.

(...)

Pedro vivia de seu amor por Arthur, desde a 4° série. Apaixonado, romântico, calado. Por ser uma paixão diferente, sempre teve medo de se declarar ao amado. Teve medo também, de seu amor não ser correspondido. Resolveu então, ir levando, ocultando, até o dia que realmente tomasse coragem, e falar tudo que sentira pelo outro durante 6 anos.

Arthur era um bom menino. Tímido, inteligente, quieto. Tinha poucos amigos. Não se dava muito bem com meninos e odiava futebol. Considerava-se gay desde os 10 anos. Era apaixonado pelo menino mais bonito da escola, e colega de classe, Pedro. Mas nunca demonstrou sua paixão por ele.

(...)

Quinze de Abril de dois mil e dez.

Fim de aula. Todos os amigos se despedem. Arthur está de saída, quando derrepente Pedro o chama.

- Oi Pedro, você está precisando de alguma ajuda?

- Preciso ter uma conversa séria contigo.

- Séria? Comigo? Não estou te entendendo. Mal nos falamos... Fiz alguma coisa de errado? – Uma onda de nervosismo sobe em Arthur.

- Sente-se. Não tenha medo, não vou te machucar. Isso é o que menos quero fazer contigo. Machucar...

Silêncio.

- Isso não vem ao caso, meu assunto à tratar é outro.

- Ah, então... O que você quer falar comigo?

- Não sei ao certo como me expressar. Também não sei como devo começar falando. E sei menos ainda, onde eu estou arrumando tanta coragem para conseguir olhar nos teus olhos, e balbuciar todas essas palavras seguintes que irão sair de minha boca.

Silêncio novamente.

(...)

Passa um tempo, e retorna a falar.

- Sabe... Desde quando te vi à primeira vez, desde quando falei contigo pela primeira vez, que seu eu meche comigo. Não de forma negativa, claro que não. Algo diferente... Mágico. Algo que eu nunca havia sentido antes... Há seis anos que todos os dias, uma coisa queima dentro de mim, por você. É paixão, é amor... E até hoje, ocultei tudo o que sentia, mas cheguei ao meu limite.

- Eu n...

- Eu já sei o que você vai falar Arthur. Sei que você gosta de garotas e também sei que à partir de hoje, o pequeno laço que tínhamos de amizade, irá acabar por aqui.

Um brilho ascende nos olhos de Arthur.

- Eu sem...

- Não precisa falar nada... Te peço desculpas. Sou um tolo um imbec...

Um beijo acontece.

Após o beijo, é possível sentir dois corações batendo forte. É possível sentir o prazer de satisfação, de sonho realizado. É possível ver alegria. Também é possível ver coragem, de ambos, sabendo de tudo que pode acontecer de ruim para os dois.

(...)

Mas o amor que um sente pelo outro, é maior que tudo.

Iago Marinho
Enviado por Iago Marinho em 01/08/2011
Reeditado em 22/09/2011
Código do texto: T3132903
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