NÃO HÁ COMO ARRISCAR UMA VOLTA
NÃO HÁ COMO ARRISCAR UMA VOLTA
Na expressão pálida do seu rosto
Sinto o dissabor, seu maior desgosto
No brilho ofuscado do seu olhar
Vejo uma lágrima ácida sua pele queimar
E você aqui angustiada veio me procurar
O que posso eu fazer para lhe ajudar?
Sinto que você ainda tem algo a me dizer
Mas vejo seu pedido de perdão como desespero
Não sei se devo aceitá-lo, isso me traz certo medo
Na vida as coisas não são como se quer
E sim como elas tem que ser
Será que ainda existe paixão e verdade em nosso querer?
Não há como arriscar uma volta sem antes curar a revolta
As mágoas causadas por palavras e ações destrutivas
A dor alimentada pelo ódio que formou várias feridas
E se eu lhe der nova chance e me arrepender?
E se dessa vez eu que a fizer sofrer?
Não imagino volta, desculpa minha covardia
Não desejo seu mal, apenas se afaste da minha presença