NÃO HÁ COMO ARRISCAR UMA VOLTA

NÃO HÁ COMO ARRISCAR UMA VOLTA

Na expressão pálida do seu rosto

Sinto o dissabor, seu maior desgosto

No brilho ofuscado do seu olhar

Vejo uma lágrima ácida sua pele queimar

E você aqui angustiada veio me procurar

O que posso eu fazer para lhe ajudar?

Sinto que você ainda tem algo a me dizer

Mas vejo seu pedido de perdão como desespero

Não sei se devo aceitá-lo, isso me traz certo medo

Na vida as coisas não são como se quer

E sim como elas tem que ser

Será que ainda existe paixão e verdade em nosso querer?

Não há como arriscar uma volta sem antes curar a revolta

As mágoas causadas por palavras e ações destrutivas

A dor alimentada pelo ódio que formou várias feridas

E se eu lhe der nova chance e me arrepender?

E se dessa vez eu que a fizer sofrer?

Não imagino volta, desculpa minha covardia

Não desejo seu mal, apenas se afaste da minha presença

DANIEL GUIMARAES
Enviado por DANIEL GUIMARAES em 26/07/2011
Reeditado em 09/05/2013
Código do texto: T3119213
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