A poucas horas do fim

A poucas horas do embarque para seu voo, e como prometido logo a levarei para o aeroporto.

Os últimos dias não foram fáceis, poucos e rápidos encontros, noites mal dormidas, sonhos.

A incapacidade de pouco poder fazer é devastadora, mesmo ela ainda morando aqui do lado, mal podemos nos falar, menos ainda nos encontrarmos.

Com sua viagem se aproximando o sentimento é um misto de tristeza, nostalgia, com algumas pitadas de conforto.

Triste pelo desfecho, a mais de 10 mil quilômetros de distancia, não poderei mais vê-la, toca-la, senti-la e talvez nem mais ouvi-la.

Triste pelo que a vida nos reservou, nos obriga a fazer e aceitar.

Triste porque apenas queria ser feliz.

Feliz pela nostalgia do que vivi com ela, por ter tido a melhor noite, o melhor almoço, as melhores confissões de amor.

Nostalgia de lembrar nossas mensagens trocadas, nossos telefonemas, nossos passeios, nossos momentos juntos.

Nostalgia de como fiquei feliz com demonstrações e gestos tão simples.

Agora me sinto de certa forma confortado por imaginar que nosso amor não acabará ao ela entrar no avião.

Confortado pela ilusão da promessa mútua que seremos um do outro.

Confortado pela esperança que um dia sejamos felizes novamente.

E assim... logo se vai.... meu amor... minha vida...

Pimenta Marte
Enviado por Pimenta Marte em 25/07/2011
Reeditado em 25/07/2011
Código do texto: T3117177