FUI NO TORORÓ !

Tororó é uma pequena e linda cachoeira de águas cristalinas, rodeada por uma bela mata verdinha e lindos ipés floridos rodeados por outras grandes árvores exuberantes, muitas flores, muitas borboletas coloridas, sempre muito bem cuidada pela própria natureza.

Aqui, por esta cidade ter poucos moradores e um ar de cidadezinha interiorana, todos cuidam dessa beleza natural, como se fosse seus próprios jardins.

Essa cachoeira deságua em uma, também, exuberante lagoa, onde se ver o fundo e várias espécimes de peixes passeando por todo seu leito.

Nessa cachoeira os moradores tem o costume de todo final de semana, virem pegar água em seus galões e levarem para casa por ser tratar de uma água mineral e super límpida, de bom sabor.

Tem até aqueles que dizem ser uma água benta, pois ninguém adoece na cidade à tempos.

Outros dizem ser santa casamenteira, porque muitos já se conheceram por lá e se casaram e isso eu pude comprovar...

... Numa certa sexta feira, peguei meu galão e fui até ela buscar água para levar á casa de minhas filhas.

Quando cheguei perto dela, pra minha surpresa, vi uma bela e adorável morena, descalça, sentada ao pé de um grande flamboiã, à chorar. Quando ela me viu, parou seu choro e deu um sorriso maroto, como que se desculpando. Pegou seu chinelo, um galão que estava ao seu lado, ainda vazio, e se direcionou pro lado da cachoeira, com intuíto de enchê-lo.

Confesso que fiquei meio sem graça, mas resolvi me meter e perguntei se ela estava sentindo algo, se eu podia ajudá-la de alguma forma.

Ela me olhou, deu mais um sorriso acanhado, que me encantou, e me disse que estava tudo bem. Falou que era só uma tristeza repentina e que logo passaria.

Fiquei mais tranquilo, mas, como já tinha meus quase quarenta anos, vi que havia alguma coisa incomodando-a. Senti ser tristeza talvez de um amor, pois; refleti que em um lugar lindo como aquele só a falta de um amor poderia fazer alguém chorar, principalmente uma linda mulher como aquela.

Resolvi brincar um pouco para tentar descontrair o local e quebrar, um pouco, do gelo que se instalou por instantes. Assim talves pudesse fazê-la se alegrar e acabar com sua tristeza.

Comecei contando um pouco da minha vida. Disse que estava ali pegando água para casa de minha duas filhas, pois minha ex-mulher havia me largado há pouco tempo e me deixado na solidão chorando aos cantos.

Ela me olhou, quase sorrindo, e fez um olhar meigo como se me achasse um coitado. Me animei, vi que estava progredindo e continuei pra ver se alegrava ela ainda mais. Disse que estava só passando o tempo pra não ficar sofrendo em casa sozinho pensando na ex, e que, assim poderia dar uma olhadinha para ela quando fosse levar a água pra minha filhas. Falei que sofria de solidão e muita mágoa. Contei-lhe isso tudo só pra tentar fazer com que ela sorrisse mais e, talvez, se abrisse comigo, porque quase sabia que ela não estava chorando por outra coisa, que se não por amor.

Pedi a ela que não contasse isso pra ninguém, porque ela estava sendo a primeira pessoa a saber. Disse ainda, que amei muito minha ex, mas que ela me despresou e não queria mais nada comigo, mas ainda assim, gostava de vê-la, nem que fosse por alguns minutos, estava solitário e sentia falta de carinho.

Ela sorriu, me disse que não falaria à ninguém e que, agora, depois desse minha estória, poderia me contar o " porque " do seu choro.

Fiquei alegre e deixei ela falar.

Disse-me que o motivo pela qual estava tão triste, seria porque seu noivado de quatro anos havia acabado e ele havia trocado ela por sua melhor amiga e que um pouco antes dele chegar, ela estaria disposta a entrar naquela lagoa e não voltar mais para essa vida.

Ele sorriu, Sorriu muito que até colocou a mão sobre sua barriga.

Ela quis ficar com raiva, fechou a cara e perguntou qual o motivo de tanta graça.

Ele disse que quando sua ex terminou o casamento com ele, também veio até essa lagoa e quis dá cabo de sua vida, mas pensou nas filhas e resolveu viver para cuidar e protegê-las.

Ela sorriu também e disso que eles teriam muito a ver um com o outro.

Ela estava mais alegre e já se descontraindo.

Que bom!

- Pensou ele.

Então, para tentar mostrar ser um cavaleiro, pequei o galão da bela dama e fui enchê-lo para ela.

Ela agradeceu e foram a cachoeira para terminarem o que vieram fazer.

Assim que acabaram, sentaram-se novamente ao redor do flamboiã e se apresentaram.

Eu sou Sara!

- Disse ela.

Ele falou!

- Eu sou o principe, salvador de almas triste, e sorriu dizendo:

- Brincadeira, sou o João Paulo a seu dispor.

Ela sorriu e ficaram, por um instante só olhando a linda lagoa ao redor deles, sem falarem nada.

Se olharam e disseram, quase que simultaneamente:

- Essa lagoa é muito linda, até que não seria má ideia morremos numa linda lagoa como essa! E riram.

Paulo, olhando fixamente na face da linda moça, admirando aquela bela morena charmosa, disse-lhe:

- Tive uma bela ideia!

Sara olhou para ele e disse que achava saber qual era sua ideia e que ela também teria pensado, de-novo, a mesmo coisa que ele.

Paulo perguntou entusiasmado:

- Qual teria sido a sua ideia?.

Ela, olhando fixamente para a lagoa, ficou um pouco tímida, se esquivou com vergonha e não quis falar.

Mas Paulo, como era mais maduro e nada bobo, havia sacado que ela realmente havia pensado a mesma coisa que ele.

Então tirou sua camisa, porque estava de bermuda, pegou-a pela mão, tirou seu chinelo e a chamou:

- Vem comigo! Vamos aproveitar essa linda tarde ensolarada, e vamos matar nossas mágoas nessa linda lagoa, talvez possamos esquecer nossas tristezas um pouco.

Sara, parou um minuto à frente da lagoa, ficou meio inerte. Olhou fixamente á Paulo. Então pegou-lhe a mão e foram rumo a lagoa de mão dadas.

Sara estava com uma saia meia curta e uma camisetinha baby-loock e sem sutiã - tal qual Paulo já havia notado e se deliciado - mas assim entraram na lagoa e começaram a nadar, sempre Paulo colado à sua mão levando-a para o fundo e sorrindo.

Não tardou muito, logo fixaram-se olhares e pouco tempo depois o beijo foi uma consequência inevitável.

A boca de Paulo não resistiu e partiu baby-look abaixo e se deliciou dos seios mais lindo que ele já havia tocado em sua vida.

Dois minutos depois, já estavam fazendo o amor mais diferente, e gostoso, que os dois pudessem ter feito em suas vidas e no lugar mais lindo do mundo:

- Ela! Porque seria sua primeira vez.

- Ele! Porque estava muito sedento e carente de quem lhe desse muito carinho.

Assim, depois de muito amor, debaixo d'água, e muito carinhos trocados, deixaram a água e se juntaram novamente ao flamboiã, alegres e satisfeitos da vida, como dois meninos apaixonados.

Paulo correu numa floreira, que estava a poucos metros deles, seifou a mais bela flor que estava sobreposta aos galhos da bela roseira e ofertou a Sara com um beijo e uma jura de amor eterno.

Assim voltaram a caminho da cidade e pouco tempo depois estavam casados. E desse doce amor, que tiveram na lagoa, nove meses depois nasceu uma linda e bela filha que eles deram o nome de Gloria.

Gloria porque, diziam eles: Foi pela gloria do amor, e de Deus, que ela veio ao mundo.

Assim foram felizes para sempre.

By Adauto...... Não se desespere!! O amor acontece! Sedo ou tarde. Rsrsrs

almadepoeta
Enviado por almadepoeta em 14/07/2011
Reeditado em 18/07/2011
Código do texto: T3095591
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