olhos frustrados
Não vou esconder do alto da forca a pequena moca que cai em sono profundo querendo beijo, hortelâ. Que esta sempre na calçada de anzol pescando gente, bicho ou mesmo flores sem talo. Se quiser na madrugada de todo dia, o céu esmaecido pede brisa, acontecimentos e tortas de papel. Viaja nas madrugadas, debaixo do vento e do ceu. E nada sem pensar por águas turvas, por nordestes verdes, casas sem portas, tudo de mato de frio de medo. Seja lá o que for, a cabeça cai na frente, atras, fala que sim e viaja sem ler jornal, rir ou comprar qualquer coisa a dinheiro.
Antes disso, na véspera do escanteio, a bola rumou na grama, rolando, cada superfície revelando, sem caminho, viajando sem dono, horizonte, o mesmo sua redondeza. Silhueta que aparece no olhar de quem olha apenas, na véspera do lho, atras dos buracos que contem o elemento de visão. Que mostra o mundo, sem a mínima vontade de traduzir, de ensinar. Cada foto é uma faca com ponta, um espeto que arde a pele, porque chega sem autorização, chega como se fosse dona do olho. Voraz, mata a córnea que não sabe ver no mundo, coisas muito mundana.
Se joga pra fora num latim estranho, numa palavra estrangeira, corre no mato, berra, caga, desiste volta pro sonho, se entende com o diabo, maltrata a mãe, o pai, todo superego, carregado de demônios , de idéias brancas. Ocas sem sonhgo...
Aprende nas cordas de ontem, as vaias que já paradas que continua a desmerecer, embalar, jogando terra e fonte nos berros celeste de um homem bom. Que guerreia com tudo, com todos, num rompante de morte e pêssego. Chorando mesmo de longe as fomes que houve, as perdas que hão. Cada canto no seu canto, cada verso no seu verso, vai de mim, volta de mim, silêncio e dente que amarra com corda, seu rosto num grande laço de esperança. Foge e inaugura um rio, o mar. Encobre o céu. E joga tudo pra lonte, como crianca, com um diabético a morrer, como a vida escorrer pelos dedos, até a poça virar um mar na sala, apagado pelo controle remoto, que seca tudo, me desiste de tudo e que não quer ver nada. Somente a passagem, somente a mudança. Quer ver somente o que vai desaparecer.