Adeus.

A porta permaneceu fechada, não poderia mos ousar.

O que estava guardado era eterno.

Não encontrávamos palavras para aquele momento, nem o ruído dos carros rompia o silêncio que se instalou entre nós.

Éramos diferentes!

Tínhamos tantas palavras, tantos casos e tantas trocas.

Queríamos dizer sobre o que víamos, ouvíamos e sentíamos.

Nossas mãos não viviam sós, ficavam o tempo todo entrelaçadas, unidas em músicas, em festas, em passeios, em sonhos em dor.

Se houvesse um atraso, esperar era doloroso, e logo os pensamentos ruidosos roubavam o nosso controle e travávamos uma luta com o nosso imaginário.

Nossas mentes em devaneios criavam infidelidades platônicas, encontros libidinosos,traições arrebatadoras.

Fenecia mos de desejos, de ódio, de saudades, de amor!

Estávamos embriagados com o perfume que exalava de nossos corpos, cúmplices e fieis na troca de beijos que descontroladamente não sabíamos interromper, eram doces demais, eram fortes demais,eram suaves ,eram dominadores.

Não havia controle, não havia depois , não havia o amanhã. era a vontade por si só, submersa no desejo desmedido da imensa vontade de amar.

Era o agora, era o entregar-se para o nosso amor, era deixar se dominar pela vontade avassaladora.

Estarrecíamos diante de tanta grandeza.

Éramos pequenos diante da força desmedida de nossos sentimentos.

Não encontrávamos palavras para aquele momento.

A porta permaneceu fechada mesmo quando tudo acabou.

Luia Lemos
Enviado por Luia Lemos em 14/06/2011
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