Adeus.
A porta permaneceu fechada, não poderia mos ousar.
O que estava guardado era eterno.
Não encontrávamos palavras para aquele momento, nem o ruído dos carros rompia o silêncio que se instalou entre nós.
Éramos diferentes!
Tínhamos tantas palavras, tantos casos e tantas trocas.
Queríamos dizer sobre o que víamos, ouvíamos e sentíamos.
Nossas mãos não viviam sós, ficavam o tempo todo entrelaçadas, unidas em músicas, em festas, em passeios, em sonhos em dor.
Se houvesse um atraso, esperar era doloroso, e logo os pensamentos ruidosos roubavam o nosso controle e travávamos uma luta com o nosso imaginário.
Nossas mentes em devaneios criavam infidelidades platônicas, encontros libidinosos,traições arrebatadoras.
Fenecia mos de desejos, de ódio, de saudades, de amor!
Estávamos embriagados com o perfume que exalava de nossos corpos, cúmplices e fieis na troca de beijos que descontroladamente não sabíamos interromper, eram doces demais, eram fortes demais,eram suaves ,eram dominadores.
Não havia controle, não havia depois , não havia o amanhã. era a vontade por si só, submersa no desejo desmedido da imensa vontade de amar.
Era o agora, era o entregar-se para o nosso amor, era deixar se dominar pela vontade avassaladora.
Estarrecíamos diante de tanta grandeza.
Éramos pequenos diante da força desmedida de nossos sentimentos.
Não encontrávamos palavras para aquele momento.
A porta permaneceu fechada mesmo quando tudo acabou.