A Casa - Capitulos XI, XII e XIII
XI
- É ele?- Pergunta Lucinha para Amanda.
- Sim.
Estavam a falar de Joaquim que bebia Champanhe com os homens.
- Bonito homem. – Diz Lucinha. – Olhe para mim, estou bonita?
Amanda ri do exagero da moça.
- Dona Antônia, pode ajudar? – Fala Amanda para uma mulher ao seu lado.
- Querida Lucinha, qual homem que não ficaria apaixonado por você? Está linda! – Diz a mulher.
- Iremos às três. Amanda fará cortesia das apresentações. – Disse Lucinha. – Ele não pára de olhar pra cá. Também pudera, aqueles homens só vivem falando de negócios.
Lucinha percebe que Joaquim olhava para o grupo de mulheres, só não sabia que atenção dele não era para ela.
- Senhor Joaquim quero lhe apresentar Lucinha filha do senhor Alencar e dona Antônia esposa do doutor Josemar. – Apresenta Amanda.
- Como vão? É um grande prazer conhecê-las.
- Não há de que. – Diz Lucinha estendendo a mão para Joaquim beijar.
- Amanda informou que é o novo solteiro da vizinhança. – Disse dona Antônia.
- Acabei de me mudar, mas percebo... Que a cidade possui mulheres bonitas. – Disse olhando diretamente para Amanda.
- E solteiras morrendo de vontade de casar. – Diz Lucinha num tom amargo.
- Agora que tem a amizade de Alexandre não deixe de comparecer aos encontros. – Volta a falar dona Antônia.
- Estarei. Sentirei-me bem estando perto de pessoas como vocês. – Olha para Amanda que disfarça.
- Será a maior alegria vê-lo, senhor Joaquim. – Diz Lucinha toda oferecida.
- Com licença. Alexandre está chamando. – Joaquim se afasta.
- O que fazia na sua antiga cidade? – Pergunta Alexandre.
- Era professor. – Responde Joaquim.
- E agora um homem de posses. – Fala o senhor Alencar.
- O melhor a fazer é comprar terrenos, casas, propriedades. Poderá mante-los junto com seu dinheiro utilizando a formula da locação. – Aconselha o doutor Josemar.
- Pensarei no conselho. – Fala Joaquim para o doutor.
- Sabendo de alguma, te aviso. – Fala Alexandre.
Amanda se aproxima diz no ouvido de Alexandre que anuncia.
- O Jantar está pronto.
- Amanda está linda, Alexandre. – Elogia Josemar.
Joaquim quis dizer, fica quieto.
- Não tanto quando minha filha – Retruca Alencar.
Na mesa, Lucinha olha para Joaquim, que olha para Amanda até que ela sugere que todos vão dançar.
E Joaquim assiste Amanda enlaçar os braços em Alexandre e o casal começa a dançar a valsa.
- Por que não me convida para a valsa, senhor Joaquim? – Pergunta Amanda.
Joaquim está fora de si e maravilhado de ver Amanda valsar quem escutou Lucinha.
“Ela valsa bem. Acho que pedirei pra valsar comigo.”
- O que a senhorita falou? – Pergunta para Lucinha.
- Me convida para dançar?
Ele faz, porem a contragosto.
Ficam do lado de Alexandre e Amanda.
Joaquim não tira os olhos de Amanda. Ela baixa a cabeça com receio do marido perceber e Joaquim não ouve Lucinha.
- Desculpe, o que dizia?
- Está no ar senhor Joaquim. Estava dizendo que procurava um noivo.
- E não está mais?
- Tenho certeza que o encontrei. O senhor me acha bonita, estou bonita neste vestido amarelo?
Não como Amanda. Pensa Joaquim.
- A senhorita é bonita.
- Acha mesmo.
- Como respondi. Sim, é bonita.
Acabado a valsa os presentes foram descansar.
As mulheres num canto e os homens num outro, eles degustam vinho.
Joaquim bebe seu ultimo gole. Pronuncia:
- Está tarde. Hora de partir.
Alencar também fala.
- Farei à mesma coisa. Lucinha vamos embora também.
- Te logo para todos. – Despede Joaquim.
- Volte sempre senhor Joaquim. – Diz Amanda.
- Com certeza. Até.
Lá fora.
- Adeus senhor Alencar, senhorita Lucinha.
- Papai, convide-o para visitar nossa casa.
- Se ele estiver com vontade...
- Ele está, não é senhor Joaquim?
- Claro, senhorita.
XII
- Estou cansa. Diz Amanda tirando os sapatos.
- Eu que o diga. – Fala Alexandre.
- Acho que poderemos ter casamento.
- De quem?
- Se conheceram hoje aqui.
- Lucinha e Joaquim?
- Sim.
- Não me interessa. Meu único assunto é a casa que ele vive agora. Preciso de algo... Qualquer coisa que faça perder a herança e tenha que vender a casa.
- Não se canse muito. – Amanda beija Alexandre.
XIII
- Seu chá, papai. – Lucinha entrega a xícara para o pai.
- Obrigado, querida.
- Parece que meus dias de solteira vão acabar.
- Boa noticia. É o senhor Joaquim?
- Ele mesmo. Não é um ótimo partido?
- Sim. Jovem, pode-se dizer... Rico. Um bom homem, simpatizei com ele.
- Então o senhor o aceita como genro?
- Se ele aceitar...
- Tenho fé que aceitará, papai.