História de Emília e Gerson

Os pais de Emília eram ricos, possuíam muitas fazendas na Itália. Um dia os Agarelli vieram a passeio visitar a Irmã da mãe de Emília, a cidade de Içara tinha como o atrativo natural: a natureza. A casa da tia de Emilia ficara próximo ao Lago muito lindo.

Emília era adolescente, e se apaixonara pelo lugar, pensara:

“Como pode existir tanta beleza em um lugar só?" Era tanta naturalidade que faz qualquer um se apaixonar, e não queria mais ir embora. Pensara em morar com a tia e anunciou a mãe que não gostaria de voltar para Itália, já que dominava muito bem a língua portuguesa e estava no último ano da escola. A mãe dela propôs uma condição. Primeiro queria que ela fizesse faculdade e depois deixaria morar onde desejasse. Emília gostou, prometendo voltar a esta cidade.

Os anos passaram e Emília já havia se formado, fez gastronomia cuja paixão desde a adolescência. Os pais a ajudaram financeiramente até ela arranjar um emprego segundo a vontade dela. Emília queria morar sozinha não pensara mais em morar com sua tia, já era adulta. Mudou-se para um apartamento pequeno que seus pais lhe deram de presente, era muito simples, seu pai queria colocá-la em uma casa grande, mas ela não aceitou, não parecia pertencer a uma família tão rica.

Ela se correspondia com o pai, pois tinha uma relação muito forte, era a única filha e se sentia orgulhosa por sua vontade de ser independente, seu pai a chamava de “Mia bambina”.

Nos primeiros meses ela sentiu falta de seus pais, mas, o fato de estarem se correspondendo por cartas a fazia mais feliz.

Mio padre,

Desde quando pisei nesta cidade pela primeira vez eu me apaixonei por ela, creio que aqui seja o começo da minha vida, quero encontrar um amor sincero e te dar netinhos. Estou muito feliz por vocês respeitarem a minha decisão e, por favor! Venham me visitar quando puderem.

A cidade é rica por natureza, aqui me sinto em casa, já fui visitar os lugares históricos, são lindos papai!

Quero agradecer pela forcinha financeira que vocês estão me dando, já estou procurando emprego, aqui na cidade tem um restaurante italiano muito bom! Faz-me lembrar da Itália. Sei que a gastronomia é um dos maiores ramos em crescimento, logo estarei empregada e um dia terei meu restaurante, mas quero começar de baixo como todo mundo faz assim eu adquiro mais experiências.

Saudades, Emília.

Era sempre seu pai que respondia as cartas, ele fazia questão. Ficava triste ao saber que a filha estava longe e que não queria mais uma vida de conforto que o próprio dera todos esses anos, ela queria experimentar a responsabilidade. Voar sozinha e se descobrir nesse mundo.

Cara Emília, mia bambina

Você sabe que não precisa passar por isso, seu pai tem fazendas e construiu essa casa para te dar muito conforto, não acredito que minha bambina cresceu e que já é uma mulher.

Sentimos sua falta. Se mudar de idéia, papai está aqui, mande notícias que logo vamos visitar você. Se cuide mia bambina!

Saudades, papai e mamãe.

Um dia, quando Emília fora almoçar no restaurante “Scomassoni Sabor da Itália” avistou uma Senhora no balcão do caixa chorando, não havia gente no restaurante, ainda eram onze horas da manhã, e ela fora perguntar àquela senhora se poderia ajudar.

-Desculpe, posso ajudá-la? Porque choras?

-Sabe quando você sente que o mundo esta desabando em sua cabeça e você não tem para onde correr?

-Mais ou menos, estou em uma nova fase da minha vida, acabei de chegar da Itália, me formei em Gastronomia Italiana.

-Mais você é tão jovem!

-Tenho vinte e dois anos, já deveria estar trabalhando. Mas porque a senhora chora?

-Meu cozinheiro reclamou que eu o pagava mal e pediu demissão. Agora não conheço outro cozinheiro que saiba cozinhar comida italiana, vou à falência, pois não sei cozinhar perfeitamente.

-Senhora! Tive uma idéia! Vamos unir o útil ao agradável?

-Como assim menina?

-Dê-me uma chance! Posso ser a nova cozinheira, já que a senhora está precisando de uma. Não importa quando a senhora vá me pagar, por favor! Dê-me uma chance. Faça um teste comigo.

-Não sei! Mas você nunca trabalhou menina, como posso confiar em você?

-Como eu disse, faça um teste! Tenho certeza que não vai se arrepender. Fiz alguns estágios em dois restaurantes na Itália durante um ano. Quis experimentas duas cozinhas para testar meus conhecimentos e também fazendo meus pais de cobaias, até o cozinheiro dos meus pais ficou com inveja de mim.

-Esta bem, mas o que você sabe fazer? Tenho clientes fixos e daqui a pouco estarão chegando.

-Vou preparar o que aprendi, vamos ver os ingredientes que senhora tem.

Emília entrou na cozinha como se já tivesse estado lá. Começou a separar os ingredientes e pediu a Senhora Francisca para comprar o que faltava. O antigo cozinheiro havia deixado a cozinha bagunçada, talvez tenha saído com raiva e determinado a não voltar. Ao meio dia e meio o restaurante estava cheio e Emília tinha colocado na porta a seguinte frase “Desculpem a demora, fiquem á vontade que hoje teremos novidades”.

Quando Dona Francisca chegou ficou assustada com tanta gente no restaurante e ficou com medo. Leu o recado na porta que Emília havia escrito e foi para a cozinha. Enquanto isso os garçons estavam acalmando aquela gente e servindo bebidas.

-A senhora como pode constatar, o restaurante esta cheio, pode ter certeza que não se decepcionará comigo, só pedi a senhora para comprar esses ingredientes para que eu possa fazer a sobremesa enquanto os clientes saboreiam o almoço. Em vinte minutinhos já está pronto. Vamos anunciar o prato do dia?

-O que é? Posso saber primeiro?

-Tem certeza?

-Ok vai lá.

Emilia já estava convencida que o emprego era seu e que mal podia comentar essa alegria com seus pais. Dona Francisca quando chegou ao salão pediu a atenção de todos. Apresentou Emília e disse que ela havia preparado o prato do dia e que havia mudado o cozinheiro.

-"Sejam todos bem vindos". Disse Emília tão feliz que poderia gritar.

- Bom, o cardápio será mudado, portando como prato principal será servido "Fettuccine de Camarão com gorgonzola, Nhoque ao sugo e capelletti à toscana com acompanhamentos".

-“Parece muito saboroso!” Alguém disse lá nos fundos do restaurante.

-Obrigada! Peço que saboreiem, logo trarei a sobremesa.

As pessoas mal acreditavam que uma jovem garota pudesse saber cozinhar como uma perfeita profissional, e ao saborearem a comida com a ajuda de um homem sentado nos fundos do restaurante, começaram a bater palmas.

-"Fazia tempo que eu não experimentava uma boa comida Italiana, o antigo cozinheiro não chega aos pés dessa jovem. Se ela for à nova cozinheira eu venho aqui todos os dias." Disse o mesmo homem lá dos fundos.

Dona Francisca não podia querer mais nada do que aquele momento foi até a cozinha e abraçou Emília como se fosse sua melhor amiga e agradeceu sua insistência em ser cozinheira e que de agora em diante ela a queria como cozinheira do Scomassoni Sabor da Itália.

Logo, Emília trouxe a sobremesa “Soufflé Ghiacciato al Mandarino”. Foi aplaudida mais uma vez com um sorriso de satisfação.

Quando voltara para casa, escreveu para seu pai contando tudo o que havia acontecido. E que estava muito feliz, disse que o que ganharia dava para se sustentar e ainda sobrava. Seu pai lhe comprou um carro e não teve como ela não aceitar, porque ele já estava na garagem, ele havia lhe comunicado de uma surpresa pelas cartas e lhe mandou a chave por correspondência, pedindo desculpas por não poder comparecer.

Alguns anos depois, certo dia, quando Emília estava indo para o restaurante de carro, um rapaz de bicicleta atravessara na sua frente e justo no momento em que ela tinha abaixado para pegar um CD que gostava e colocá-lo para ouvir. Neste dia, ela estava indo mais cedo trabalhar.

-Mio Dio! Você está bem?

-Nossa moça, você quase me matou.

Juntou-se uma multidão ao redor de Emília e do rapaz. Emília comunicou às pessoas que iria levá-lo ao hospital. As pessoas começaram a se afastar.

-"Vamos, vou levá-lo ao hospital, ou quer que eu chame uma ambulância?.". Disse Emília com dó do rapaz e preocupação.

-Estou bem moça, posso me levantar.

-Faço questão de levá-lo, estou envergonhada e muito preocupada com sua perna, deveria ter prestado mais atenção. Perdoe-me.

-Tudo bem, mas só vou para que você não se sentir culpada.

-Entre no carro, vou deixar sua bicicleta no meu trabalho.

Gerson entrou no carro e viu que ela parara na frente de um restaurante há duas quadras de onde estavam. Ela pediu que ele lhe esperasse no carro que já voltava. Explicou o que aconteceu para a dona do restaurante e ela disse para levá-lo. Dona Francisca aprendeu alguns pratos com Emília nesse período, e disse para não se preocupar porque poderia cozinhar como fazia algumas vezes, quando pensara que Emília deveria ter folgas.

-Vamos? Meu chamo Emília Agarelli e você?

-Sou Gerson Benevides. Você é Italiana?

-Você é curioso em? Como está sua perna?

-Desculpe! Acho que quebrei, pois você veio com tanta força que...

Os dois conversaram no caminho inteiro e Gerson se encantou muito com a beleza de Emília, ela tinha os cabelos lisos e castanhos, olhos azuis bem espalhados por seus grandes olhos. Parecia tão jovem, mas tão adulta.

-"Sou descendente de Italianos". Disse Emília, feliz com a conversa para distraí-lo para não sentir dor, já se sentia culpada demais. "Não nasci na Itália, embora tenha sido criada como uma, mas fui para Itália quando tinha seis anos eu nasci no Brasil, mas meus pais são Italianos puros. Eu estou aqui tem três anos aproximadamente e trabalho naquele restaurante que levei a sua bicicleta."

-Dizem que a comida é maravilhosa, então é você quem faz?

-Sim, sou eu mesma. Nunca foi lá?

-Não!

-E você ?

-Sou descendente de portugueses, quando meus pais morreram vim pra cá com meu tio, acabei de me formar em direito. Mas, ainda não comecei a atuar.

-Que idade você tem?

-Agora a curiosa é você! Eu tenho 28, já estou velho.

-Claro que não! E eu tenho 25 anos.

-E já tem profissão! Desculpa, mas que inveja em?

-Não se inveje, foi pura sorte e dedicação com persistência, meus pais não me quiseram deixar eu vir pra cá, mas, mostrei á eles que queria escolher a minha vida e não ficar naquela fazenda de italianos dependendo financeiramente dos meus pais.

-Que determinada em?

-"Brigada! Chegamos!". Disse Emília.

Ao ver um enfermeiro na porta do hospital, pediu ajuda para carregar Gerson. Em seguido, o médico o examinou.

-Bom, teremos que colocar uma tala, parece que você destroncou a perna, deverá ficar de repouso e observação algumas horas. Sua esposa deve vir buscá-lo mais tarde, não precisa ficar, temos médicos aqui para observá-lo.

Um ponto de interrogação surgiu na mente de Emília.Mas, como se tratava de um acidente que ela mesma causou sem propósito, ela foi em frente.

-Brigada doutor, que horas ele pode sair?

-No fim da tarde. Vamos tirar um raio-X para ver se não houve mais fraturas. Aliás, foi um acidente?

-"Um louco passou na estrada em alta velocidade e me pegou.". Disse Gerson em defesa de Emília.

Gerson gostou de saber que o doutor havia pensado que aquela garota tão linda fosse sua mulher e falou que um louco o atropelou porque não queria que o encanto daquele momento acabasse, já que ela prometera vim buscá-lo. O doutor saiu do quarto de Gerson e os deixou a sós.

-"Porque você o deixou pensar que somos casados?". Disse Emília.

-Desculpe, é que você disse que viria me buscar, e eu não quis que você contasse ter me atropelado, não quero problemas para você. Acho que, se fosse outro não me traria ao hospital e sim, fugiria.

-Brigada Gerson.

Emília se despediu, passando a mão na cabeça de Gerson e dizendo que viria buscá-lo assim que saísse do restaurante. Sentia obrigação de cuidar dele por causa da culpa que estava nas rugas da sua testa.

Gerson veio de uma família de portugueses que mal tinham o que comer, ele veio com o tio para Içara porque seus pais tinham morrido na cidade onde ele nascera, no Rio grande do Sul e ele era o único filho.

Gerson teve sorte que seu tio havia conseguido um emprego bom e o ajudou muito, fez faculdade de direito.

Em pensar que depois de tanto sacrifício que passou, conhecer de repente uma garota tão linda e independente, o fizera criar forças e ir à luta. Gerson tinha apenas um amigo, Franklin que fizera faculdade no mesmo lugar, sentia saudade dele. Havia casado e tinha uma menina recém nascida, se chamava Jéssica com apenas alguns dias de vida e ficava triste de não poder visitá-lo, era pobre e não tinha dinheiro.

No momento de muitas reflexões, seu celular começa a tocar e é Franklin, anunciando que avistou um emprego para Gerson, e que agora ele poderia atuar na mesmo repartição que Franklin, na cidade onde ele estava. A alegria foi imensa, Gerson combinou com Franklin e até comentou que estava em uma cama de hospital. Franklin ficou muito preocupado, mas, Gerson disse que tinha alguém cuidando dele, e falou da moça e do que havia acontecido. Frankilin avisou que iria visitá-lo logo. Então se despediu.

Logo pela tarde, Emília voltou ao hospital e viu Gerson com a perna enfaixada. Foi ajudá-lo, levando umas muletas para que ele conseguisse andar. Emília disse que não daria para ele ir de bicicleta, então perguntou onde ele morava que levaria em casa, sem opção, Gerson aceitou.

Emilia percebeu que ele morava á duas quadras de sua casa, em uma rua mais humilde. Gerson era pobre, e ainda morava com seu tio e ao chegar ao portão gritou por ele que logo veio acudi-lo. Perguntou o que aconteceu e convidou a moça para entrar. Ela entrou por uns instantes.

-"A casa é modesta, mas é acolhedora.". Disse Gerson

-Eu sou simples esqueceu? Lembra que eu te contei que vim morar para cá para fugir da luxuria que meu pai queria me sufocar?

-Certo, você quer beber alguma coisa, ou comer alguma coisa?

-Não obrigada! Já estou satisfeita, comi no restaurante.

-Ei tio, ela é cozinheira do "Scomassoni Sabor da Itália".

-"É você quem prepara aquelas delícias?".Disse o tio de Gerson.

-O senhor já foi lá?

-Fui algumas vezes, trabalho de motorista particular para um executivo, e de vez em quando ele come nesse restaurante e me leva junto, por ser muito solitário.

-"Então, você está se sentindo melhor Gerson?". Pergunta Emília preocupada.

- Ah! Bom, hoje falei que estava desempregado, agora não estou mais. Começo a atuar como advogado daqui a três semanas. A perna está doendo um pouco, mas com as medicações daqui a pouco passa. Apareça quando quiser. E mais uma vez brigado por tudo.

-Que notícia boa, pois quando trabalhamos com o que gostamos é pura emoção. Bom, logo trarei a sua bicicleta. Boa noite! E se cuide!

Emília não parou de pensar em Gerson no caminho para casa, seria ele a sua felicidade? Porque o que sentira a deixou meio confusa, só teve um namorado quando ainda fazia faculdade e devido á tantos planos com a mudança não pensara muito em firmar comptomisso por talvez não querer se prender a ninguém de lá, pois o seu objetivo era vim para o Brasil.

O tempo passou e Emília estava enrolando para voltar à casa de Gerson, passaram duas semanas, ela nem tinha pegado seu telefone, mas resolveu ir até lá, quem sabe já estava melhor e precisava da bicicleta.

Ao chegar, Gerson estava na porta e avistou Emília de longe já gritando o nome dela. Foi ao seu encontro e a abraçou demonstrando uma saudade que sentia mesmo só tendo a visto uma única vez. Ela adorou, parecia que precisava daquilo. E quando ela falou da bicicleta, Gerson já estava beijando-a e confusa não relutou contra ele porque estava gostando sem saber por quê.

O tio de Gerson estava de plantão, portanto não voltaria para casa tão cedo, pois quando seu patrão pedia para que ele ficasse de plantão, o usava até o dia seguinte e às vezes ele dormia lá. Nesse momento o telefone tocou, era seu tio dizendo que ia dormir no seu trabalho essa noite e que ia voltar somente na noite do dia seguinte. Gerson adorou ter ouvido aquilo mesmo nunca ter gostado da solidão. Aquele momento o tio atrapalharia.

Ele olhou para Emília, e avistava um rosto com bochechas vermelhas. De novo ele a pegou em seus braços sem que ela pudesse falar qualquer coisa que estragasse aquele momento. O momento do beijo foi bastante caloroso, demorado e romântico, como Emília um dia havia desejado.

Quando ele parou de beijá-la olhou seriamente nos seus olhos, como se ela fosse uma coisa rara que ele nunca havia visto, uma maravilha de paisagem rica em beleza.

-"Eu queria lhe pedi desculpas". Disse Gerson com a respiração ofegante. "Não consegui parar de pensar em você durante esses dias. Meu coração esta cheio de sentimentos e eu nunca senti isso, é uma coisa tão complicada que nem sei o que é. Quando penso em você me sinto feliz e triste. Sei lá. Acho que estou apaixonado.

Emília ficou imóvel, sempre imaginou ouvir isso de alguém que também desejasse. Ela não conseguia falar, olhava para Gerson com aqueles lindos olhos azuis que cada vez o deixava mais apaixonado por ela. Seu cheiro era tão delicioso que ele ficou com vontade ter ela em seus braços novamente, mas, não queria estragar o momento, gostaria de saber o que ela pensara sobre a situação.

De repente um estranho a pega nos seus braços e começa beijá-la apaixonadamente, como se fosse sua razão de viver, é assim que Emilia se sentia. Após pensar muito ela conseguiu falar.

-Eu... Não sei o que dizer, fui surpreendida, mas... Também não consegui parar de pensar em você, pensei que já tinha conquistado tudo o que queria daí você aparece na minha vida como se fosse um destino e faz eu me apaixonar desse jeito. Quando você me beijou parece que eu já desejava isso... Não sei o que pensar. Isso nunca aconteceu comigo.

-Quer dizer então que você gosta de mim e do meu beijo?

-Sim! Acho que também estou apaixonada se realmente isso for possível, esse beijo só serviu para que eu tivesse certeza.

-Por favor! Namora comigo? Sei que não sou aquele homem que seu pai sonhou, com riquezas e coisas assim. Vou trabalhar e ser um bom advogado e poderei te fazer muito feliz. Deixa-me entrar em sua vida para que possamos ser um só?

Houve um momento de silêncio, mas, Emília estava radiante e sentia uma felicidade imensa. Gerson fez seu coração bater mais do ela previa.

-Sim! Confesso que sinto um pulsar profundo no meu coração com toda essa declaração. Então, se isso for amor... Aceito!

Gerson a pegou pelos braços novamente e a beijou com mais vontade ainda, loucamente. Os dois conversaram a noite inteira, Emília estaria de folga no dia seguinte, era uma noite de sábado para domingo. Gerson a respeitou e disse que precisavam se conhecer melhor e aproveitaram todo o final de semana juntos.

Um ano depois, o casal permanecia firme e forte e mais apaixonado do que nunca. Gerson havia ganhado muitas causas como advogado e Emília sentia muito orgulho dele. Gerson a pediu em casamento, pois já tinha muita certeza que queria aquela mulher como sua esposa para sempre. Era hora de Emília contar a novidade para seus pais.

Caro papa e cara mamma

Estou muito feliz, pois encontrei a pessoa que eu amo. Sinto-me tão amada por ele, que acho nem merecer tanto amor e carinho. Ele me faz sentir uma mulher de verdade.

Hoje ele me pediu em casamento, embora o senhor já houvesse abençoado a nossa união, da última vez que veio me visitar, com certeza percebeu que ele é do bem, e que me ama demais.

Então, gostaria de anunciar que me casarei no mês que vem e minha festa será simples, eu farei no restaurante, pois dona Francisca insistiu muito e bancou o Buffet, acredita? Quero que me abençoe de novo, e me leve ao altar.

Estou tão feliz que não tenho mais palavras, me sinto satisfeita e agradeço a vocês por existirem em minha vida.

Até o casamento!

Com muito amor, Emilia.

Aquela foi à última carta que mandara a seu pai, no dia do casamento seus pais choraram muito. Emilía estava linda naquele vestido que sua mãe havia a presenteado e que estavam muito felizes por sua filha estar se casando com seu amor.

Passaram a lua de mel em Paris, cujos pais de Emilía que presentearam o casal. Emilia e Gerson tiveram três filhos: Emilly, Lucas e Camilly.

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 03/06/2011
Código do texto: T3011333
Classificação de conteúdo: seguro