CASTELO DE AREIA (RAÇA NEGRA)

Que manhã bonita!

Passarinhos assoviando

Contentes

Este calor de verão

De um coração apaixonado

Ferve de emoção

Por ela

Com perfume das flores

Pelo ar

Na praça

Sentado no banco

Penso neste amor proibido

Nos encontros escondido

No beijo roubado

Lado a lado

Dois namorados

Que se amam

Nas noites, festas

Músicas para ver você

Dançar feliz

Sem se preocupar no amanhã

De mãos dadas para o caminho

Do mar

Para ver o imenso desejo que

Sinto por ti

Jamais sentido

Jamais vivido

Estes momentos

Escrevi (no papel de pão)

Lamento muito

Por não se tornar realidade

Este plano

Nunca se concretizou

No castelo de areia

A ventania da inveja

Derrubou.

“Depois do vento te arrancou dos braços meus

Deixando a sombra de um adeus

Chuva de saudade no meu coração

E da janela me pergunto onde andaras se me esqueceu se vai voltar

Pra mandar embora minha solidão”

Ela foi embora

Na manhã bonita

Diante dos meus olhos

Na folha verde da grama

Passarinho voou triste

Forçado

O coração despedaçado no verão

Esfrie

A emoção

Chorei

Muito, de solidão

Deixou a sombra da sua despedida

No portão

Do meu coração

Volto para casa

Atravesso o jardim

Sem flor do meu quintal

Abro a porta da incerteza

Debruço-me na janela

Gotas de lágrimas da chuva

Molhando a areia seca

Da minha face

Vejo o mar azul profundo

Misterioso olhar azul de Sophie

Transmitindo paz

Bem fixo no horizonte

O brilho prateado do luar

Pensando no dia de reencontrar

Aquela que me amou um dia (por essa imensidão)

Ela poderá voltar.

“Depois do vento te arrancou dos braços meus

Deixando a sombra de um adeus

Chuva de saudade no meu coração

E da janela me pergunto onde andaras se me esqueceu se vai voltar

Pra mandar embora minha solidão”

Sergio Assis dos Santos
Enviado por Sergio Assis dos Santos em 11/05/2011
Reeditado em 11/05/2011
Código do texto: T2963999