maria vadia - prólogo

Maria Vadia

Pequena esquecida

Nasceu de um estrupo

De um abuso do mundo.

Nasceu de uma mãe que nada tinha

Apenas com o corpo a vida mantinha.

Maria vadia, nasceu com a sina que Deus lhe deu

Ser orfã da vida que a vida lhe concedeu.

Maria Vadia, pequenina

Jogada na esquina

Sobreviveu...

Maria Vadia

Foi um brinquedo dos homens.

Um castigo lhe conferiu

Cada dia mais bela

Ficava aquela

Que só migalhas comeu.

Maria Vadia

Não teve boneca

Não teve berço

Não teve carinho

Não teve aconchego.

Quem disse que te amava

Somente te explorava

Te batia e sua comida comia.

Maria Vadia

Mais bela a cada dia

Sobrevivia...

Maria Vadia

Aos cinco aninhos

Já foi maliciada

Foi desejada

Mas não foi amada.

Maria Vadia

Foi sim, aliciada

Abusada, denegrida

Na mais tensa infância

Já os amores conhecia

Mas não foi amor que uma crianaça merecia.

Maria Vadia

Criança chorava

Choro de mulher, que só da vida apanhava

Como criança que só birra dava

A maldição continuou.

Apesar dos pesares

Maria Vadia

A cada dia

Mais bela ficava...

(... continua... )

Menelau
Enviado por Menelau em 07/05/2011
Reeditado em 07/05/2011
Código do texto: T2954519
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