A PORTA

Hoje bateram em minha porta!

Mas eu não quis atender;

Pois minha vida estava morta:

Não conseguia me mover,

Pensei!Quem veio, falar comigo,

Bateu três vezes não repetiu,

Teria sido!Um anjo amigo:

Não tornou a bater!Nem insistiu,

Ficou um tempo parado,

Encontrava-me sem ação,

Permaneci ali!Quieto calado:

Sentia batidas do meu coração;

Estava no patamar da escada,

A minha tristeza aumentou,

Para mim não disse nada:

Foi uma brisa que passou.

Em minha porta!Não mais bateu,

Notei que também desistiu,

Quem seria?Onde me conheceu?

Foi embora!Simplesmente partiu;

Ainda triste muito indeciso;...

Fiquei pensando!Seria a solidão?

Levantar-me era preciso:

D’repente!Uma enorme indecisão:

Invadindo completamente meu ser,

Ouvi passos!Que descia a escada,

Pude eu então compreender,...

Que minha vida era nada,

Uma tristeza!Imensa profunda,

Querendo-me!Fazer-me sofrer:

Minha vida, que era infecunda;

Amarga!Sempre foi meu desprazer.

Meu habitar, todo desmoronado!

Estava eu assentado no chão:

Muito amargo!E desencorajado,

Faltava eu tomar, uma decisão,

Criei coragem!E me levantei;

Caminhei ate defronte a janela,

Através da vidraça!Eu olhei:

Que visão!Maravilhosa e bela,

O vento: Soprava fortemente!

As arvores se contorcia,...

Caia a neve; calmamente,

Meu corpo!De frio se contorcia:

Pude ver!Junto a um tronco,

Minha visão: Ainda embaçada;

Um homem!Todo de branco,...

Com uma das destras levantadas.

Segurava um lindo cajado!

Encostado sobre o solo:

Que estava intensamente nevado;

Eu senti um enorme desconsolo,

Então ele para a janela virou-se,

Eu estava com a luz apagada:

Novamente para minha casa encaminhou-se:

E subiu!Novamente a escada,

Em minha porta: Bateu outra vez!

Porquanto eu não tive coragem,

Com muito medo!Talvez,

De receber do homem, a mensagem:

Fiquei encolhido num canto,

A lareira; Lentamente queimava,

Então derramei o meu pranto:

A lenha no fogo estalava.

Depois não ouvi mais nada!

Tudo ficou silencioso, calado:

Ele não se mexeu; Nem uma passada,

Foi embora, como sombra: Encantado,

Estava eu, quase adormecendo,

Quando ouvi; um leve ruído,

Notei algo se movendo;

Pensei!Acho que eu fui esquecido:

Percebi: Depois pequenas pisadas,

Caminhando para o jardim:

Elas bem calmas, com passadas:

Seria o fim: Para mim?...

Foi descendo a escada,

Para traz não olhou,

Foi embora!Não disse nada;

Nunca mais: Ninguém voltou.

A minha triste morada!

Que já era; muito vazia,

Pela dor, e desespero habitado,

Nunca mais; tive alegria:

Pois me faltava, o bom ânimo,

Sem vontade, de fazer nada:

Cansado pelo desanimo!

É uma vida vazia, desanimada,

A, angustia e melancolia:

A vida, um teatro de ilusões!

Encontrava-me bastante inseguro:

Sem saber, o que fazer;

Para meu indefinido futuro,

O que iria; Comigo acontecer.

Finalmente, eu ansioso adormeci!

Não sei qual era a hora:

Eu profundamente dormi,

Acordei ao romper da aurora:

Ainda, estava amanhecendo;

Naquela límpida, madrugada fria,

Comigo tudo estava parecendo,

O meu tormento crescia;

Com calma, eu levantei;

Pela janela, eu olhava:

Foi então que eu observei,

Pelo jardim!A neve se espalhava,

Pela manha logo cedo!

Abri minha porta, entristecido,

Dentro de mim o medo,

Compreendi!O que havia acontecido.

Meu coração bateu mais forte!...

Defronte: A minha porta;

Uma caixa estaria ali, Minha sorte?

Ou uma palavra que me conforta,

Olhei com bastante atenção:

O medo em mim imperava,

Ouvi uma voz! No coração:

Disse-me pega, aquela voz ordenava,

Junto à soleira da porta:

Tinha o formato de uma arca;

Pensei ali estará à resposta?

Havia nela uma marca,

Na forma de um brasão;

Inscrito na tampa em aramaico:

Era uma linda inscrição,

Por cima de um mosaico.

Quando terminara minha tristeza!

Ao abrir aquela caixa?

Terá fim essa incerteza,

Só assim tudo se encaixa:

Esse é o meu dilema,

Sem rumo e direção;...

Causam-me enorme problema,

Minha cruel e pura desilusão:

Era preciso eu renunciar,

Para ele!Conceder-me vitoria,

E para Deus eu implorar:

Que ele mude minha historia,

Então eu me ajoelhei,

A Deus eu pedi perdão:

Porquanto só agora eu sei,

Só com jejum e oração.

Gostaria de tentar mudar,

A minha inconstante situação:

Só deixando, Deus adentrar,

Em meu sofrido coração:

Abrirei a minha porta!...

Tornar-me-ei filho da obediência,

Ele restaurara minha vida semimorta,

Através da sua longânime clemência,

Uma forte voz bradou!

Disse-me filho! Abriste um postigo,

Junto de vós eu estou,...

Desejo ser teu amigo,

Eu olhei para aquela arca:

Muito bem feita, e trabalhada:

Estaria ali algo? Que demarca,

Minha vida inserta e humilhada.

Agora vos ordeno, abri esta eija!

Vou eu mudar teu castigo:

Levantas a tampa e veja!

Porquanto neste instante vos digo,

Media três palmos de comprimento,

Palmo e meio de largura;

Vi também seu ornamento:

Com dois palmos de altura,

A arca tinha uma medida,

Como também sua fundura:

Foi com cuidada construída,

Com exime e linda feitura,

Feita de modo especial:

Agradeço a Deus por isso!

Confeccionado de modo artesanal,

Toda em ouro maciço.

A tampa eu levantei,

Logo em seguida eu notei,

Por dentro toda de ouro:

Seria para mim? Este tesouro!

Vi um envelope de metal;

Com um selo na frente;...

Era um mar de cristal,

Era uma jóia atraente,

Peguei o envelope com cuidado!

Com paciência e muito zelo:

Ele também todo dourado;

Com esmero retirei o selo;

Tomei o envelope na mão:

De forma simples adequada,

Foi grande a emoção:

Pela satisfação ali propiciada.

No envelope de papiro!

Neste momento começou:

Veio um grande suspiro!

Meu coração tristemente chorou;...

Tudo que fiz na vida,

Foi errônea uma farsa,

Porquanto tudo aqui se invalida,

Destrói-se se disfarça:

Peguei o papiro!Comecei a ler,

Então eu pude perceber:

E ao mesmo tempo ver,...

Que tudo na vida passa,

Agora tenho eu a compreensão;

Que da escrita pude acolher:

Tomei uma irrepreensível decisão;

Só meu Deus pode entender.

Veio no meu pensamento!

Porque essa insegurança em mim:

Foi enorme meu sofrimento,...

Com receio estou sim!

Dou-vos nova chance,

Tirar-te-ei do profundo precipício,

Esta tudo ao teu alcance:

Estive contigo desde o inicio:

Tu vivias na iniqüidade,

Estavas tu cego e mudo,

Vivias em completa infelicidade:

Teu ouvido estava surdo,

Sois apenas sopro fumaça:

Estavas andando para escuridão!

Tua vida transformou-se em uma farsa,

Tu não me querias no coração.

Continuei a ler à escrita!

Que estava no papiro:

Era uma letra muito bonita,

De alivio eu inspiro,...

Quando eu vos escolhi!

Para vossa casa visitar,

E do céu eu desci!...

Vim exatamente para te ajudar,

Mais vos finalmente entendeu?

Abris-te a vosso coração,

Deixas-te de ser ateu:

Te transformas-te em cristão,

Tens hoje nova identidade,

Farei de ti filho perfeito:

De caráter, e idônea simplicidade,

Andaras no caminho direito.

Ensinaras o verdadeiro amor!

Andaras com honra e dignidade,

Será ti como uma flor,...

Semearas o amor e bondade:

Andas em meus caminhos;

Nunca vos desviei:

Seja como os passarinhos!

Contigo eu sempre estarei:

Eras como os fariseus!

Que morreram no pecado,

Como também os ateus,...

Seus corpos todos contaminados:

Seus espíritos hoje perecem,

Caíram todos em desgraça;

Sua família ate agora padecem,

Porque não alcançaram minha graça.

A! Alma... Da terra não saiu!

Os corpos foram sucumbidos:

Ao céu jamais subiu,...

Costumes e crenças apodrecidos,

Por mim, foram eles esquecidos;

Eles não quiseram me aceitar:

Porquanto por dulak, foram vencidos,

Os preços vão ter que pagar;

Hoje a terra esta cheia!

De muitas almas apenadas!

Presas em suas cadeias:

Por lúcifer?Elas amordaçadas,

Jamais saíram da terra,...

Porque é ai!... Seu habitat,

Que tudo se encerra:

Eternamente vai ele morar.

A terra esta ensopada de sangue!

Por homens cruéis, e pecaminosos;

Como a lama do mangue:

São eles todos tenebrosos,

Pés que andam apressados;

Cheios de muita falsidade,

-Continuei com paciência a ler,

O papiro que me foi enviado,...

Deus me fez entender:

Que obedecendo seria purificado,

Quanto mais eu me aprofundava!

Nos fundamentos da leitura,...

Mais o Senhor me revelava,

Eu era uma nova criatura.

Estas completamente restaurado!

Nova é a vossa caminhada,

Do mundo foste separado,

Tua vida plenamente transformada:

Vosso desengano acabou-se,

Concedo-vos vida santa!...

O teu animo restaurou-se:

Daí gloria e canta,

Para mim tudo é possível;

Mudaste teu nobre entendimento:

Eu faço o impossível!

Colocai isso no pensamento,

Eu sou aquele Jesus!...

Que por alguns fui fixado,

Ali!... Aliviei a tua cruz,

Tomei para mim teu pecado.

De mim nem um osso foi quebrado!

Para vos conceder sublime salvação:

Teu pecado será ele perdoado,

Se desejares concederá absolvição,

Teu sofrimento fim terá;

Conceberei-vos nova alma!

Tua angustia em fim terminara:

Novo espírito e calma,

Se em mim confiares;

E tiverdes-vos paciência,

Com amor tu perseverares!

Teres de vos clemência;

Conver-te com amor e alegria;

Me aceita serei teu senhor!

Renuncia e me veras um dia;

Serei teu infinito regedor.

Mãos e pernas perfurados!

Meu coração foi transpassado,

Corpo e olhos machucados:

Sangue e água derramados,

Na hora nona eu chamei,

Em momentos de agonia,...

Pelo meu pai eu chamei!

Sei que ele me ouvia,

Era para ser cumprido:

As palavras dos profetas,

Que eu seria erguido;

Mas minhas vitoria, seriam completas,

Ao terceiro dia!...Eu ressuscitei,...

Satanás ficou ele irado;

Cinqüenta dias eu aqui passei,

Por mim meus discípulos perdoados.

Teu perdão foi concedido!

Eu sou!...Sou eu,...

Estas porquanto vos revestido;

Sois doravante filho meu.

Autor Gilvan Cardoso

Inspiração Profética