orgia das almas - cinco.

_ Acorda valentão!

_ Acorda seu merda! Ele sente a ponta fria do metal roliço da escopeta que cutuca sua cara com força, ao abrir os olhos vê-se rodeado por uns cinco maltrapilhos, porém bem armados andarilhos. Um deles o olha de cima a baixo e debocha.

_ Tu não é assim tão grandão como dizem, é forte, mas perto de mim é um nanico. E uma gusparada em seu rosto termina a frase.

Ele apalpa a beirada da cama. _ Procura isso o protetor de prostitutas? Na mão do cara grandão ele vê sua faca e sua arma, e novamente um chute no seu ventre o faz encolher e gemer de dor.

_ Agora tu vai pagar, seu cretino miserável, pensas que tenho medo de seus contos romanos e gregos, que és um guerreiro Espartano. És neste momento um monte de bosta que meu coturno vai pisar.

Ele baixou a guarda, mas como? Aquele ordináriazinha, foi ela que o entregou em troca de que? Algumas gramas de quê? Algum dinheiro? Quanto valeu sua cabeça para ela? Aquela Piranhazinha de cabelos cor de ouro.

Neste momento, como que num conto de fadas, veja quem aparece eu sua porta, deslubrante, cheirosa, vestida sensual e deliciosamente. Ela, sempre ela...

_ Mas que desperdícios, cinco homens para pegar o Espartano, que de Espartano só tem a loucura.

_ Que procura aqui mulherzinha fuleira. Arrebate o que tem ares de chefe da gangue.

_ Nada, só pensei que fosse mais macho, mas precisou de mais quatro palermas para deixar seu testosterona em alta?

Ele pos uma das mãos entre as pernas, segurou sua genitália e disse: _ Isso é pra você sua sacana, sei que queres....

_ Quero mesmo, venha gritou ela. E olhando para ele gritou: _ Reacha seu frouxo, eu vim aqui para te ajudar.

Neste momento ele faz uma loucura, num desordenado, mas preciso golpe toma a escopeta de seu oponente mais prôximo e já na virada abre o ventre dele com o disparo, em seguida uma coronhada espatifa os dente dos mais perto. Ela pula sobre o grandão e saca de uma faca gravando-a nas costas do gigante. Neste momento o último cara tenta usar a faca que havia surrupiado da sua vitima, mas o que lhe resta e a lámina afiada que rasga seu estomágo até o peito.

Quando ele vê o grandão tentando estrangular sua salvadora, pega o que tem mais prôximo, azar dele, uma picareta é gravada entre os ombros do gigante que cai e começa a contorcer como se estivesse em convulsão. Mas ele nem olha, seu objetivo é ela. Ele a segura e vê as marcas vermelhas em seu pescoço, seus lábios roxos, e sua respiração lenta, mas está linda e radiante.

_ Volte! Volte!... Volte sua... Sua... Sua vadia. Não me abandone. Ele a abraça jogando deu rosto no seu ombro e chora copiosamente

_ Eu não disse que tu era frouxo mesmo, choramingando como uma criança, assim deixa de ser meu "Protetor eterno".

Quando ele olha para ela, ela sorri, sorri, um sorriso amarelo e diz pra ele: _ Eu tive um sonho, tenho que lhe contar.

_ Tudo isso por um sonho, cinco cadáveres por um sonho?

_ Cale a boca, pegue seus pertences, venha e não esqueça seu "três-oitão, e sua faca. Espartano heimm, tu não é tão grande assim, já que sou pequenina. Tá mais para uma velha chorona. Venha, venha logo, que não posso te proteger o tempo todo.

As sirenes da Polícia já soava breve, quando os dois desaparecem pelos escombros daquele mundo sem lei...

.... continua ...

Menelau
Enviado por Menelau em 27/04/2011
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T2934443
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