Eu apenas não quero que você vá
Cinco horas já estava chegando e eles começaram a guardar os materiais. Enquanto Nanda alojava adequadamente teus sagrados livros na mochila, Leandro a olhava incansavelmente. Poderia se assim fosse permitido, olhá-la eternamente debaixo daquela árvore. O modo como a tranqüilidade, a beleza de tudo ali a deixava mágica e especial.
- Bom, já arrumei minhas coisas. E meus parabéns! Para o primeiro dia você esta ótimo.
- Ah valeu, era a motivação que eu precisava para continuar estudando. – Disse sem graça.
- Relaxa, comigo te ensinando vai saber o português de cabo a rabo. – Sorriu. Olhou para ele e depois para o chão. Era hora de partir. – Bem, então é isso né. Já vou indo. – Deu um aceno e foi se retirando. Três passos e lá estava a mão dele novamente segurando o braço dela.
- Hã?
- Fica mais um pouco. – Os olhos azuis iluminados pelo Sol tornaram-se um oceano límpido. Hipnotizou absurdamente sua consciência. – Fica?
- Tá bom. Mas pra que? – Disfarçou o transe.
- Vamos sentar aqui de novo. – E lá foram novamente. Pegou sua mão e começou a acariciá-la. – Nanda, eu queria te contar um segredo.
- Nossa, pode falar Le. – Seus olhos se arregalaram e mil pensamentos ocuparam sua mente. “Que segredo pode ser? Será que ele é gay? Será que ele gosta de alguma menina da minha sala?”
- É um segredo muito importante e sinto que posso confiar em ti, né?
- Sim sim, pode confiar. – Apertou sem perceber a mão do rapaz.
- Então, é que eu não quero perder uma coisa, não quero que essa coisa se vá. – Seus olhos buscaram outros focos para se tranqüilizarem. – Há muito tempo tenho observado, tenho buscado conhecer, tenho me interessado por demais. As noites chegam e meus pensamentos buscam essa coisa, eu anseio por tê-la.
- Nossa Leandro, do jeito que esta falando parece até que esta apaixonado. – Um desagrado passou ligeiramente por teus sentimentos. – Desembucha logo.
- Calma apressadinha. Sim, você acertou. Estou apaixonado, mas tenho medo. Medo de declarar o que sinto para essa pessoa, medo dela me rejeitar, medo de sofrer. E você parece ser uma pessoa sensata e saberia me responder se devo me declarar ou não.
- Putz! – O tapa no rosto que ela deu em si própria foi forte e murmurou umas reclamações baixinho. – Olha, posso saber de tudo um pouco sobre conteúdos científicos e tals, mas amor? Não conheço nem nos sonhos. “Mentira eu conheço sim. Você.” Mas no meu conceito do senso comum você deve se declarar sim. E se ela gostar de você também? Vai perder esta chance? – Arqueou uma sobrancelha e o olhou firme esperando passar coragem.
- Ela é a primeira menina que me apaixono. Nunca senti isso antes, nunca! Não quero falhar na primeira vez. Tem certeza disso então?
- Sim, eu tenho Le. Tudo vai ocorrer muito bem e você vira depois pulando de alegria me contar o desfecho feliz. – Fez uma caretinha, levantou os braços como se estivesse exaltando alegria. Supostamente a cena que ele teria de fazer.
- Valeu Nanda, eu sabia que podia contar contigo. – Sorriu e a abraçou.
Os dois foram embora. Um completamente feliz por estar a um passo de realizar teu sonho, planejando como tudo aconteceria e a outra totalmente arrasada com a porcentagem de algo rolar entre eles zerada.
Vou guardar você no meu coração
A manhã seguinte prometia 100% de tédio e tristeza no mundo da jovem. Leandro faltara no colégio, os professores estavam de lua e ela sentindo-se realmente só num lugar tão cheio.
O intervalo estava chato e o seu cantinho não estava mágico aquela manhã. As lembranças do dia anterior rodando como um filme, cujo final era infeliz para sempre. Segurou fortemente as lágrimas para que elas não rolassem por sua face.
Na hora de ir embora estava sem vontade de guardar tudo e sair do fundo da sala. Rastejou seus pés pelos corredores vazios provocando ecos cabulosos, mas algo atraiu sua atenção, uma movimentação enorme na entrada/saída do colégio. “O que será que houve?” Andou o mais rápido possível, passando pelo meio de todos até avistar o motivo da agitação.
Um rapaz alto, porte físico perfeito, o sorriso mais galanteador e fofo do mundo, com o olhar azul oceano capaz de atravessar teu corpo e ler tua alma. Parado em frente a uma caminhonete com o seguinte nome na lateral da porta Loucuras de Amor.
- Não... – Sussurrou para si, boquiaberta, paralisada. Olhando o rapaz com um microfone na mão chamando teu nome e a procurando no meio da multidão.
- Fernanda? Pode aparecer aqui, por favor? – Alguém a reconheceu escondida no canto e começou a empurrá-la para seguir em frente. Vai, vai lá Nanda, é pra você! Ela sem saber o que fazer começa a ir em frente. Todos dão passagem a ela e finalmente ele a vê.
- Obrigado por comparecer. Quero lhe agradecer por ter me dado coragem ontem a declarar meu amor pela pessoa que tenho sonhado noite e dia durante meses. – Um enorme sorriso resplandecia em sua face enquanto declamava e um sonoro “Own” da galera. – Hoje vou terminar de contar a você meu segredo. Ficou oculto ontem quem era a pessoa, mas hoje você tem o direito, o dever de saber quem ela é. E atenção meninos e meninas, a garota por quem estou apaixonado se chama Fernanda Reis, tem 16 anos, é a garota mais estudiosa que já conheci em toda a minha vida e a pessoa que pretendo passar o resto da minha vida amando, se assim ela desejar.
A jovem não sabia o que fazer ou como reagir. Por um instante pensou que iria desmaiar de tamanha emoção. Por sorte havia uma parede ao seu lado e sua mão a encontrou rapidamente. O ar lhe faltava nos pulmões e o coração batia tão rápido.
Leandro foi se aproximando dela e antes mesmo que chegasse bem perto estendeu tua mão a ela e a levou para o centro da calçada. Pediu para o cara do carro ligar o som e tocar a música I can’t live without your Love. Puxou-a delicadamente para perto de si, colocou suas mãos entorno da cintura dela e num abraço forte começaram a dançar ao som da música. No ouvido dela disse todas as coisas que sonhava um dia dizer e no rosto dela as lágrimas já não suportaram mais. Despencaram drasticamente, mas de felicidade.
Nanda não conseguia pronunciar uma palavra se quer a ele. Apenas transmitia através dos teus olhos a mensagem Eu te amo. Ele compreendia, pois diversas vezes enquanto a observava discretamente pegou-a mirando-o e entregando teus sentimentos naquele simples e lindo olhar.
Ao final do penúltimo verso da música, ele sussurrou em português para ela Eu não posso viver sem o seu amor.
- Eu não posso viver sem você. – Ela respondeu de volta, tendo traduzido a última frase para ele. Leandro pegou o microfone novamente e em bom tom fez a pergunta.
- Nanda, você quer namorar comigo?
- É claro que sim! – Pulou nos braços dele e enfim o grande beijou saiu. Todos aplaudiram, gritaram, parabenizaram. Exceto aquelas vacas mal amadas, que escondidas atrás de todos choravam a derrota.
Um lindo buquê de rosas vermelhas fora entregue a ela com uma caixinha preta em cima. Nanda pegou e quando abriu viu a brilhante e perfeita aliança. Leandro retirou a menor, pegou a mão dela e colocou. Ela fez o mesmo e para selar o final feliz eles se beijaram apaixonadamente.
Cinco horas já estava chegando e eles começaram a guardar os materiais. Enquanto Nanda alojava adequadamente teus sagrados livros na mochila, Leandro a olhava incansavelmente. Poderia se assim fosse permitido, olhá-la eternamente debaixo daquela árvore. O modo como a tranqüilidade, a beleza de tudo ali a deixava mágica e especial.
- Bom, já arrumei minhas coisas. E meus parabéns! Para o primeiro dia você esta ótimo.
- Ah valeu, era a motivação que eu precisava para continuar estudando. – Disse sem graça.
- Relaxa, comigo te ensinando vai saber o português de cabo a rabo. – Sorriu. Olhou para ele e depois para o chão. Era hora de partir. – Bem, então é isso né. Já vou indo. – Deu um aceno e foi se retirando. Três passos e lá estava a mão dele novamente segurando o braço dela.
- Hã?
- Fica mais um pouco. – Os olhos azuis iluminados pelo Sol tornaram-se um oceano límpido. Hipnotizou absurdamente sua consciência. – Fica?
- Tá bom. Mas pra que? – Disfarçou o transe.
- Vamos sentar aqui de novo. – E lá foram novamente. Pegou sua mão e começou a acariciá-la. – Nanda, eu queria te contar um segredo.
- Nossa, pode falar Le. – Seus olhos se arregalaram e mil pensamentos ocuparam sua mente. “Que segredo pode ser? Será que ele é gay? Será que ele gosta de alguma menina da minha sala?”
- É um segredo muito importante e sinto que posso confiar em ti, né?
- Sim sim, pode confiar. – Apertou sem perceber a mão do rapaz.
- Então, é que eu não quero perder uma coisa, não quero que essa coisa se vá. – Seus olhos buscaram outros focos para se tranqüilizarem. – Há muito tempo tenho observado, tenho buscado conhecer, tenho me interessado por demais. As noites chegam e meus pensamentos buscam essa coisa, eu anseio por tê-la.
- Nossa Leandro, do jeito que esta falando parece até que esta apaixonado. – Um desagrado passou ligeiramente por teus sentimentos. – Desembucha logo.
- Calma apressadinha. Sim, você acertou. Estou apaixonado, mas tenho medo. Medo de declarar o que sinto para essa pessoa, medo dela me rejeitar, medo de sofrer. E você parece ser uma pessoa sensata e saberia me responder se devo me declarar ou não.
- Putz! – O tapa no rosto que ela deu em si própria foi forte e murmurou umas reclamações baixinho. – Olha, posso saber de tudo um pouco sobre conteúdos científicos e tals, mas amor? Não conheço nem nos sonhos. “Mentira eu conheço sim. Você.” Mas no meu conceito do senso comum você deve se declarar sim. E se ela gostar de você também? Vai perder esta chance? – Arqueou uma sobrancelha e o olhou firme esperando passar coragem.
- Ela é a primeira menina que me apaixono. Nunca senti isso antes, nunca! Não quero falhar na primeira vez. Tem certeza disso então?
- Sim, eu tenho Le. Tudo vai ocorrer muito bem e você vira depois pulando de alegria me contar o desfecho feliz. – Fez uma caretinha, levantou os braços como se estivesse exaltando alegria. Supostamente a cena que ele teria de fazer.
- Valeu Nanda, eu sabia que podia contar contigo. – Sorriu e a abraçou.
Os dois foram embora. Um completamente feliz por estar a um passo de realizar teu sonho, planejando como tudo aconteceria e a outra totalmente arrasada com a porcentagem de algo rolar entre eles zerada.
Vou guardar você no meu coração
A manhã seguinte prometia 100% de tédio e tristeza no mundo da jovem. Leandro faltara no colégio, os professores estavam de lua e ela sentindo-se realmente só num lugar tão cheio.
O intervalo estava chato e o seu cantinho não estava mágico aquela manhã. As lembranças do dia anterior rodando como um filme, cujo final era infeliz para sempre. Segurou fortemente as lágrimas para que elas não rolassem por sua face.
Na hora de ir embora estava sem vontade de guardar tudo e sair do fundo da sala. Rastejou seus pés pelos corredores vazios provocando ecos cabulosos, mas algo atraiu sua atenção, uma movimentação enorme na entrada/saída do colégio. “O que será que houve?” Andou o mais rápido possível, passando pelo meio de todos até avistar o motivo da agitação.
Um rapaz alto, porte físico perfeito, o sorriso mais galanteador e fofo do mundo, com o olhar azul oceano capaz de atravessar teu corpo e ler tua alma. Parado em frente a uma caminhonete com o seguinte nome na lateral da porta Loucuras de Amor.
- Não... – Sussurrou para si, boquiaberta, paralisada. Olhando o rapaz com um microfone na mão chamando teu nome e a procurando no meio da multidão.
- Fernanda? Pode aparecer aqui, por favor? – Alguém a reconheceu escondida no canto e começou a empurrá-la para seguir em frente. Vai, vai lá Nanda, é pra você! Ela sem saber o que fazer começa a ir em frente. Todos dão passagem a ela e finalmente ele a vê.
- Obrigado por comparecer. Quero lhe agradecer por ter me dado coragem ontem a declarar meu amor pela pessoa que tenho sonhado noite e dia durante meses. – Um enorme sorriso resplandecia em sua face enquanto declamava e um sonoro “Own” da galera. – Hoje vou terminar de contar a você meu segredo. Ficou oculto ontem quem era a pessoa, mas hoje você tem o direito, o dever de saber quem ela é. E atenção meninos e meninas, a garota por quem estou apaixonado se chama Fernanda Reis, tem 16 anos, é a garota mais estudiosa que já conheci em toda a minha vida e a pessoa que pretendo passar o resto da minha vida amando, se assim ela desejar.
A jovem não sabia o que fazer ou como reagir. Por um instante pensou que iria desmaiar de tamanha emoção. Por sorte havia uma parede ao seu lado e sua mão a encontrou rapidamente. O ar lhe faltava nos pulmões e o coração batia tão rápido.
Leandro foi se aproximando dela e antes mesmo que chegasse bem perto estendeu tua mão a ela e a levou para o centro da calçada. Pediu para o cara do carro ligar o som e tocar a música I can’t live without your Love. Puxou-a delicadamente para perto de si, colocou suas mãos entorno da cintura dela e num abraço forte começaram a dançar ao som da música. No ouvido dela disse todas as coisas que sonhava um dia dizer e no rosto dela as lágrimas já não suportaram mais. Despencaram drasticamente, mas de felicidade.
Nanda não conseguia pronunciar uma palavra se quer a ele. Apenas transmitia através dos teus olhos a mensagem Eu te amo. Ele compreendia, pois diversas vezes enquanto a observava discretamente pegou-a mirando-o e entregando teus sentimentos naquele simples e lindo olhar.
Ao final do penúltimo verso da música, ele sussurrou em português para ela Eu não posso viver sem o seu amor.
- Eu não posso viver sem você. – Ela respondeu de volta, tendo traduzido a última frase para ele. Leandro pegou o microfone novamente e em bom tom fez a pergunta.
- Nanda, você quer namorar comigo?
- É claro que sim! – Pulou nos braços dele e enfim o grande beijou saiu. Todos aplaudiram, gritaram, parabenizaram. Exceto aquelas vacas mal amadas, que escondidas atrás de todos choravam a derrota.
Um lindo buquê de rosas vermelhas fora entregue a ela com uma caixinha preta em cima. Nanda pegou e quando abriu viu a brilhante e perfeita aliança. Leandro retirou a menor, pegou a mão dela e colocou. Ela fez o mesmo e para selar o final feliz eles se beijaram apaixonadamente.