AMOR DE QUIMERA

Makinley Menino

Sei que amar é andar em cima do fio do cabelo

Sem cair pra lá nem cá

Se... Tivesse o amor daquela mulher

Selvagem, serena, única, interesseira.

Mesmo assim eu quereria

Mesmo afligido, quem entenderia?

Rico, pobre, amado e desamado

São sinais dos desalumiados, a sina dos desafortunados

Gata lúbrica, virtual, desalmada, a desejada

A diva que arrebata e causa dispnéia

Nos sentimentos gelados que exalam amor genuíno

O coração palpita no peito, por essa fantasia lateral

Por essa utopia, de bichos e selvagens sem cabeça

Aquele ser sério voa e mergulha no amor de quimera

Açoitado, cativo, submisso, sozinho a procura da liberdade

Já desventurado, olhos fechados,

A única coisa em mãos de um mar profundo,

É a distância entre os sons dos segundos

Que são as chaves desta escravidão insensata de amar sem ser amado.

Alexandre Tiberio
Enviado por Alexandre Tiberio em 28/03/2011
Reeditado em 12/06/2011
Código do texto: T2874733
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