AMOR DE QUIMERA
Makinley Menino
Sei que amar é andar em cima do fio do cabelo
Sem cair pra lá nem cá
Se... Tivesse o amor daquela mulher
Selvagem, serena, única, interesseira.
Mesmo assim eu quereria
Mesmo afligido, quem entenderia?
Rico, pobre, amado e desamado
São sinais dos desalumiados, a sina dos desafortunados
Gata lúbrica, virtual, desalmada, a desejada
A diva que arrebata e causa dispnéia
Nos sentimentos gelados que exalam amor genuíno
O coração palpita no peito, por essa fantasia lateral
Por essa utopia, de bichos e selvagens sem cabeça
Aquele ser sério voa e mergulha no amor de quimera
Açoitado, cativo, submisso, sozinho a procura da liberdade
Já desventurado, olhos fechados,
A única coisa em mãos de um mar profundo,
É a distância entre os sons dos segundos
Que são as chaves desta escravidão insensata de amar sem ser amado.