Sob a luz do luar
Ela observava o luar por entre as grades da masmorra, os olhos prenhes de paixão... Desde que ele lhe tomara para Si, ela já não era mais dona de seus pensamentos, de seus desejos, de seu corpo, de toda e qualquer vontade que um dia possuiu ou que pudesse, um dia, vir a ter.
Seu sangue fervia. Estava completamente viciada nas mordidas de Seu Mestre. Sua pele branca estava avermelhada, como se o sangue quisesse esvair-se pelos poros, ebulindo para fora de seu corpo, não pudesse mais conter-se e não cabendo em si mesma, precisava ser tomado.
Esmeralda estava nua por sob a longa e transparente túnica. ‘Pequena, porém preciosa’... Era o que seu Dono dizia...
Loira, olhos doces... Por fora representava a imagem de anjo, entretanto, por dentro, havia um demônio a ser domado. Aquele demônio que habitava seu corpo só poderia ser aquietado por seu Mestre.
Ninguém desconfiava que Sir Edu a tivesse trancado ali. Pelo menos o povo do vilarejo. Todos pensavam que ela fora trabalhar na cozinha do castelo, porém quando o Mestre a vira, e sentira o cheiro inebriante de Esm... Ele decidira fazê-la Sua.
Esmeralda habitava a mais alta masmorra do castelo. Por fora, pedras escuras, um lugar aparentemente sombrio. E no interior apresentava-se uma linda e confortável cela...
Divagava olhando a floresta que circundava o Castelo, e talvez por estar habituada a ouvir os sons noturnos, pensou ouvir de longe, muito longe um fraquinho e quase inaudível trotar de cascos de cavalo. Conforme o som aumentava as batidas do seu coração também aumentavam...
Estava doente de amor, de saudades, isso era fato...
Ainda teve tempo de olhar no amplo espelho, escovar seus cabelos loiros e em vão, tentar acalmar seu coração... Mesmo depois de meses ali, com seu Senhor, sempre que era tomada nos braços, era como se fosse a primeira vez.
A pesada porta se abriu e Ele, ainda com a pesada capa de viagem, olhou-a de alto a baixo. Ela caindo aos seus pés, ajoelhou-se e encostou a testa na ponta da bota de Sir Edu, em sinal de respeito...
Ele puxou-a com firmeza e com uma urgência típica de quem sabe mandar e espera ser obedecido, ordenou que despisse a túnica. Então, estreitou-a ao seu tórax de aço e cheirou seu pescoço, sentindo a adrenalina que borbulhava de seu sangue de serva subjugada.
Olhou-a profundamente nos olhos antes de morder-lhe vagarosamente.
Enquanto Esm sentia o prazer de servir ao Mestre, todo seu corpo retesava em prenúncio do orgasmo que assaltava seu corpo.
Fechou os olhos e entregou-se ao Seu Dono, Déspota e Senhor do seu destino.
...