O amor e os seus atos

1° Ato – Ele: Já há algum tempo eu deixei de acreditar em contos de fada, na verdade eu acredito até o “felizes…”, mas o “…para sempre”, nisso sim eu deixei de acreditar, então, passei a viver mais feliz quando passei a viver cada momento sem querer controlar o tempo ou fantasiando o que ele guarda para mim ou para nós. Não acredito em almas gêmeas, não gosto da idéia de existir um alguém por aí brincando de cabra cega comigo.

2° Ato – Ela: Num todo, eu acredito sim que por aí, exista um cara que seja capaz de me entender, que seja capaz de fazer o meu sonho acontecer, um cara que valha apena me apaixonar, que me olhe nos olhos e me faça suspirar, me entregar sem medo e sem ter o que questionar. Talvez exista até mais de um, até porque, eu não devo ser assim tão complexa, mas se tratando dos homens de hoje em dia, não da pra esperar muito. Caso exista mais de um, espero que não apareçam ao mesmo tempo, se bem que é sempre bom ter mais de uma opção, o problema é se entre essas duas almas perfeitas, a diferença seja um rostinho bonito e um rostinho simpático, detesto quando meu ego me faz lembrar que eu sou fútil às vezes, onde é claro que ele optaria pelo rostinho bonito, quem não optaria? O problema é que não se deve deixar que o nosso ego decida algo por nós, pois ele é como a gula, vive de momento, sem pensar no depois.

3° Ato – Ele: De repente, um momento aconteceu e junto a ele, a dita felicidade floresceu e o que para mim era presente, para ela o inevitável aconteceu, onde atravessou o tempo, viu além do momento e cada vez mais fantasiou o real sentimento. Não direi que não estou preparado para uma séria relação, isso seria muito clichê, eu só não estou pronto para algo que ainda não senti em meu coração, algo que ainda não vi acontecer, como se a lua ainda estivesse brilhando linda sobre o céu e ela quisesse viver o amanhecer… Imaginando sol e céu azul, mesmo as estrelas dizendo que vai chover. Eu não sei viver assim…

4° Ato – Ela: A brisa me trouxe o seu perfume e logo eu soube que era ele e eu não precisei de mais opções pra saber disso. Ele não chegou em um cavalo branco e não havia nobreza alguma na combinação de seu tênis com a sua roupa, mas sobrava realeza no seu olhar, na forma como ele sorria para mim e principalmente como me ouvia enquanto os seus olho verdes brilhavam em meio a isso. Em meio a isso eu tinha certeza do que eu queria… brilhar para sempre naqueles olhos.

5° Ato – Ele: Eu não podia alimentar aquilo, seria injusto com ela e até comigo mesmo então, eu tinha que ser sincero e eu fui… Ela então me olhou nos olhos com aquele olhar parecendo buscar alguma explicação ou apenas desejando querer acordar de um sonho que mais parecia um pesadelo e então, vi aquele mesmo olhar deixar de brilhar, seu peito inflar ofegante, até que o seu olhar se desviou e nunca mais passou a me focar e assim ela partiu. Será que a minha honestidade não merecia um abraço ao menos? A frustração é mal educada as vezes.

6° Ato – Ela: E quando mais uma vez houve frustração, a vontade que eu tive foi de querer ignorar tudo e agir como se estivesse tudo bem... Está proibido, alimentar a minha esperança para depois deixar a frustração como herança, pois isso já está me cansando. Queria que alguém me entendesse nesse momento dissesse que eu estava certa… Eu tenho a facilidade de num único olhar, perceber se alguém está sorrindo, chorando, se resistindo ou precisando. Eu gostaria que as pessoas tivessem esse mesmo dom, pois dizer que não estou bem é algo que eu não quero ter que assumir, para que isso não cresça em mim então, apenas espero que notem e que me façam perceber que não é tristeza e sim, apenas uma brisa passageira.

7° Ato – Ele: Como das outras vezes, deveria ser fácil deixar partir, mas algo saiu ao meu controle sem que eu pudesse notar... Algo que ainda não entendi, mas que vive naquele olhar. De repente eu passei a me perder no tempo, a lembrar de certo momento, onde ela me fez sentir um forte sentimento… Não sei onde exatamente, mas talvez tenha algo a ver com aquele sorriso incontido, com a forma tão doce e fácil como ela parecia enxergar a visa, pintando seus sonhos em suas unhas perfeitas… ou talvez com aquele primeiro beijo, onde quando o momento surgiu, eu já nem sabia onde eu estava, mas sabia com quem estava e não queria estar em outro lugar. E quando eu comecei pensar no futuro, aí eu percebi que estava ferrado, um conto estava se iniciando e dessa vez eu não conseguia ver um fim frustrado. Muito pelo contrário, olhei no meu relógio e o joguei no lixo, queria nem saber, era hora de arriscar, já deu o meu horário! Putz, já estou até falando que nem esses vampiros melosos…

Ato Final: Bom, por falta de paciência do autor, vamos ao veredito sem muito nhem nhem nhem:

Ele a procurou e ela de cara oscilou, mas era o que ela tanto queria e então, a ele ela se entregou. O problema é que com o tempo, o príncipe que não gostava do tempo a ele se acomodou e ele então mudou, ela demorou, mas notou e então se decepcionou e seu sonho lindo após o the end acabou…

Gente isso é um conto de fadas e como todo conto de fadas, teve um final feliz, mas como todo conto também, existe um vilão não é mesmo? E o vilão desse conto é o autor que decidiu que após o the end o príncipe viraria um velho gordo, careca que tem como hobby deitar no sofá com uma latinha de cerveja onde o seu único foco é o controle remoto melado de salgadinho de queijo. Ah, e todas as noites de sábado, o vilão(autor) e a princesa se encontram no meio da floresta. Quem diria que o vilão era a outra opção que ela temia, mas que até queria encontrar.

(Loucuras de Mili)

~~rascunho~~

#EuRi