" O Amanhã"

Finalmente decidi te enviar um e-mail, porque nem sempre o óbvio foi dito, decidi porque achei que deveria saber o tamanho do estrago que causou em mim.

Tambem para deixar claro que desta vez não foi como das tantas outras, dizer que naquele dia 29 de outubro de 2010 finalmente voce conseguiu matar de vez dentro de mim algo tão forte que pensei que jamais mudaria de foco, aquele tão grande, tão mencionado meu amor que na minha concepção duraria para sempre.

Depois de quase 4 meses consegui desentalar aquele nó na garganta, coloquei fim em uma situação sufocante, uma angustia indefinida, foram dias e noites de choro, mágoas, tristezas.

Apesar de tudo, consegui emergir de uma " quase vida", digo quase, porque literalmente eu me sentia morta, um vazio sem fim.

Hoje já posso dizer que quando me senti embalsamada, decidi que precisava fazer algo, algo por mim, se deixar morrer sem lutar é burrice, fraca talvez deixei me cegar por um sentimento cultivado por pura insistencia, sentimento nunca compartilhado com voce, parecia tão completo o nosso realacionamento, mas se tinha algo que não faltava eram evidencias, que voce nunca se importou comigo.

Sempre foi claro e notório que nunca sequer percebeu minha presença em sua vida, 3 anos, 3 anos inuteis de tentativas para tentar te fazer me enxergar.

Cultivei voce como se cultiva uma jóia rara, amei voce como se ama um idolo, idolatrei voce como se idolatra um Deus, um ser unico, algo quase irreal.

Irreal mesmo! Enxergava em voce qualidades que nunca existiram, porque voce nunca se mostrou de verdade, interpretava bem o papel do bom moço, sempre envolvido em projetos sociais, sempre sorrindo e cativando, palavras certas nas horas certas.

Tudo tão conveniente, e eu não te dava trabalho algum, eu amava e ponto.

Hoje tenho a dizer que embora voce não saiba, me fez um bem danado, cresci, aprendi a me valorizar, voltei a cultivar a auto estima. A primeira decisão sabia foi te contar oque realmente me aconteceu, a segunda foi não te dar nenhuma chance de resposta, e a terceira foi finalizar de vez essa história.

Nad Morais
Enviado por Nad Morais em 03/03/2011
Código do texto: T2825445
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