FULANO DE TAL
FULANO DE TAL
Hoje eu me peguei sentindo o rosto corar depois de, sem pensar, escrever o nome dele num pedaço de papel. “Fulano de Tal”, eu escrevi numa letra bem bonita e o meu nome eu pus embaixo, com os dois dentro de um coração.
De tal modo o medo me pegou, medo dos olhos alheios se deitarem sobre a verdade ali estampada, e com uma dor aguda, danada, rabisquei o nome dele. Piquei o papel bem pequeno e soprei ele ao vento, pra ninguém descobrir nada. Mas o vazio ficou. Queria poder gritar bem alto pra todo mundo escutar: “EU AMO ESSE TAL FULANO DE TAL”, com coraçõezinhos e tudo! Então escrevi de novo, apreciando aquele formato gostoso que só o nome dele tem:
“F U L A N O D E T A L”
Ai Fulano de Tal... meu coração já nem bate direito com o medo de um rejeito desse Fulano de Tal. Se ele não quiser ficar comigo, nem imagino o suplício que vai ser matar tanto amor que tem no meu peito, nas duras penas do tempo que é o único remédio pra coração partido.
Ô Fulano de Tal eu te peço, por favor, não seja leviano comigo, seja leal, fiel e amigo e diga que eu sou a mulher da sua vida, que a sua paixão por mim era recolhida, mas que agora que eu estou aqui, nunca mais vai me deixar fugir, porque você me ama de verdade e que com toda a sinceridade, vai me amar até morrer, e que seremos enterrados lado a lado, e que por toda a eternidade, vai me dar muito cafuné.
Sônia Machado