Assim se deu o descobriumento de Larissa.

Bem como quero contar aqui, é a descoberta depois de tanta busca por uma coisa nova, uma coisa única...

Bem como quero contar aqui, é a descoberta de uma obra-prima feita de céu e de inferno...

Bem como quero contar aqui, é da descoberta de uma menina, não qualquer menina, nem apenas uma menina, mais sim da minha menina, da minha mulher.

Tantos anos passei eu em exploração, virei do avesso tudo que me era conhecido, me revirei em todos os sentido na busca de algo que me fosse desconhecido;

Passados quase vinte anos de história dentre quais cinco dedicados exclusivamente minha busca e a mais alguns desejos mundanos necessários a vida...

Passados quase vinte anos foi que tudo começou, num dia primeiro, num mês de outubro, no ano de dois mil e dez.

Neste dia, por volta da dezenove horas foi que a vi pela primeira vez. Sentada no carro ela me esperava vestida com as cores da alegria e um cheiro só dela, mistura de perfume com o cheiro gostoso de sua pele morena...

Foi neste dia, neste sagrado dia que fui presenteado com algo que viriam a ser minha maior posse nesta vida. Foi neste dia, neste sagrado dia, ela me mostrou o lugar onde teríamos nossa primeira casa, ali mesmo, debaixo de uma arvore, sentados na grama.

Digo sem medo que de fato foi no segundo dia que tive o prazer de começar lhe conhece, a lhe explorar por inteira. Foi neste dia que a beijei pela segunda vez, me senti frágil como nunca antes, poderoso como jamais havia sido e vivamente apaixonado pela primeira vez na vida.

Surge daí uma sequência de dias, foi quando finalmente pude ver todo aquele céu que tem guardado dentro dela, foi quando descobri que pra que todo céu seja completo existe pra ele um inferno, mais não um inferno qualquer, um inferno que completa este céu, sem qual este céu não seria tão bonito, não seria tão perfeito...

Avanço nos dias, nos levo ao fim de outubro; Foi nesta sexta-feira, dia vinte e tantos que finalmente descobri o sentido do amor, da falta de sentidos no amor, da necessidade de expressar amor sem motivo, apenas por amor.

Sentados na grama de nossa casa envoltos no carinho e na fumaça dos seus cigarros de canela e cravo que aprendi minhas novas palavras, eu aprendi a dizer “eu te amo”.

A partir disso foi que aprendi a sonhar, e sonhei... Sonhei que o mundo não era só maldade, e que na vida até mesmo eu poderia ser feliz, até eu poderia viver sem o ódio que me manteve por tantos anos.

Foram nestes dias que ela me mostrou que meu sonho poderia ser realidade, me deu exemplos de um mundo baseado no amor, de um mundo feito de amor que ama tão intensamente, ama tão incondicionalmente, e ama sem esquecer de que este amor faz parte do mundo...

A partir disso a história muda de enredo, passa o descobrimento e dá-se inicio ao reconhecimento, ao conhecimento, de mim mesmo neste mundo de amor, dela toda neste meu novo mundo, de nós dois juntos nessa nossa nova história que escreveremos sem ter um dia que chegar a um fim... Dá-se inicio a nossa maior história de amor.

Julio Crepaldi
Enviado por Julio Crepaldi em 20/02/2011
Código do texto: T2803705
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