ONTEM A NOITE
Ao deitar me bateu uma saudade, um sentimento agigantado não cabia dentro de mim, explodiu em lágrimas; lágrimas tão mornas que escorria pelo meu rosto.
O brilho da lua adentrava pela minha janela, e essas minhas lágrimas adotaram cores filcts misturadas à claridade. Mas não era lágrima triste, só saudade!
Uma lembrança muito forte me tocava; uma lembrança tão boa. De algo tão bom.
O radio ligado, me lembro que o locutor disse: “vinte e três horas e trinta e seis minutos” e a música que tocou em seguida, me deixou guardar uma frase: “Eu não sou palavra, Eu não sou poema,Sou humana pequena a se arrepender.” Isso me fez pensar inda mais forte.
Continuei ali na cama olhando pela janela, a lua tão só em meio aquele azul; pensei:
_será que a lua também chora,será que ela também tem saudades?
Eu sei que nao vou ter essa resposta.
O sono parece que teve pena de mim, veio chegando de mansinho,acalmando minh’alma, me tocando de leve e deixando meu coração sossegado.
Eu nem percebi quando ele me tomou pelos braços e me levou do mundo dos acordados!
Uberlândia MG 19/02/11