A coisa toda se confunde.

Aquela coisa.

Tudo começou quando te conheci, uma menina linda, uma mulher no mundo de tantas outras mulheres, mais não é só uma mulher, é você, a coisa que me fez pensar em mim, pensar na vida, pensar em como todas as coisas passadas foram poucas, foram frias, foram apenas pequenas coisas.

Nos falamos pela primeira vez e tudo ficou bem, um papo ótimo, fluindo como água que corre rio abaixo sem parada.

Depois disso te conheci pessoalmente, numa noite quente e cinzenta, tudo poderia ter sido ruim, mais não, você estava lá.

Sentei ao seu lado, ficamos juntos e ao mesmo tempo separados, todo aquele medo que eu tinha, toda aquela vontade de não fazer nada errado. Deu tudo certo.

Nosso primeiro beijo pareceu estranho, parecia o primeiro beijo de um adolescente que não sabe o que fazer, desajeitado, maravilhoso.

Naquela noite pensei em Jazz, e vi as cores, o laranja de teus olhos, o lilás do seu corpo e o azul de sua mente, cores profundas demais para alguém que era só uma menina quase desconhecida. Cores suas que deram vida todo o cinza que vinha dentro de mim por tanto tempo, cores nuas e belas como a música que toca quando estamos em um dia bom.

Nossa segunda noite, que confusão, eu já não sabia se era você que sentava ao meu lado, sua imagem se distorce, você é fogo e queima sem pensar. Aqueceu aquela noite fria, teu corpo próximo ao meu me fez sentir a melhor das sensações, me fez sentir criança, me fez sentir a melhor de todas as coisas; me confundiu.

Depois deste dia ainda não te vi, mais pensei em suas cores a quase todo momento, pensei no teu formato desconhecido ao meu tato, pensei na beleza da sua alma que queima feito fogo.

Neste momento, me pego escrevendo sobre você, sobre a beleza de todas essa coisa que você fez comigo.

Me pego pensado em quantas coisas podem sair de nós dois, se um dia chegarmos a ser nós ao invés de eu e você.

Julio Crepaldi
Enviado por Julio Crepaldi em 17/02/2011
Código do texto: T2797861
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