TARDE FELIZ - (MINI-CONTO DE AMOR)
Quase que pôr do sol, e como paisagem uma crespante e elegante montanha, e na solidez ardorosa o cristo redentor, o perfume contagiante das flores, e as ondas estaladas e agitadas. No contexto. Um beijo, e as palavras sussurrantes no ouvido, me diziam EU TE AMO. Algo transparente despertou em mim, e nos lábios um vistoso sorriso. Foi nesse instante que meu coração quase sai pelo paralelepípedo da minha alma, eu pensei:
- acalma-te coração, não se desmancha agora, preciso vasculhar os manuscritos e grafias do meu amor, cada fração de pele, cada delicadeza da sua poesia. Sigilosamente ter a certeza que o telefone não irá tocar, e nos extremos da cidade algum sinal trafegável acender, preciso compreender que o que foi dito, que o amor ora exposto não pode ser arquitetado no outro lado da baía, e que todos os faróis sejam o plano de fundo para a minha alma. Quero ter gravado na memória o nome dessa introspecção. Somente assim, depois crivarei em todos os muros: EU AMO, E SOU AMADO. Não ser uma névoa flagelada, não ser resumido desmesuradamente a nada, não ver fantasmas noturnais, quero ter uma interminamente faixa na areia, no mesmo espaço de uma ilha que se sobrepõe nas interpostas praias do mar em desvario. Assim poderei acreditar que esta tarde é sem escórias de escárnio, armaduras de um grande amor, que se resume talvez numa grande poesia.
- por uma fração de segundos pensei em tudo isso.
Mas era verdade tudo, tudo que meu amor dissera: Eu também TE AMO.
Quase que pôr do sol, e como paisagem uma crespante e elegante montanha, e na solidez ardorosa o cristo redentor, o perfume contagiante das flores, e as ondas estaladas e agitadas. No contexto. Um beijo, e as palavras sussurrantes no ouvido, me diziam EU TE AMO. Algo transparente despertou em mim, e nos lábios um vistoso sorriso. Foi nesse instante que meu coração quase sai pelo paralelepípedo da minha alma, eu pensei:
- acalma-te coração, não se desmancha agora, preciso vasculhar os manuscritos e grafias do meu amor, cada fração de pele, cada delicadeza da sua poesia. Sigilosamente ter a certeza que o telefone não irá tocar, e nos extremos da cidade algum sinal trafegável acender, preciso compreender que o que foi dito, que o amor ora exposto não pode ser arquitetado no outro lado da baía, e que todos os faróis sejam o plano de fundo para a minha alma. Quero ter gravado na memória o nome dessa introspecção. Somente assim, depois crivarei em todos os muros: EU AMO, E SOU AMADO. Não ser uma névoa flagelada, não ser resumido desmesuradamente a nada, não ver fantasmas noturnais, quero ter uma interminamente faixa na areia, no mesmo espaço de uma ilha que se sobrepõe nas interpostas praias do mar em desvario. Assim poderei acreditar que esta tarde é sem escórias de escárnio, armaduras de um grande amor, que se resume talvez numa grande poesia.
- por uma fração de segundos pensei em tudo isso.
Mas era verdade tudo, tudo que meu amor dissera: Eu também TE AMO.